Timor-Leste: Lisboa nega ter ordenado regresso dos professores portuguesesO Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) negou hoje ter ordenado o regresso a Portugal dos professores portugueses colocados em Timor-Leste, ao abrigo da cooperação bilateral.
"Não há qualquer decisão conjunta do MNE e do Ministério da Educação sobre o regresso dos professores portugueses que se encontram em Timor-Leste", assegurou o porta-voz do ministro, António Carneiro Jacinto, em declarações à Lusa.
Vários docentes colocados em Timor-Leste revelaram hoje à Agência Lusa, em Díli, que havia uma decisão conjunta dos dois ministérios naquele sentido e que lhes foi transmitido hoje que deveriam regressar terça ou quarta-feira a Lisboa, devido à impossibilidade de se concluir formalmente o ano lectivo em curso.
Esta informação foi também transmitida hoje a professores que se encontram colocados fora de Díli, nomeadamente na zona leste do país, que receberam a indicação de que deviam regressar à capital timorense já na segunda-feira para embarcarem terça ou quarta-feira para Darwin (Austrália), de onde seguiriam depois para Portugal.
Contudo, o porta-voz do MNE garantiu que "a evacuação, designadamente dos professores portugueses, só se verificará se, e quando o Governo português o entender".
"Se alguém quiser abandonar Timor-Leste poderá fazê-lo pelos seus próprios meios, através, nomeadamente, dos voos regulares australianos", adiantou Carneiro Jacinto.
O porta-voz do MNE disse ainda que as aulas em Timor-Leste "estão suspensas temporariamente por razões de segurança", desde que começaram os confrontos.
Portugal mantém cerca de 150 portugueses em Timor-Leste, no quadro da cooperação bilateral para a formação de professores e no âmbito do projecto de reintrodução da língua portuguesa, e do projecto de cooperação da Fundação das Universidades Portuguesas com a Universidade Nacional Timor LoroSa'e.
Em relação ao projecto de reintrodução da língua portuguesa, em que os professores estavam a formar docentes timorenses, os exames estavam marcados para Julho.
- Lusa
O MNE negou ter ordenado o regresso do professores, enviados para Timor ao abrigo de um Protocolo Bilateral.
Algumas questões se colocam:Porque é que o MNE não ordenou o regresso dos professores? Devia tê-lo feito de imediato.
A segurança dos nacionais portugueses em qualquer parte do mundo, é mais importante do que quaisquer aparências
pró-to-oculares.
É o chamado
vira-o-disco e toca o mesmo. Vem de alturas do
glorioso 25, da questão da descolonização e do tratamento dos nacionais nessa mesma altura.
Os professores já cá deviam estar.
(Basta seguir o exemplo dos britânicos.)
Os portugueses manifestaram-se nas ruas para que as Nações Unidas e os EUA resolvem-se a matança que estava lá a ter lugar por parte da Indonésia.
Timor é um Estado Independente e Soberano.
A ONU, o Banco Mundial, o FMI, e etc, continuam a envolver-se nas questões domésticas dos timorenses; têm lá colocados, consultores, orquestradores e
outros ores.
Grandes quantias são enviadas a título de subsídios; nada têm de beneméritos, têm tudo a ver com as capacidades energéticas.
Os cidadãos timorenses continuam a não ter o seu quotidiano público devidamente considerado.
As quesílias políticas internas, tiram partido do estado das coisas, leia-se, do ponto anterior; alguns
fantasmas políticos do passado voltaram, e voltaram apenas para atormentar as pessoas ditas comuns, porque, os fantasmas esses continuam a sua
atarefada vidinha.
Os Magistrados colocados, sob pedido, em Timor, foram destratados, e apelidados de colonialistas ou neo-colonialistas. Estas convulsões já se fazem sentir há algumas semanas.
Legítimas questões de interesse de Estado?
Embora tendo ponderado sobre essa possibilidade, e a implicação a médio e longo prazo dos interesses portugueses naquela parte do globo, apenas vem-me à ideia um ditado popular:
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Pérolas a porcos.