quarta-feira, agosto 31, 2005

CDS/PP exige explicações de António Costa

O CDS/PP exigiu explicações ao Governo sobre o «exacto alcance» das críticas do director do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), Manuel Jarmela Palos, ao sistema de quotas da actual lei de imigração.

Em conferência de imprensa, o líder parlamentar democrata- cristão, Nuno Melo, disse que um eventual pedido de demissão do director-geral do SEF será considerado apenas depois de ouvidas as explicações do ministro da Administração Interna, António Costa, e do próprio Jarmela Palos na comissão parlamentar dos Assuntos Constitucionais.

O requerimento do CDS/PP a pedir a presença de António Costa e Jarmela Palos no Parlamento foi hoje entregue.

Em causa estão as críticas de «extraordinária gravidade» feitas na semana passada por Manuel Jarmela Palos à lei de imigração em vigor, baseada em quotas, que o director do SEF considerou um «falhanço rotundo», defendendo a necessidade de a tornar menos restritiva, mais «rigorosa e transparente».

«A Assembleia da República não pode ficar a saber, através de uma entrevista dada a um jornal, por um director-geral, que um governo se propõe efectuar alterações tão importantes em matérias que são da exclusiva competência parlamentar», salientou.

Para o líder da bancada democrata-cristã as declarações do presidente do SEF são, desde logo, «no mínimo estranhas» já que Jarmela Palos «participou activamente na elaboração» da legislação em vigor e está assim a «reconhecer a incapacidade de aplicar uma lei que ele próprio ajudou a produzir».

Além disso, prosseguiu Nuno Melo, as declarações de Jarmela Palos «prejudicam os trabalhadores nacionais e estrangeiros» legalmente estabelecidos no país e enviam «um sinal à comunidade internacional de que em Portugal tudo será mais fácil».

Depois, os democratas-cristãos querem saber se o ministro da tutela «se revê» nas críticas do director do SEF em relação a uma lei que traduz um «caminho com o qual o PS também se vinha comprometendo».

Entre outras alterações à lei que contaram com a anuência socialista, Nuno Melo lembrou que a publicação da lista dos postos de trabalho de que o país necessita, prevista na actual lei, foi uma «solução pensada pelo CDS que o PS acolheu em 2001».

«O PS, no poder, como na oposição, viabilizou sempre todas as alterações», sublinhou.

Ladeado pelo ex-secretário de Estado da Administração Interna, Nuno Magalhães, o líder da bancada democrata-cristã defendeu depois que Portugal não pode ter «uma política de portas escancaradas» em relação à imigração, tanto mais que o país atravessa «uma grave crise económica e financeira» e acolhia já em 2002 437.000 imigrantes (contra 50.000 em 1980, nas contas do CDS/PP).

Em defesa da actual lei, Nuno Magalhães defendeu depois ser «demasiado cedo» para aferir «o sucesso ou insucesso do sistema de quotas».

- Diário Digital

Parabéns!

Ao Do Portugal Profundo, por 2 anos na Blogosfera!
Conte muitos!

terça-feira, agosto 30, 2005

Falta de vergonha e "jogo de cintura"

Governo diz que mantém confiança no director SEF após críticas à lei

O ministro de Estado e da Administração Interna disse hoje que mantém a confiança política no director-geral do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), que segunda-feira criticou o sistema de quotas da actual lei de imigração em Portugal.

"Das duas uma: os directores-gerais ou cumprem a política do Governo, porque são cargos de confiança política, ou não cumprem e são demitidos", disse António Costa sobre as críticas de Manuel Jarmela Palos, antes de acrescentar que o director-geral do SEF "está a cumprir".

Na segunda-feira, o director do SEF disse numa entrevista ao Público que a lei da imigração portuguesa, baseada em quotas, é um "falhanço rotundo", é a lei mais restritiva da Europa, além de "rigorosa e intransigente".

"Nós ainda estamos com um modelo de relatório de oportunidades de trabalho (com base no qual são determinadas as quotas de entrada) feito há dois anos, que está completamente desajustado da realidade portuguesa", salientou Manuel Palos na entrevista.

Hoje, à margem da assinatura de um protocolo no Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil (SNBPC), António Costa disse que o presidente do SEF "exprimiu publicamente o que é uma opção do Governo", que lhe foi transmitida em Junho último.

Sobre o teor da lei de imigração, o ministro António Costa disse hoje que está a ser discutida para ser apresentada na Assembleia da república até ao final do ano.

A actual lei de imigração, baseada no sistema de quotas, foi aprovada pelo Governo de Durão Barroso e está em vigor desde Março de 2003.

A entrevista do novo director do SEF foi aplaudida por diversas associações de imigrantes, mas criticada pelo secretário- geral do PSD, Miguel Macedo, que em declarações ao Público pediu a demissão do director do SEF.

"A resposta do Governo só pode ser convidar o director-geral a demitir-se", afirmou Miguel Macedo ao Público.

Miguel Macedo considerou "inaceitável" que o director-geral do SEF apareça numa entrevista a criticar a política de imigração definida pelo Governo, que deveria prosseguir.


- LUSA

Subscrevo as palavras de Miguel Macedo.

segunda-feira, agosto 29, 2005

O SAL E A ÁGUA

Um rei tinha três filhas; perguntou a cada uma delas por sua vez, qual era a mais sua amiga. A mais velha respondeu:

– Quero mais a meu pai, do que à luz do Sol.

Respondeu a do meio:

– Gosto mais de meu pai do que de mim mesma.

A mais moça respondeu:

– Quero-lhe tanto, como a comida quer o sal.

O rei entendeu por isto que a filha mais nova o não amava tanto como as outras, e pô-la fora do palácio. Ela foi muito triste por esse mundo, e chegou ao palácio de um rei, e aí se ofereceu para ser cozinheira. Um dia veio à mesa um pastel muito bem feito, e o rei ao parti-lo achou dentro um anel muito pequeno, e de grande preço. Perguntou a todas as damas da corte de quem seria aquele anel. Todas quiseram ver se o anel lhes servia: foi passando, até que foi chamada a cozinheira, e só a ela é que o anel servia. O príncipe viu isto e ficou logo apaixonado por ela, pensando que era de família de nobreza.

Começou então a espreitá-la, porque ela só cozinhava às escondidas, e viu-a vestida com trajos de princesa. Foi chamar o rei seu pai e ambos viram o caso. O rei deu licença ao filho para casar com ela, mas a menina tirou por condição que queria cozinhar pela sua mão o jantar do dia da boda. Para as festas de noivado convidou-se o rei que tinha três filhas, e que pusera fora de casa a mais nova. A princesa cozinhou o jantar, mas nos manjares que haviam de ser postos ao rei seu pai não botou sal de propósito. Todos comiam com vontade, mas só o rei convidado é que não comia. Por fim perguntou-lhe o dono da casa, porque é que o rei não comia? Respondeu ele, não sabendo que assistia ao casamento da filha:

– É porque a comida não tem sal.

O pai do noivo fingiu-se raivoso, e mandou que a cozinheira viesse ali dizer porque é que não tinha botado sal na comida. Veio então a menina vestida de princesa, mas assim que o pai a viu, conheceu-a logo, e confessou ali a sua culpa, por não ter percebido quanto era amado por sua filha, que lhe tinha dito, que lhe queria tanto como a comida quer o sal, e que depois de sofrer tanto nunca se queixara da injustiça de seu pai.


- Teófilo Braga, Contos Tradicionais do Povo Português

quinta-feira, agosto 25, 2005

"Vou andar por aí: O Regresso"!

Perto da vista, longe do Coração!

"Foi o Sr. Ministro de Estado e da Administração Interna que pediu um avião de combate a fogos europeu?"

Pois é .. eles já estavam por cá. Não sabia?!



