quinta-feira, novembro 30, 2006
NATO to the Rescue
The United States can't save Iraq. Here's who can.
As the United States begins to acknowledge the magnitude of its defeat in Iraq, the conflict looks more than ever like a speed-chess replay of Vietnam. A tragedy that took a dozen years to unfold in Southeast Asia has played out in less than four in Mesopotamia. Once again, an intervention that sprang largely from idealistic, anti-totalitarian motives has gone awry because of an administration's deceptions, incomprehension, and incompetence. Once again, the domino theory at the heart of the case has been disproved. And once again, we find ourselves looking for a way out that won't compound the catastrophe.
As in the final stages of the Vietnam War, we face the question: If we have lost, why are we still there? One answer is that George Bush is a stubborn man--even this week, he was insisting we won't withdraw "until the mission is complete"--an apparent synonym for "when hell freezes over." A better answer is that we're staying to prevent genocide. Without a military force separating Sunnis and Shiites, the present savagery could go Cambodian, with remaining secular democrats as the first victims. A power vacuum could provide a new operational base for al-Qaida and severe sectarian violence (call it what you prefer) could spiral into all-out civil war and regional conflict. As awful as it is now, Iraq would surely get much, much worse if we yanked our troops.
Continues
- Jacob Weisberg, Slate
Ver ainda:
In an Uncertain World
As the United States begins to acknowledge the magnitude of its defeat in Iraq, the conflict looks more than ever like a speed-chess replay of Vietnam. A tragedy that took a dozen years to unfold in Southeast Asia has played out in less than four in Mesopotamia. Once again, an intervention that sprang largely from idealistic, anti-totalitarian motives has gone awry because of an administration's deceptions, incomprehension, and incompetence. Once again, the domino theory at the heart of the case has been disproved. And once again, we find ourselves looking for a way out that won't compound the catastrophe.
As in the final stages of the Vietnam War, we face the question: If we have lost, why are we still there? One answer is that George Bush is a stubborn man--even this week, he was insisting we won't withdraw "until the mission is complete"--an apparent synonym for "when hell freezes over." A better answer is that we're staying to prevent genocide. Without a military force separating Sunnis and Shiites, the present savagery could go Cambodian, with remaining secular democrats as the first victims. A power vacuum could provide a new operational base for al-Qaida and severe sectarian violence (call it what you prefer) could spiral into all-out civil war and regional conflict. As awful as it is now, Iraq would surely get much, much worse if we yanked our troops.
Continues
- Jacob Weisberg, Slate
Ver ainda:
In an Uncertain World
Agradecimentos
Ao Bruno Gonçalves, do Bodegas
e
ao Geração Rasca, pela iniciativa dos Blogues 2006.
O JPT carateriza com propriedade o fenómeno das nomeações:
é uma troca de boas festas e simpatia.
Muito obrigada.
e
ao Geração Rasca, pela iniciativa dos Blogues 2006.
O JPT carateriza com propriedade o fenómeno das nomeações:
é uma troca de boas festas e simpatia.
Muito obrigada.
Poeta Universal
Vive um momento com saudade dele
Já ao vivê-lo . . .
Barcas vazias, sempre nos impele
Como a um solto cabelo
Um vento para longe, e não sabemos,
Ao viver, que sentimos ou queremos . . .
Demo-nos pois a consciência disto
Como de um lago
Posto em paisagens de torpor mortiço
Sob um céu ermo e vago,
E que nossa consciência de nós seja
Uma cousa que nada já deseja . . .
Assim idênticos à hora toda
Em seu pleno sabor,
Nossa vida será nossa anteboda:
Não nós, mas uma cor,
Um perfume, um meneio de arvoredo,
E a morte não virá nem tarde ou cedo . . .
Porque o que importa é que já nada importe . . .
Nada nos vale
Que se debruce sobre nós a Sorte,
Ou, tênue e longe, cale
Seus gestos . . . Tudo é o mesmo . . . Eis o momento . . .
