Capacetes azuis acusados de exploração infantil na Libéria
Crianças forçadas a trocar sexo por comida
Crianças da Libéria - com idades compreendidas entre os 08 e os 12 anos - continuam a ser forçadas por capacetes azuis e funcionários de várias organizações humanitárias à prática de actos sexuais, em troca de comida, dinheiro e outros bens. A denúncia de abusos sexuais continuados nos campos de refugiados foi feita hoje pela organização britânica «Save The Children».
A organização, com sede em Londres, pediu à ONU e demais organizações a actuarem na Libéria para investigarem e denunciarem a situação às autoridades liberianas.
De acordo com esta organização humanitária, as crianças estão a ser exploradas por «homens mais velhos», entre os quais «capacetes azuis, funcionários de organizações não-governamentais, professores e outros com poder na comunidade». A ONU confirmou já ter recebido queixas (por exploração e abuso sexual) contra oito funcionários seus a trabalhar na Libéria.
Para confirmar os alegados abusos sexuais de crianças na Libéria - onde se encontram cerca de 17 mil soldados da ONU desde o fim da guerra em 2003 - a organização britânica entrevistou 160 crianças e 170 adultos que vivem em campos de refugiados ou que regressaram recentemente às suas casas. O estudo, porém, não revela a nacionalidade dos abusadores.
A «Save The Children» já havia levantado este ano suspeitas sobre a situação na Libéria, alertando a opinião pública internacional, sem que nada tivesse sido feito. «Isto não pode continuar. É preciso pôr um fim nesta situação. Os homens que usam o poder para tirar vantagens da vulnerabilidade das crianças devem ser denunciados e afastados», afirma agora Jasmine Whitbread, directora-excutiva da organização britânica. Paralelamente, «muito mais deve ser feito para ajudar as crianças e suas famílias a não viverem em situação de risco», adverte.
Recorde-se que a Libéria, depois de 14 anos de violento conflito que terminou em 2003, enfrenta uma taxa de desemprego de 80 por cento e milhares de pessoas vivem abaixo do limiar da pobreza extrema.
Casos de abuso sexual contra crianças e mulheres foram registados pela ONU no Congo, Bósnia, Kosovo, Camboja e Timor-Leste. «Até quando?», questiona a «Save The Children».
- Expresso
Crianças da Libéria - com idades compreendidas entre os 08 e os 12 anos - continuam a ser forçadas por capacetes azuis e funcionários de várias organizações humanitárias à prática de actos sexuais, em troca de comida, dinheiro e outros bens. A denúncia de abusos sexuais continuados nos campos de refugiados foi feita hoje pela organização britânica «Save The Children».
A organização, com sede em Londres, pediu à ONU e demais organizações a actuarem na Libéria para investigarem e denunciarem a situação às autoridades liberianas.
De acordo com esta organização humanitária, as crianças estão a ser exploradas por «homens mais velhos», entre os quais «capacetes azuis, funcionários de organizações não-governamentais, professores e outros com poder na comunidade». A ONU confirmou já ter recebido queixas (por exploração e abuso sexual) contra oito funcionários seus a trabalhar na Libéria.
Para confirmar os alegados abusos sexuais de crianças na Libéria - onde se encontram cerca de 17 mil soldados da ONU desde o fim da guerra em 2003 - a organização britânica entrevistou 160 crianças e 170 adultos que vivem em campos de refugiados ou que regressaram recentemente às suas casas. O estudo, porém, não revela a nacionalidade dos abusadores.
A «Save The Children» já havia levantado este ano suspeitas sobre a situação na Libéria, alertando a opinião pública internacional, sem que nada tivesse sido feito. «Isto não pode continuar. É preciso pôr um fim nesta situação. Os homens que usam o poder para tirar vantagens da vulnerabilidade das crianças devem ser denunciados e afastados», afirma agora Jasmine Whitbread, directora-excutiva da organização britânica. Paralelamente, «muito mais deve ser feito para ajudar as crianças e suas famílias a não viverem em situação de risco», adverte.
Recorde-se que a Libéria, depois de 14 anos de violento conflito que terminou em 2003, enfrenta uma taxa de desemprego de 80 por cento e milhares de pessoas vivem abaixo do limiar da pobreza extrema.
Casos de abuso sexual contra crianças e mulheres foram registados pela ONU no Congo, Bósnia, Kosovo, Camboja e Timor-Leste. «Até quando?», questiona a «Save The Children».
- Expresso