Avião português para combate aos fogos

Aeronave fabricada em Portugal poderá ser o novo avião europeu de combate a incêndios


O novo avião europeu de combate a incêndios poderá ser o Skylander, uma aeronave que vai ser fabricada em Portugal. Os primeiros aviões vão estar prontos em 2009.

Quando estiver construído, o Skylander terá o tamanho de um camião TIR, com capacidade para transportar 29 passageiros, além da carga. Tem também a possibilidade de se converter em avião de combate a incêndios.

"As características principais que fazem Skylander, na sua versão ‘anti-incêndios’ o avião de eleição são o preço do avião – é cinco vezes mais barato que um Canadair - e os custos de operação, que são muito inferiores" ao do avião fabricado no Canadá, explicou à SIC José Elias de Freitas, Administrador Executivo da Madan Parque.

Outra mais valia do Skylander em caso de incêndio é a capacidade de resposta rápida.

“A qualquer incêndio, o primeiro avião Skylander chegará nos primeiros 15 minutos e o segundo avião chegará nos restantes 15 minutos. Assim, na primeira meia-hora, nós podemos ter dois aviões de combate aos incêndios no local”, garante José Elias de Freitas.

O novo avião europeu é um projecto francês. Será desenvolvido em Portugal, no aeródromo de Évora. O Pólo Aeronáutico deverá começar a ser construído ainda este ano. Pequenas e médias empresas nacionais de moldes, componentes de automóvel e plásticos serão os fornecedores privilegiados.

A protecção civil francesa já manifestou vontade em adquirir a nova aeronave. Os governos e as organizações humanitárias poderão ser outras entidades interessadas. O avião foi concebido também para responder rapidamente a qualquer crise, transportando pessoas e bens.


- SIC Online

quarta-feira, agosto 24, 2005

Ataque da mosca..

.. ao template!!!!

Aproveita-se para reestruturação.

Volta dentro de momentos!

Can the Human Rights Act undermine national security?*

A Revista Prospect na edição de Setembro, publica um excelente artigo de David Goodhart vs Roger Smith. A questão assenta sobre se os Direitos Humanos podem prejudicar a Segurança Nacional, face ao terrorismo.

Can the Human Rights Act undermine national security?

The Human Rights Act is a welcome constraint on government. But can it threaten our ability to fight terrorism?


* Reeditado: Devido ao ataque sofrido ontem ao template deste Blog, o texto referente a este artigo saiu todo truncado e sem sentido!
O ataque ao template foi contudo motivo de renovação do aspecto do Blog!

Uma festa para comemorar a Vida e as suas constantes alterações!

O respeito pelos Direitos Humanos é exigível e insubstituível.
Nem sequer o terrorismo é razão suficiente para diminuir, restringir, delimitar ou abolir os Direitos Individuais.
Cabe aos Estados, a todo o momento, esse respeito; respeitar e fazer respeitar.

O terrorismo, a arma do Séc. XXI, considera um dos seus trunfos a possibilidade de induzir os Estados a esquecerem o respeito desses Direitos, por um pseudo valor mais elevado:
a Segurança Nacional.

No entanto, a Segurança Nacional só é possível de ser obtida se, primeiramente, esses Direitos Individuais forem escrupulosamente respeitados. Os Estados ao agirem ao arrepio dessa exigência, incorrem na possibilidade de percorrerem um caminho condicionado por terça parte.

P.S.: Este artigo está difícil...!! Não é por acaso que o template foi-se precisamente ao tentar publicá-lo.
Venham em paz, e vão em paz.

terça-feira, agosto 23, 2005

Será malária?

Parece que anda para aí um zum-zum de: eu sou melhor do que tu.., blogosfericamente falando!!!

Um caso de febre que acomete subitamente; serão sintomas de malária?!
É que, já não é a primeira vez.
À semelhança do que sucede com a malária, a cada novo ataque, o paciente vai ficando mais fraco! Hum..

segunda-feira, agosto 22, 2005

Recomenda-se

Cavalheiros, recomenda-se a Elegância e a Finesse deste Blog.

domingo, agosto 21, 2005

"Foi você que pediu esta u(rolo)topia?"

A demagogia do "partido" canguru

PEV quer que proprietários provem que têm terrenos

O Partido Ecologista «Os Verdes» (PEV) vai apresentar na próxima sessão da Assembleia da República uma proposta para que os proprietários de zonas florestais provem a posse dos terrenos, noticia este domingo o Público.

De acordo com o jornal, esta proposta do partido ecologista tem como principal objectivo garantir a limpeza das matas e, deste modo, tentar diminuir o número de incêndios florestais.
Ainda segundo o Público, a medida procurará garantir que as autarquias tomem conhecimento de quem são os responsáveis pelas diversas áreas florestais de cada concelho, e obriguem os seus proprietários a limpá-las.

- Diário Digital

O "partido" canguru - o tal que nunca se apresentou "sozinho" a eleições, quer propor na AR uma coisa extraordinária: que os proprietários provem..!

Ora, se já se referem aos mesmos enquanto proprietários, para quê a prova?!

Quem tem sim que provar algo é o PEV, apresente-se a eleições sozinho, para sabermos o número de votos que tem.

sábado, agosto 20, 2005

Lisboa cheira a madeira queimada

sexta-feira, agosto 19, 2005

Aviz.

É um título triste.
Decisão pessoal, patati patata...; é triste, oh FJV, .

Se num momento de loucura
acaso arriscares acima do tédio
e afoito sozinho dobrares
a agreste solidão da esquina dos dias,
poderás então entrever
por entre as brumas do tempo
a imensa multidão e o verde prazer
das tuas mais urgentes utopias.

Se depois com ardor escreveres
- ridícula como o poeta a dizia -
uma simples carta de amor
cuja verdade ofereça fogosa o seu pudor
sinceros significados tão prementes
que a ouro fiquem bordados
no seio nu das palavras inexistentes,
imune farás tombar do muro os pecados
com que este presente impune
procura sarcástico esconder-nos o futuro.

Se porem impossível te for
a sangria das palavras a sério
e ao cansaço sem outra saída
com fúria não conseguires opor
a beleza dum punho bem apertado,
arrepia caminho e não ouses.
Nunca ouses monstro malfadado
dobrar a esquina deste tempo
de cobardias prenhe e silêncios cheio.

Porque só o amor mata a hipocrisia
e reconhece os homens iguais
porque para além deste dia
só de olhos escancarados se sonha a utopia.

- A utopia dos olhos escancarados, Adriano Alcântara

O Martinho da Arcada



Ontem, fui beber um café, acompanhada por gente boa, ao Martinho da Arcada.
É um local especial; um final de tarde muito cordial e ameno, um momento imperdível.
Mais do que um Café, é um "Monumento".

No horizonte perfila-se o Terreiro do Paço e o Rio; entre o Céu e o Mar.

quinta-feira, agosto 18, 2005

Injustificadas?! Vai uma comparação?

Sócrates, diz, críticas por causa de férias são «mesquinhas»

O primeiro-ministro, José Sócrates, classificou esta quinta-feira de «injustas e mesquinhas» as críticas de que foi alvo por não ter antecipado o seu regresso de férias apesar da grave situação dos incêndios em Portugal.

«A exploração em torno das minhas férias tem sido demagógica, injusta e mesquinha. São ataques injustificados», referiu o líder do Executivo, que ontem regressou das férias no Quénia.
Sócrates, que falava no Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil (SNBPC), frisou que o ministro de Estado e da Administração Interna, António Costa, assumiu a liderança do Governo com plenos poderes.

- Diário Digital
Vamos comparar

Zapatero interrompe férias devido à morte de 17 militares

O presidente do governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, interrompeu esta terça-feira as férias nas Ilhas Canárias devido à morte de 17 militares espanhóis na queda de um helicóptero no Afeganistão, tendo regressado a Madrid para acompanhar o caso.