Sejamo-lo . . . Pra quê o pensamento? . . .
- Fernando Pessoa, Uns Versos Quaisquer
quarta-feira, novembro 29, 2006
Lata?!!
Isso é muitíssimo pouco para apelidar um ser que fez o que este fez: Almeida Santos sobre descolonização
«Eu e Soares fomos vilipendiados sem razão»
Este, mas não só.
Este e muitos outros, que ainda hoje e a partir de então têm pululado e poluído a vida política e pública portuguesa.
Esta casta inferior de seres, que se dizem portugueses - e até parece que tal consta dos respectivos BI's e passaportes, venderam os seus concidadãos, naquilo que era então designado de colónias portuguesas.
É esta corja, que continua a pulular e poluir a atmosfera política portuguesa, e que é reverenciada por uma grande, diria maioritária, fatia dos políticos portugueses - pelos menos os instalados.
Este pacote lançou uma colecção, deve ser comemorativa da sua condição abjecta, sobre a descolonização e a pseudo visão dos factos - dos seus factos.
Esta casta de vendidos, e de vendedores dos outros - como se os outros de coisas se tratassem, ainda têm muitas contas a ajustar.
Estafermos como Almeida Santos e Mário Soares - não são os únicos, pois não; não são mesmo.
Ouvi da boca do 2º, ao vivo e a cores, que - nesta fase já invernosa (leia-se com os pés para a cova) pretendia ficar em paz com a sua consciência e pedir desculpas aos retornados, pela participação que teve naqueles vis tempos - não está desculpado, nem será desculpado.
Estes vendidos e vendedores, não têm lata, têm é uma enorme e monstruosa capacidade para mentir e enganar.
A consciência essa, há-de pesar-lhes mais que chumbo.
«Eu e Soares fomos vilipendiados sem razão»
Este, mas não só.
Este e muitos outros, que ainda hoje e a partir de então têm pululado e poluído a vida política e pública portuguesa.
Esta casta inferior de seres, que se dizem portugueses - e até parece que tal consta dos respectivos BI's e passaportes, venderam os seus concidadãos, naquilo que era então designado de colónias portuguesas.
É esta corja, que continua a pulular e poluir a atmosfera política portuguesa, e que é reverenciada por uma grande, diria maioritária, fatia dos políticos portugueses - pelos menos os instalados.
Este pacote lançou uma colecção, deve ser comemorativa da sua condição abjecta, sobre a descolonização e a pseudo visão dos factos - dos seus factos.
Esta casta de vendidos, e de vendedores dos outros - como se os outros de coisas se tratassem, ainda têm muitas contas a ajustar.
Estafermos como Almeida Santos e Mário Soares - não são os únicos, pois não; não são mesmo.
Ouvi da boca do 2º, ao vivo e a cores, que - nesta fase já invernosa (leia-se com os pés para a cova) pretendia ficar em paz com a sua consciência e pedir desculpas aos retornados, pela participação que teve naqueles vis tempos - não está desculpado, nem será desculpado.
Estes vendidos e vendedores, não têm lata, têm é uma enorme e monstruosa capacidade para mentir e enganar.
A consciência essa, há-de pesar-lhes mais que chumbo.
terça-feira, novembro 28, 2006
Olh'ó zé!!
Caso Camarate: José Esteves detido pela PJ e a depor no TIC
José Esteves, antigo segurança e um dos nomes ligado ao Caso Camarate, foi esta terça-feira detido pela Polícia Judiciária (PJ) e encontra-se a depor no Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa (TIC), soube a agência Lusa de fonte policial.
A mesma fonte indicou que José Esteves foi detido por elementos da Direcção Central de Combate ao Banditismo (DCCB) da PJ.
José Esteves encontra-se nas instalações do TIC, desconhecendo-se os motivos.