Zapatero deverá reunir-se ao início da tarde com o ministro da Defesa, José Bono, e com outros responsáveis do departamento, explicaram fontes do governo citadas pela EFE.
A NATO confirmou já que a queda do helicóptero se deveu a um acidente e não a qualquer acção militar.

A morte dos 17 militares eleva para 114 o número de espanhóis mortos em operações militares no estrangeiro desde 1993, a maioria dos quais perdeu a vida em acidentes.

- Diário Digital / Lusa

Os incêndios devastadores que têm atingido Portugal não são razão suficiente para procedimento idêntico?

José Luiz Sapatero também tem um nº 2 que assume plenos poderes na sua ausência, contudo, tal não foi razão suficiente para exonerar-se das suas resposabilidades que, independentemente da delegação de poderes, devem ser assumidas.

"Críticas injustas e mesquinhas"?!!!
É uma questão de ética - que não é verde, como a estória da maçã.

quarta-feira, agosto 17, 2005

A propósito de um mail

Tributação sobre os Automóveis - Direito à Indignação

Eu, tal como muitos de vocês, tenho dificuldades em adquirir um automóvel familiar. Por menos de 20.000 euros não se arranja nada. Isto se eu viver em Elvas, Valença do Minho, Guarda ou Vila Real de Santo António. Sim porque se eu morar em Badajoz, Tuy, Ciudad Rodrigo ou Ayamonte pelo mesmo veículo pago cerca de menos 5.000 euros! Já para não falar no rpeço dos combustíveis cerca de 16 cêntimos mais baratos para lá da fronteira.
Estas discrepâncias são perfeitamente visíveis neste site onde estão publicados os preços de todos os automóveis à venda no País vizinho.
No meu entender devemos fazer barulho junto das autoridades nacionais para que esta situação se altere. Para fazer isto publico abaixo uma lista de mails de Ministérios ou Secretarias de Estado com voto na matéria e das Televisões. Sugiro que envie este texto para os mais abaixo listados e também envie para os seus amigos para eles multiplicarem o protesto.
Junte-se a nós.


Sou de opinião que os impostos são de tal forma elevados que levaram a economia ao estado em que ela se encontra actualmente.

O Governo ao invés de baixar os impostos para permitir maior investimento tanto por parte de empresas, quanto de particulares, fez o oposto - subiu os impostos.
Quanto à recessão essa tenderá a subsistir e aumentar, considerando o estado das coisas.

Já no que toca ao mail em particular:

fica uma sugestão - vá comprar a viatura a Espanha.

A economia de mercado existe, e é para ser aproveitada.
Se os preços em Portugal são mais elevados, e os impostos também, nesse caso, vá até lá e compre lá - muitos já o fazem.

É que, no que toca a um imposto em particular, neste caso sobre veículos, é uma gota de água no deserto porque tudo está mal em Portugal na área de impostos!
É irrelevante alterar um (imposto sobre automóveis) que nem sequer é o mais relevante de todos eles!

Há sim que, por parte do Governo de, ter a coragem de baixar os impostos para fazer florescer a economia portuguesa.

terça-feira, agosto 16, 2005

Em festa!

Este Blog faz hoje 2 anos!

2 anos..!!



MARAVILHA-TE, memória!
Lembras o que nunca foi,
E a perda daquela história
Mais que uma perda me dói.

Meus contos de fadas meus -
Rasgaram-lhe a última folha...
Meus cansaços são ateus
Dos deuses da minha escolha...

Mas tu, memória, condizes
Com o que nunca existiu...
Torna-me aos dias felizes
E deixa chorar quem riu.

- Maravilha-te, memória!, Fernando Pessoa

sábado, agosto 13, 2005

Primavera, Vales e Montes..., Floresta Quinta

Vai o rio de monte a monte,
Como passarei sem ponte?

É o vau mui arriscado,
Só nele é certo o perigo;
O tempo como inimigo
Tem-me o caminho tomado.
Num monte está meu cuidado,
E eu, posto aqui noutro monte,
Como passarei sem ponte?

Tudo quanto a vista alcança
Coberto de vales vejo:
D'aquém fica meu desejo
E d'além minha esperança.
Esta, contínua, me cansa
Porque está sempre defronte:
Como passarei sem ponte?

- Francisco Rodrigues Lobo

A umas saudades



Saudades de meu bem, que noite e dia
A alma atormentais, se é vosso intento
Acabardes-me a vida com tormento,
Mais lisonja será que tirania.

Mas, quando me matar vossa porfia,
De morrer tenho tal contentamento,
Que em me matando vosso sentimento,
Me há-de ressuscitar minha alegria.

Porém matai-me embora, que pretendo
Satisfazer com mortes repetidas
O que à beleza sua estou devendo.

Vidas me dai para tirar-me vidas,
Que ao grande gosto com que as for perdendo
Serão todas as mortes bem devidas.


- António Barbosa Bacelar

sexta-feira, agosto 12, 2005

Portela vs. OTA

Estudo aconselhava uso da Portela por mais 15 anos

Duas empresas britânicas realizaram o estudo há seis anos e escrevem que a Portela poderá funcionar por mais 15 anos e receber 21 milhões de passageiros/ano


Eu não dizia?!!
E sou leiga em estudos de aeroportos!! Aeroportos para mim, só mesmo como utilizadora dos serviços; mas, como já passei por uns quantos, e, ao contrário do Engº "façam as contas" Guterres, dá para os gastos: a análise e dedução.


Um estudo realizado por duas empresas britânicas há seis anos conclui que o aeroporto da Portela, em Lisboa, poderá funcionar por mais 15 anos e receber 21 milhões de passageiros/ano, desde que seja remodelado, noticia hoje o Público.

O jornal refere que o estudo - elaborado pela British Airport Authority e pela empresa que gere o aeroporto de Manchester - foi pedido pela ANA - Aeroportos de Portugal, mas desvalorizado pela empresa e pelo então secretário de Estado dos Transportes Guilhermino Rodrigues, actual administrador da ANA e NAER- Novo Aeroporto, SA.

Quer a ANA quer o secretário de Estado "consideraram que os consultores haviam 'exorbitado' nas questões que colocaram e haviam tirado conclusões de forma 'irrealista'", escreve o Público.

O estudo encomendado às empresas britânicas incidia sobre o que fazer na iminência de se registarem atrasos no avanço do novo aeroporto internacional na Ota e do aumento de passageiros na Portela continuar.

O estudo sugeria que fossem projectadas obras para aumentar a capacidade do aeroporto, que assim ficaria operacional até 2020.

Os britânicos defendiam também que a construção de um novo aeroporto era "um erro e não consideravam sequer indispensável a construção de uma segunda pista de aterragem para que o aeroporto (da Portela) pudesse garantir um movimento de 21 passageiros por ano", escreve o jornal.

Actualmente o movimento na Portela é de 11 milhões de passageiros.

Outras das justificações para a tutela de então ter desvalorizado este estudo, escreve o Público, foi a de este não ter avaliado o impacto que teriam 21 milhões de passageiros a movimentarem- se no perímetro urbano de Lisboa.

No estudo Novo Aeroporto Internacional - ponderação do seu diferimento através da expansão da Portela, realizado também em 1999, a NAER admitia que seria possível prolongar o funcionamento do actual aeroporto até um período que vai de 2019 a 2024, e aumentar a sua capacidade até 20 milhões de passageiros por ano.

Num artigo de opinião assinado pelo ministro das Obras Públicas, Mário Lino, publicado quinta-feira, o responsável afirma que a decisão de construir o novo aeroporto internacional na Ota está suportada por um estudo de impacto ambiental elaborado há seis anos.

Mário Lino irá apresentar publicamente o ponto da situação do projecto do novo aeroporto em Outubro.

- Portugal Diário

Os colos da Revolução

O 'DIÁRIO DE NOTíCIAS' HÁ 30 ANOS

Uma carta, um pedido e uma acusação.
Estes são os "três documentos sobre a crise política" que fazem manchete no DN de há precisamente 30 anos.
Estão publicados na íntegra, tal qual foram concebidos pelos seus autores.
"Será que ainda temos tantas disponibilidades dentro do MFA que nos possamos dar ao luxo de o dividir neste momento metendo no seu seio uma 'cunha' chamada Melo Antunes", interroga o general Pinto Soares, membro do Conselho da Revolução, na missiva que abre a edição do jornal. O segundo documento é um pedido dirigido ao chefe do Estado para que faça um "inquérito ao envolvimento de Vasco Lourenço e de outros oficiais nas manobras do Partido Socialista contra a figura de Vasco Gonçalves e negando a representatividade dos órgãos estruturais do MFA".
Finalmente, a acusação da 5.ª Divisão do EMGFA (Estado- -Maior-General das Forças Armadas) "o Grupo dos Nove recusou--se a respeitar a organização democrática do Movimento das Forças Armadas para superação das naturais divergências de ordem ideológica."
Isto enquanto surge a indicação de que a direita francesa apoia o documento Melo Antunes e que o "povo vietnamiano está solidário com as forças progressistas".

O Documento dos Nove continua, assim, a marcar a actualidade revolucionária, com o DN a dar destaque aos que condenam a actuação dos militares apoiantes de Melo Antunes.
Essa posição é, aliás, sublinhada num dos Apontamentos, a coluna que supostamente transmitia a opinião do jornal e que, nesse dia, tinha por título, O Fascismo ao Colo "Não é ao ELP nem aos golpistas do 28 de Setembro e do 11 de Março que acusamos de trazerem o fascismo ao colo: esses trazem-no no ódio. Quem consciente ou inconscientemente traz o fascismo ao colo, ou nos sorrisos, ou nas proclamações, ou nos manifestos, ou nos discursos, são aqueles que contraíram os mais graves deveres para com a Revolução e a traem ao abandoná-la."

A tensão nas colónias aumenta. Sobretudo em Angola. Com os combates a intensificarem-se, o MPLA admite a "eventual proclamação unilateral da independência. E, em Belém, o presidente da República e o primeiro-ministro reúnem a Comissão de Descolonização para discutir o evoluir dos acontecimentos. Entretanto vão chegando à Portela os primeiros retornados de Angola. É a imagem da primeira página no DN de 12 de Agosto de 75, a merecer um comentário que não economiza na adjectivação "Para esta família angolana acabada de chegar ao Aeroporto da Portela, terminaram as desesperadas horas passadas em Nova Lisboa, aguardando o início da ponte aérea, enquanto a cidade era sacudida por violentos combates. Mas não findaram os momentos de angústia - sem vislumbrar qual será o seu futuro, despojados dos seus haveres, os deslocados de Angola são bem a imagem do drama pungente que é este êxodo sem par na história de África."

Da colónia mais longínqua chegam também notícias de um "provável golpe reaccionário encabeçado pela UDT", mas o Palácio de Belém desmente um eventual golpe de Estado em Timor. Foi no dia em que Mário Soares declarou à agência espanhola Pyresa "Não é Marx mas Lenine que nos separa do PCP."

- DN

Excelente série de artigos que o DN tem estado a publicar; pena é que seja durante o mês de Agosto, altura em que Portugal está a banhos, e que, por tal, quase ninguém lê.

Sugere-se que retomem a questão a bold.

quinta-feira, agosto 11, 2005

Isto, já sabíamos. O que é que se segue?

Governo escolheu a Ota sem estudo de viabilidade económica

Em Julho, o primeiro-ministro José Sócrates anunciou a construção do futuro aeroporto de Lisboa, na Ota

A decisão política está tomada e José Sócrates já assumiu que vai avançar com a construção de um novo aeroporto internacional na Ota. Mas só agora, com o lançamento de um concurso público para seleccionar o novo consultor financeiro que desenvolverá os estudos de viabilidade económica do projecto, é que se irão dar os primeiros passos para aferir se o investimento representa uma boa aplicação dos recursos económicos e tem condições para ser um sucesso.

Em conjunto com os restantes consultores do projecto, serão definidas ainda as condições de viabilização do empreendimento, o que passa por assegurar a participação de privados. O Governo tenciona privatizar cerca de 45 por cento do capital da concessionária dos aeroportos, ANA. E dos cofres do Estado só deverão sair entre seis a oito por cento dos três mil milhões de euros de investimento total previsto para a Ota. A restante parcela do financiamento virá do Banco Europeu de Investimento, da União Europeia (UE), dos particulares e de empréstimos contraídos junto da banca.

Em Julho, o primeiro-ministro José Sócrates anunciou a construção do futuro aeroporto de Lisboa, na Ota, como uma das prioridades desta legislatura e considerou que a medida estava suportada técnica e economicamente. Desde essa altura, tem sido pedida a divulgação pública dos estudos financeiros que fundamentaram a decisão. E as críticas já surgiram: a obra vai arrancar num "ciclo económico" depressivo e de crise das finanças públicas, em que se exige maior rigor e selectividade nos financiamentos realizados pelo Estado (os investimentos públicos não devem ser o motor do crescimento económico e Portugal necessita antes de aumentar a sua produtividade e capacidade de exportação, defendem muitos economistas). Até o ministro das Obras Públicas e Comunicações, Mário Lino, que tutela a ANA (que gere os aeroportos nacionais), chegou a manifestar dúvidas sobre a escolha da Ota para instalar o empreendimento. Mais tarde, assumiria que era "o melhor que existe", face ao que já está estudado, e devido ao facto de "não se poder perder mais tempo".

O estudo da Novolis

Apesar de já terem sido realizados 71 estudos parcelares, entre 1997 e 2005, onde foram gastos 12,7 milhões de euros (comparticipação da UE de 6,6 milhões de euros), apenas o que foi encomendado à Novolis (consórcio formado pelos bancos ABN e Efisa), se debruça sobre a avaliação económica do projecto Ota.

O PÚBLICO teve acesso ao documento. Trata-se, no entanto, de uma análise muito superficial e mesmo desajustada do momento presente, não integrando sequer uma análise aprofundada da obra em termos dos custos e benefícios relativos, conforme reconheceu ao PÚBLICO Guilhermino Rodrigues, presidente da ANA.

O gestor lembrou que o documento encomendado à Novolis foi realizado numa fase muito inicial. "E os estudos financeiros sofreram uma paragem, pois deixou de haver definições dos governos seguintes [Durão Barroso e Santana Lopes] quanto ao que queriam fazer com o aeroporto. Mas a ANA continuou a fazer estudos técnicos", o que explica que haja mais informação sobre estas matérias. Rodrigues foi secretário de Estado do ex-ministro das Obras Públicas de António Guterres, João Cravinho, que, em 1999, propôs a construção da infra-estrutura, cuja edificação consta também das Grandes Opções do Plano de 2005, aprovadas por Santana Lopes.

O Ministério das Obras Públicas está a preparar as grandes linhas de orientação estratégica da operação, que servirão de base ao caderno de encargos do concurso público que irá escolher o novo consultor financeiro que substituirá a Novolis, o que acontecerá ainda este ano. A entidade que vier a ser seleccionada irá agora, em conjunto com a FCG-Parsons (consórcio técnico) e o escritório Morais Leitão, Galvão Telles e Soares da Silva (parte jurídica), elaborar um estudo técnico-económico mais aprofundado, explicou Guilhermino Rodrigues. "Ficam reunidas as condições para definir a estrutura da operação." Ou seja: só agora serão elaborados os estudos de viabilidade económica e irão definir-se as condições que visam assegurar o sucesso do novo aeroporto. A Novo Aeroporto (Naer SA), empresa pública detida pela ANA, Nav (navegação aérea) e Estado, continuará a ser a entidade coordenadora do dossier Ota.

Antes de iniciar o processo de escolha do consultor financeiro, o Governo terá de definir com precisão um conjunto de parâmetros-base essenciais para se proceder à avaliação da ANA (elaborar o contrato de concessão), aferir da viabilidade do novo aeroporto e garantir que apareçam privados interessados (condição de sucesso). Terá de definir, entre outras questões, o modelo de regulação económica do sector aeroportuário (que determina o nível de receitas), o regime de taxas aeroportuárias, os cenários (número de aeroportos a concessionar) e o âmbito da concessão (que se aponta para 35 anos). E o Executivo continua sem dispor de um estudo de enquadramento da parceria público/privada, estando agora a Naer a iniciar os primeiros passos nesse sentido.

Técnicos desvalorizam

Alguns técnicos com responsabilidade neste dossier, ouvidos pelo PÚBLICO, desvalorizaram a inexistência de um estudo aprofundado de viabilidade económica, e dizem ser mais importante que a tutela defina "o que pretende que venha a ser o futuro aeroporto de Lisboa, o que ainda não fez": "O Governo, quando anunciou que ia avançar para a Ota, deveria ter dado a garantia de que o envolvimento de capitais públicos não excederia um determinado valor, pois estamos a falar de dinheiro dos contribuintes", disse ao PÚBLICO um dos responsáveis pelo dossier Ota, e defensor da edificação de um novo aeroporto. E notou que, se Sócrates tivesse explicado o negócio aeroportuário, teria evitado grande parte da polémica que se gerou à volta da obra.

Para além das questões de ordem técnica (segurança e esgotamento da capacidade de tráfego aéreo e de passageiros da Portela), o Governo tem defendido que o projecto está enquadrado na opção geoestratégica de utilização do território português, onde diz que se inscreve a sua proposta para a área dos transportes. Um modelo que articula os sectores aeroportuário, ferroviário, rodoviário, marítimo (portos) e logístico (plataformas de circulação de passageiros e de mercadorias). No entanto, têm sido muitas as críticas quanto ao desconhecimento de uma estratégia integrada para os transportes, tanto da parte do actual Executivo como dos anteriores.

Em Outubro, Mário Lino vai divulgar um estudo de cúpula do projecto de construção da infra-estrutura, um "dossier síntese" de todos os trabalhos realizados até hoje e cujo objectivo é o de esclarecer a opinião pública sobre a indispensabilidade estratégica da Ota. "Todos os estudos vão ser publicados na Internet", observou o presidente da ANA e da Naer. Contudo não é explicado por que é que esses estudos não estão já disponíveis na Net, apesar da insistência de muitos, desde Eduardo Catroga na entrevista que deu recentemente ao PÚBLICO, até cerca de sete dezenas de blogues.

A companhia irá realizar nas próximas semanas uma assembleia-geral para aumentar o número de administradores de três para cinco elementos. Para além do presidente da ANA e da Naer, integram a empresa Rui Veres, da ANA, e Ferreira Leal. O objectivo do Governo é criar "uma estrutura mínima" que permita colocar em marcha rápida o dossier Ota.

Até final do ano, Mário Lino iniciará consultas para a realização de novos estudos mais aprofundados: de impacte ambiental, de engenharia financeira, estudos geológicos. Trabalhos que irão demonstrar, ainda, quais são as condições de navegabilidade aérea daquele espaço, como serão feitos os acessos rodoviários e ferroviários à infra-estrutura portuária, definindo também qual a capacidade máxima que pode atingir.

- "Público"

Bom trabalho do Jornal "Público".
Ver aqui a equação.

quarta-feira, agosto 10, 2005

Mau...

Malam Bacai Sanhá rejeita os resultados das Eleições na Guiné-Bissau que atribuiram a vitória a "Nino" Vieira

João Bernardo "Nino" Vieira venceu a segunda volta das presidenciais na Guiné-Bissau, segundo os resultados finais oficiais hoje divulgados pela Comissão Nacional de Eleições (CNE).

Malam Bacai Sanhá, o candidato derrotado anunciou, entretanto, que não aceita os resultados, alegando fraude, e que vai recorrer para o Supremo Tribunal de Justiça (STJ).

Os resultados finais oficiais da segunda volta das presidenciais, hoje anunciados pelo presidente da CNE, Malam Mané, são os seguintes:

RESULTADOS DAS ELEIÇÖES PRESIDENCIAIS:

- Total de eleitores inscritos: 538.472.

- Total de votantes: 422.978 (78,55 por cento)

- Votos brancos: 5.362 (1,27 %).

- Votos nulos: 4.129 (0,98%)

- Votos em protesto e em reclamação: 562 (0,13%)

CANDIDATOS

1 - João Bernardo Vieira (independente)
- 216.167 (52,35%).

2 - Malam Bacai Sanhá (apoiado pelo PAIGC)
- 196.759 (47,65 %)


- LUSA

Trinta anos depois..

Álvaro Cunhal salvou PCP afastando Vasco Gonçalves

(..)

"O PC deixou de lhe dar cobertura (...).Vasco Gonçalves fora útil, mas estava a tornar-se prejudicial, com o seu extremismo desvairado, que poderia levar o país à guerra civil (...). Ora uma guerra civil não interessava a ninguém. Nem interna nem externamente. O PC, manifestamente, achou que Vasco Gonçalves já cumprira o seu papel."

- DN

terça-feira, agosto 09, 2005

Oh Menina Pérolas

Então isso faz-se? :)
Mudar um nome tão chic..
A mudança de embalagem está feita!

segunda-feira, agosto 08, 2005

Não é de hoje.. é desde 1998!

Sempre que está no Executivo um (des)governo socialista, a mecha é sempre a mesma: OTA (rios).

Através do F.A., a equação..! Sabem fazer contas de cabeça? Então, perguntem ao Engº Guterres e sucessores.

domingo, agosto 07, 2005

O sr. "façam as contas"..

Guterres - deve regressar à CGD quando deixar ONU

António Guterres deverá regressar aos quadros da Caixa Geral de Depósitos (CGD) quanto terminar o mandato na ONU. De acordo com a edição desta sexta-feira do Correio da Manhã, o ex-primeiro-ministro era consultor da administração do banco até Junho, altura em que suspendeu as funções para assumir o cargo de Alto Comissário da ONU para os Refugiados, mas não cortou o vínculo laboral que o liga à CGD.

Guterres foi representante da CGD em várias missões empresariais, tendo, inclusivamente, desbloqueado um negócio do banco público na África do Sul.

Fontes próximas ao ex-governante, citadas pelo jornal, referem que Guterres tinha na CGD um gabinete e secretária próprios e ocupava as funções em permanência, tendo a categoria de Director de nível 18, o que equivale a uma remuneração superior a 5.000 euros por mês (3.000 euros de salário base).

- Diário Digital

(Obrigada amiga, sempre sintonizada!)

Começa bem...!!

Lista de Carmona para Lisboa aprovada por um voto


Os nomes que acompanham o vice-presidente da autarquia obtiveram 19 votos a favor, 18 contra e duas abstenções na distrital «laranja» do PSD. Lista de Odivelas foi «chumbada»

A Comissão Política Distrital do PSD de Lisboa aprovou este sábado à noite a lista de candidatos liderada por Carmona Rodrigues à câmara da capital pela margem mínima de um voto, disse à Agência Lusa fonte partidária.

A lista do vice-presidente da autarquia obteve 19 votos a favor, 18 contra e duas abstenções, acrescentou a mesma fonte.

Na mesma reunião, que começou depois das 18 horas de sábado e se prolongou até perto da meia-noite, foi "chumbada" a lista do PSD à Câmara Municipal de Odivelas, encabeçada por Fernando Ferreira, com 26 votos contra, 11 a favor e duas abstenções.

Segundo os estatutos do partido, o PSD terá de apresentar nova lista ao município de Odivelas ou a Comissão Política Nacional pode chamar a si o processo de escolha dos candidatos.

Em declarações à Agência Lusa, o líder da distrital, o deputado António Preto, disse que a aprovação da lista, ainda que por escassa margem, prova que Carmona Rodrigues «tem todas as condições, por parte do partido, para fazer uma grande campanha».

«O partido provou que é uma boa muleta e não um obstáculo à candidatura do prof. Carmona Rodrigues», acrescentou o líder da distrital, que desdramatizou a aprovação das candidaturas da capital pela escassa margem de um voto: «Há quatro anos também a lista de Fernando Seara a Sintra passou por um voto.»

António Preto afirmou desconhecer o resultado de Odivelas, por ter abandonado a reunião mais cedo, e garantiu que as listas do partido aquele município - com ou sem alterações, que «dependem agora do candidato à câmara» - será votada em nova reunião da distrital na próxima semana.

Das dez listas que a distrital lisboeta tem que aprovar, falta ainda concluir as de Sintra, Loures e Vila Franca de Xira, que serão submetidas à Comissão Política Distrital na próxima semana.

De acordo com dirigentes do PSD/Lisboa ouvidos pela Agência Lusa, António Preto foi criticado durante a reunião de sábado por «não ter consultado os órgãos da distrital durante as negociações, com Carmona Rodrigues e a direcção nacional, para a indicação de nomes para a lista de Lisboa».

Uma das escolhas mais contestadas, segundo os mesmos dirigentes, foi a de Fontão de Carvalho, ex-CDS-PP e que foi eleito nas autárquicas de 2001 na lista PS/PCP, «ainda mais tratando-se do número dois» da candidatura do PSD a Lisboa.

Da lista de candidatos à principal câmara do país foram excluídos todos os vereadores eleitos em 2001 com Pedro Santana Lopes, ex-líder do PSD e actual presidente do município, que não se recandidata por opção da liderança do partido, que optou por Carmona, actual número dois do município.

Em Abril, Pedro Pinto, Helena Lopes da Costa, Maria Manuel Pinto Barbosa, Eduarda Napoleão e Ana Sofia Bettencourt manifestaram-se publicamente a favor da recandidatura de Santana Lopes e contra a opção por Carmona Rodrigues.

O independente Carmona Rodrigues é o cabeça-de-lista do PSD, seguindo-se Fontão de Carvalho e Marina Ferreira, actual presidente da Junta Metropolitana de Transportes.

Da candidatura social-democrata fazem ainda parte Pedro Feist, ex-vereador do CDS-PP, Gabriela Seara, chefe de gabinete de Carmona e directora de campanha, o antigo vereador António Proa, José Amaral Lopes, ex-secretário de Estado da Cultura, e Sérgio Pinto, presidente da Junta de Freguesia de São Domingos de Benfica e o nono nome é indicado pela JSD.

Na reunião da Comissão Política Distrital do PSD de Lisboa foram aprovadas as seguintes listas de candidatos às autárquicas de 9 de Outubro: Oeiras, Cascais, Lisboa, Amadora, Azambuja, Mafra.

Faltam ainda aprovar as candidaturas aos concelhos de Vila Franca de Xira, Sintra, Queluz e Odivelas.

Segundo a lei eleitoral das autarquias, o prazo limite para a entrega de listas é 16 de Agosto.

- Portugal Diário

sexta-feira, agosto 05, 2005

A dor da Natureza



A dor que tem vindo a ser sentida no decurso dos incêndios que consomem Portugal, é devastadora.

A Natureza, as pessoas, os bens.
BASTA.

BASTA de inépcia por parte dos Governos e dos burrocratas. Dos interesses instalados e negros como o rasto que deixam os incêndios ateados de forma criminosa. BASTA.

Procedam à delegação de competências nas Autarquias:
Câmaras e Freguesias, e Associações de Autarquias.
Elabore-se um Programa Quadro a ser implementado anualmente, e não de forma sazonal - sem organização, sem eficácia, e CHEIO de demagogia.
Que os recursos sejam disponibilizados às Autarquias; que as mesmas se associem para, em conjunto, serem mais fortes e eficazes.
Que sejam penalizadas se não cumprirem os Programas.

Que de uma vez por todas, seja possível fazer algo de concreto, e obter resultados reais.

Antiga empresa de Mário Lino faz estudos na Ota

Ministro das Obras Públicas foi sócio da Consulmar entre 1991 e 1996. Mário Lino diz que essa posição «obviamente» não prejudica decisões a tomar sobre o aeroporto. Empresa já facturou 900 mil euros

O ministro das Obras Públicas, Mário Lino, foi sócio de uma das empresas que está a realizar estudos de consultoria técnica para o aeroporto da Ota. De acordo com o semanário O Independente, a Consulmar foi sócia de Mário Lino na Impacte-Ambiente e Desenvolvimento, uma outra empresa de consultadoria ambiental, entre 1991 e 1996. Mário Lino tinha uma quota de 20 por cento na Impacte e ocupou os cargos de sócio-gerente e director.

O mesmo jornal conta que a Consulmar foi escolhida para trabalhar no projecto do aeroporto da Ota em concurso internacional, como uma das empresas responsáveis pelos estudos técnicos na área dos estudos hidrológicos e geográficos. Os estudos realizados até agora, e que começaram no terceiro trimestre de 2001, já custaram 12,7 milhões de euros ao Estado português e aos cofres comunitários.

O sócio-gerente da Consulmar, Fernando Silveira Ramos, disse ao O Independente que a Consulmar já facturou, desse bolo, perto de 900 mil euros pelos trabalhos de consultoria.

O ministro das Obras Públicas, em resposta ao semanário, considerou que a sua participação no capital social da Impacte e a relação de antigo sócio da Consulmar «obviamente» não prejudicam qualquer decisão a tomar sobre a construção do novo aeroporto. Mário Lino sublinhou que, desde a saída da empresa não manteve mais relações profissionais com a empresa de consultadoria.

- Portugal Diário

OTÁRIOS

quarta-feira, agosto 03, 2005

Pelican Brief ..

ou porque caem Governos.













Serviço Público.

Há que exigir uma investigação profunda e sem quaisquer tipos de impedimentos.

terça-feira, agosto 02, 2005

Protesto!

Vamos fazer um abaixo assinado de protesto pelo abandono dessa chafarica que é: Jaquinzinhos!
Oh Jaquim não se faz!

Ainda me lembro (não, não tenho noventa e tal anos!! Mas, na blogosfera..) quando li pela primeira vez o João!
Absolutamente delicioso! Não conseguia parar de rir com as crónicas que escrevia!


Ainda era num tempo em que o cachucho escrevia por gozo..


Epílogo

Embora fora de tempo e depois do assunto já ter sido encerrado por terceiros, volto ao tema de debate com o Assembleia e com o Crítico. Vantagens de ter um blogue democrata liberal e individualista que fala do que quer, quando quer.

Resolvi entrevistar-me a mim próprio. Para isto parecer uma entrevista na TVI, o entrevistador vai personificar Manuela Moura Guedes.

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MMG: Olá, eu sou a Manuela Moura Guedes. Uma menina de 9 anos foi atropelada por uma bicicleta em Pevidém e partiu uma unha. A TVI vai estar em directo do local do acidente neste jornal. Para já, uma entrevista com o autor de um blogue que se envolveu numa polémica, recentemente. Boa Noite, senhor Jaquinzinho, então como é que tudo isto começou?

Eu: Boa noite, Manuela. Tudo começou com um terrível erro. Uma tarde destas, quando regressava para o subúrbio onde resido, vinha eu do meu emprego numa empresa do sector terciário, dizia eu, em vez de sintonizar a Antena 2 deixei o rádio do carro utilitário na TSF. Involuntariamente, acabei por ouvir parte de uma entrevista de Maria João Pires a Carlos Vaz Marques. Nessa entrevista Maria João Pires fez algumas afirmações que erradamente interpretei como barbaridades.

MMG (espantada): Barbaridades? A Maria João Pires disse barbaridades?

Eu: Eu achava que sim. Mas estava errado. Como sabe ela até ganhou imensos prémios...

MMG: Como é evidente. Ninguém com um curriculum assim poderia dizer barbaridades. Mas afinal, o que é que ela teria dito?

Eu: Não me vou repetir, não tenho coragem... Compreenda que estou muito arrependido. Mas está tudo no meu blogue. Quem quiser pode ir lá e ler.

MMG: E, ao que sei, nesse seu blogue também inseriu umas frases suas que indignaram outros blógueres?

Eu: Sim. (Pausa) Gostei da maneira como aporteguesou bloggers. Vou passar a usar se não se importa...

MMG: De modo algum. Perguntava-lhe se tinha deixado outros blógueres indignados.

Eu: Exactamente. Nada de novo. Há sempre muitos blógueres indignados com o que escrevo. Sou muito insensível.

MMG: Hmmmm.... Então e que frases foram essas?

Eu: Foram muitas. Mas acho que a pior foi esta: "Por mim, depois de ouvir a entrevista de MJP, tenho sérias reservas à atribuição de subsídios públicos a MJP. O radicalismo das palavras da artista e algumas afirmações aflitivamente tontas não auguram nada de bom. Não pondo em causo o mérito de Balgais que me parece evidente, a subsidiação de projectos politicamente empenhados dá direito a qualquer um de nós para exigir o mesmo tratamento em projectos educativos próprios de qualquer índole." Referia-me à escola primária.

MMG (espantadíssima): Ooooohhhhhhh!!!! Você escreveu isso?

Eu: Escrevi. Nem sei o que me passou pela cabeça.

MMG: Balgais? Com ‘a’?

Eu: Sim. Foi uma grelha. Oops... enganei-me outra vez. Disse grelha em vez de grolha!

MMG: Ahahahahah.... Voltemos então a Bolgais, ahahah, ai que engraçado.

Eu: Ahahahah! Outra grulha!

MMG (Rindo com evidente prazer): Ahahahah. Aiiii... estou que nem posso. Ai... Bem, depois daquela frase infelicíssima houve uma reacção do Manuel Alçada.

Eu: Exactamente. Como é óbvio, chamou-me chicharro.

MMG: Foi muito moderado...

Eu: Pois foi. Além disso, escreveu: “Acredito que o Estado deve apoiar um bom projecto, quer este seja feito por MJP, JCD, o Papa ou o Louçã, mesmo que não concorde com uma palavra do que digam. Esta é uma das diferenças entre democracia e ditadura.”

MMG: Em itálico?

Eu: Não, a direito mesmo. Eu é que falei em itálico.

MMG: Itálico ou não, ele disse muito bem.

Eu: Pois disse. Mas na altura eu achava que tinha dito muito mal...

MMG (olhos esbugalhados): Achava?

Eu: Achava!

MMG: Porquê?

Eu: Dei uns exemplos no meu blogue. Um nazi, um terrorista ou uma pintora chanfrada podem apresentar bons projectos para educar as crianças dos outros. Eu achava que não queria que os meus filhos fossem educados por quem tivesse ideais racistas e também não queria que um alguém ensinasse a um filho meu as coisas que MJP disse na entrevista.

MMG: Ohhhhh.... E depois?

Eu: O Manuel explicou-me que o "estado deve dar dinheiro a qualquer chanfrado desde que este apresente um bom projecto, obedecendo às regras elementares de um Estado de Direito Democrático.”

MMG: O Manuel disse isso?

Eu: Não. Escreveu.

MMG: Não...

Eu: Sim. Está aqui.

MMG: O link não parece estar a funcionar...

Eu: Ahhh. Enganei-me outra vez. Lol! Aqui é que é.

MMG (Lendo...): Hmmm... Ele não disse exactamente isso.

Eu: Ai não? No post seguinte até escreveu: “O Estado deve apoiar o projecto do senhor neonazi? Se o projecto for válido, sim. Se incentivar à violência e à xenofobia, não.”

MMG: Ahhh... pois é. E você não concorda?

Eu: Não concordava. Agora, depois de ter sido elucidado, já concordo.

MMG: Já?

Eu: Já.

MMG: Oh! Mesmo que seja um projecto de um nazi?

Eu: Mesmo, já fui esclarecido. No papel, todos os projectos são válidos. Até havia um projecto de um filme sobre a Branca de Neve que depois de ter sido apoiado passou a ser sobre a Preta de Bréu. Mas como todos sabemos, isso não impediu o estado de continuar a apoiar o mesmo cineasta. Foi uma lição para todos nós, o estado deve apoiar todos.

MMG: Evidentemente. É para isso que serve o estado, não é?

Eu: É. Nazis, comunistas, alterglobalizadores, apresentadoras de telejornais, pianistas. Antes eu pensava que se o estado queria subsidiar a educação primária, o ideal era dar o dinheiro aos pais dos miúdos e eles poderiam escolher a escola livremente.

MMG: Vouchers? Que americanice...

Eu: Pois era. E também aprendi que o custo não interessa. Nem é preciso publicar as contas das organizações subsidiadas.

MMG: Irrelevante. Mais americanices.

Eu: Claro. E afinal, o que é que interessa quanto custa? Economicismos neoliberais! Bem, o que vale é que agora, reconheço que é muito melhor dar aos artistas todo o dinheiro que eles quiserem, para educarem os nossos filhos. Espero que lhes ensinem que nem todos os americanos são maus.

MMG (olhar incrédulo): Como assim? Existem americanos bons?

Eu: Claro. O Oliver Stone e o Michael Moore.

MMG: Pois é, tinha-me esquecido desses!

Eu: E quero que os miúdos saibam que a competitividade e o sucesso são coisas más, que o pior assassino do século XX foi Bush, e que no século XVIII as pessoas viviam muito melhor do que hoje. Coisas dessas.

MMG: As crianças precisam de aprender o que está certo. Então, e o que aconteceu depois?

Eu: Depois o senhor doutor crítico escreveu um manifesto anti-jaquinzinhos.

MMG: A sério? E o que é que ele disse?

Eu: Fez uma análise crítica profunda sobre a minha pessoa. Brilhante análise, diga-se. Descobri imensas coisas novas sobre mim, que ignorava.

MMG: Ah é? Tais como?

Eu: Não posso dizer. Se a minha mulher lê, põe-me a mala à porta.

MMG: Ooops... foi assim tão mau?

Eu: Sim... Foi horrível. Pôs-me no meu devido lugar, ao nível das paroquianas que cometem o crime de produzir ruídos parasitas com o abanar de leques enquanto as elites ouvem órgão. Ou pior ainda, dos pais que levam os filhos ranhosos a concertos e arrotam a menos de 200 metros das elites.

MMG: É triste dizê-lo... mas em Portugal, em 2003, ainda há gente assim, sem nível... é o que se pode esperar do governo que temos. E que mais disse ele?

Eu: Tantas coisas. Foi uma análise tão... tão... inteligente! Senti-me como um pequeno burguês nojento e inculto que vai para os centros comerciais arrastar-se, ouvir o Asere Je, vomitar ignorância, consumir produtos brancos...

MMG: Que horror... Imagino. Sentiu-se como alguém que não respeita O Mensch, Bewein dein' Sünde Gross, ou uma passacaglia em dó menor e um trio-sonata em Sol Maior...

Eu: Exactamente. Foi assim. Explicou muito bem, Manuela.

MMG: Obrigada. E mais?

Eu: Pedi-lhe humildemente desculpa por ser ignorante, analfabeto, inculto, egoísta, incapaz, pequeno, rural, tacanho, imbecil, fechado, cegueta, odiento, rancoroso, velhaco, invejoso, raivoso, fingidor, escarnecedor e por ter desdenhado do belo, do sábio, e do verdadeiro erudito, por ser incapaz de erudição. Rezei a noite toda, por ele.

MMG: Muito bem. Um verdadeiro acto de contrição.

Eu: Ele merecia-o. Iluminou-me e mostrou-me o caminho. O meu objectivo no mundo é pagar impostos para que algumas mentes privilegiadas possam assistir a espectáculos incompreensíveis pelo comum dos mortais, abaixo do custo. E ele foi nobre, aceitando a minha penitência. E voltou a dar-me na cabeça explicando que é impossível criticar as opiniões políticas de Maria João Pires porque ela toca piano divinamente. É totalmente verdade. Todos sabemos que Bach seria um excelente Ministro das Finanças.

MMG: Evidentemente. E então, o que vai fazer agora?

Eu: Vou trabalhar melhor e aumentar a minha produtividade, agora que descobri o meu papel na sociedade. Vou pagar os impostos com um sorriso porque sei que estou a contribuir para que alguém possa ser ainda mais feliz. Alguém que não vê o mundo pelo seu umbigo.

MMG: Pelo meu umbigo?

Eu: Não, pelo dele.

MMG: ahhh, pois... Caro bloguista, só mais uma questão. Por que razão aceitou dar esta entrevista? Foi só para pedir a remissão dos seus pecados?

Eu: Não só. Mas também porque percebi que tinha interpretado mal a situação. Sabe, afinal o elitismo do crítico tinha uma perspectiva ainda mais ampla, de pensamento e cultura, de humanismo e sensibilidade. Quando me apercebi, não resisti a tamanho altruismo. Caíram-me as lágrimas.

...(segundos de silêncio)

MMG: Que bonito.

Eu: É. Apetecia-me dar pontapés nos pais dos miúdos ranhosos que negam o direito de um pobre sem abrigo a escutar em silêncio um recital de órgão na Sé com entrada livre, sem ruído de fundo.

MMG: Dramático.

EuÉ. Percebi que se o estado subsidiar a ópera, o sem abrigo pode assistir ao concerto no S.Carlos, sem ser incomodado pelo barulho de insensíveis como eu.

MMG. Claro. Foi muito insensível.

Eu: Pois fui.

MMG: Pois foi.

Eu: Pois fui.

MMG: Pois foi.

Eu. Eu sei. Desculpem-me.

...silêncio...

MMG: Obrigado por esta entrevista. Passemos a um assunto mais importante. Um assalto a uma mercearia em Barroselas acabou mal. A dona da mercearia agrediu o assaltante, um cantor de ópera desempregado, com uma colher de pau. Em directo do local...


# jaquinzinho de jcd : 23.9.03

"Aproveitar" enquanto o País 'está a banhos'!

Muda o Governo e começa a «dança das cadeiras» na CGD
Num momento em que o País está a banhos, o Governo aproveitou "to sack" a maioria dos administradores e vogais da CGD, substituindo-os por "trustful boys": vale a pena gritar?
Então cá vai: É MAIS DO MESMO! SÃO OS BOIS.

Oposição critica Governo por substituir administração da CGD

CDS lamenta «clima de controvérsia». Bloco define alterações como «pagamento de favores partidários». «Promoção» do ex-ministro de Guterres, Armando Vara, é a mais polémica. PSD diz que decisão do Executivo é um «acto descarado de saneamento político»

O CDS-PP lamentou o «clima de controvérsia pública» em que se encontra envolvida a Caixa Geral de Depósitos (CGD), na sequência da substituição de quatro membros da administração da instituição anunciada segunda-feira pelo ministério das Finanças.

«Lamentamos este clima de controvérsia pública em que se encontra envolvida a CGD, uma instituição que opera num sector tão sensível», afirmou à Lusa Pedro Melo, membro da comissão executiva do CDS-PP.

Defendendo que os «mandatos devem ser exercidos sempre até ao fim», Pedro Melo considerou que apenas «razões ponderosas e casos excepcionais, que têm ser explicadas pela tutela» podem justificar a substituição de pessoas antes do final dos respectivos mandatos.

Para o Bloco de Esquerda (BE), as alterações na administração da CGD «um pagamento de favores partidários», tendo entregue um pedido oficial de explicações ao ministro das Finanças.

«O Bloco de Esquerda manifesta a sua indignação pela utilização desta empresa de capitais públicos para o pagamento de favores partidários», refere o partido em comunicado.

O ministério das Finanças anunciou a substituição do presidente do conselho de administração da CGD, Vítor Martins, por Carlos dos Santos Ferreira. Vítor Martins tinha assumido o cargo há dez meses e tinha mandato até 2008. De saída da CGD estão também o vice-presidente, João Freixa, além dos vogais António Vila Cova, Luís Alves Monteiro e Gracinda Raposo. António Maldonado Gonelha mantêm-se na CGD, agora como único vice-presidente, e os vogais vão ser substituídos por Francisco Bandeira, actual presidente da Caixa Leasing e Factoring, e Armando Vara, que é promovido das funções de director-coordenador no banco público. É a «promoção» de Armando Vara que suscita maiores dúvidas ao Bloco de Esquerda.

«Não só não é do conhecimento público nenhuma experiência profissional relevante de Armando Vara na administração bancária, como o governo, a remodelar a administração da CGD, deveria anteceder essa decisão com uma explicação pública da sua estratégia para o banco do Estado», pode ler-se no documento.

Continuam nos cargos, os vogais José Santos Ramalho, Vítor Lopes Fernandes, Carlos Silva Costa, Celeste Cardona e Norberto Rosa. Além destas alterações, o conselho de administração foi reduzido de 11 para nove elementos.

A decisão de proceder a mudanças na Caixa foi tomada pelo novo Ministro de Estado e das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, (no cargo há 12 dias) «na qualidade de representante do accionista Estado na instituição», refere um comunicado enviado pelo Ministério.

Segundo Teixeira dos Santos, citado no comunicado da tutela, «uma liderança forte e uma relação com o accionista Estado assente na transparência, sindicabilidade e confiança são condições essenciais» para o bom funcionamento da Caixa Geral de Depósitos.

Por seu lado, o PCP acusou o Governo de estar a prosseguir com «a habitual linha» de nomeações políticas. «É um caso que prossegue a habitual linha de nomeações e desnomeações, que tem apenas a confiança política como critério», disse Jorge Cordeiro, da comissão política do PCP.

Jorge Cordeiro também criticou a promoção de Armando Vara. «Para quem fala tanto em rigor e credibilidade é estranho que opte por uma pessoa que já se viu obrigada a demitir do Governo devido aos escândalos na Fundação de Prevenção e Segurança», referiu.

À direita, o secretário-geral do PSD, Miguel Macedo, considerou «totalmente injustificada» a nomeação da nova administração, afirmando que se trata de «uma atitude grave e "amiguismo" político por parte do governo».

O presidente do PSD, Marques Mendes, classificou como um «acto descarado de saneamento político» a substituição dos quatro membros da administração da CGD. Em declarações ao Diário Económico, o líder do principal partido da oposição afirmou que «esta decisão só se explica por uma vontade insaciável de controlar todos os centros de poder».


- DD

segunda-feira, agosto 01, 2005

Dr. Jekyll and Mr. Hyde