A DCCB é uma direcção da PJ que investiga crimes como tráfico de seres humanos, auxílio à imigração ilegal, raptos, sequestros, entre outros.
Numa entrevista à revista Focus, a publicar quarta-feira, José Esteves assume ser o autor de um engenho que fez explodir a aeronave Cessna onde seguiam o então primeiro-ministro português Francisco Sá Carneiro, a sua mulher Snu Abcassis, o chefe de gabinete António Patrício Gouveia, e o ministro da Defesa Adelino Amaro da Costa, assim como os dois pilotos do aparelho, a 4 de Dezembro de 1980.
- Diário Digital / Lusa
Este é o mesmo zé, que logo após, e durante todos estes anos, afirmou o mesmo: que tinha sido ele a fazer a bomba que fez explodir o Cessna que transportava Sá Carneiro, Amaro da Costa e restante comitiva.
É. É este o zé, que quando os meios de comunicação social noticiavam e afirmavam que pendia sobre o mesmo um mandado de captura internacional e que tinham obtido informações de que tinha sido localizado num qualquer outro país, minutos depois sai à rua e vi-o passar no seu jipe (fiquei vesga durante uns dias...).
É. Este é o zé que foi depôr num caso quente quente, e que dizia-se: assim com os homens, exibindo o Courão ...
É. Este é o zé que deu em bruxo, dizendo que tinha aprendido umas artes sui generis.
Pois é, este é o zé que tem andado a reinar nas barbas do pessoal, e que se tem safado sempre.
Será que é desta que o zé vai dentro?
Estou desejosa para ver os próximos capítulos.
Addenda:
Com cumprimentos ao fabuloso Dragão
A choupana do sôzé.
José Esteves, antigo segurança e um dos nomes ligado ao Caso Camarate, foi esta terça-feira detido pela Polícia Judiciária (PJ) e encontra-se a depor no Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa (TIC), soube a agência Lusa de fonte policial.
A mesma fonte indicou que José Esteves foi detido por elementos da Direcção Central de Combate ao Banditismo (DCCB) da PJ.
José Esteves encontra-se nas instalações do TIC, desconhecendo-se os motivos.
A DCCB é uma direcção da PJ que investiga crimes como tráfico de seres humanos, auxílio à imigração ilegal, raptos, sequestros, entre outros.
Numa entrevista à revista Focus, a publicar quarta-feira, José Esteves assume ser o autor de um engenho que fez explodir a aeronave Cessna onde seguiam o então primeiro-ministro português Francisco Sá Carneiro, a sua mulher Snu Abcassis, o chefe de gabinete António Patrício Gouveia, e o ministro da Defesa Adelino Amaro da Costa, assim como os dois pilotos do aparelho, a 4 de Dezembro de 1980.
- Diário Digital / Lusa
Este é o mesmo zé, que logo após, e durante todos estes anos, afirmou o mesmo: que tinha sido ele a fazer a bomba que fez explodir o Cessna que transportava Sá Carneiro, Amaro da Costa e restante comitiva.
É. É este o zé, que quando os meios de comunicação social noticiavam e afirmavam que pendia sobre o mesmo um mandado de captura internacional e que tinham obtido informações de que tinha sido localizado num qualquer outro país, minutos depois sai à rua e vi-o passar no seu jipe (fiquei vesga durante uns dias...).
É. Este é o zé que foi depôr num caso quente quente, e que dizia-se: assim com os homens, exibindo o Courão ...
É. Este é o zé que deu em bruxo, dizendo que tinha aprendido umas artes sui generis.
Pois é, este é o zé que tem andado a reinar nas barbas do pessoal, e que se tem safado sempre.
Será que é desta que o zé vai dentro?
Estou desejosa para ver os próximos capítulos.
Addenda:
Com cumprimentos ao fabuloso Dragão
A choupana do sôzé.
Mais lembranças bonitas!
Relativamente ao: Melhores Blogues Femininos Portugueses 2006
É de lembrança que se trata. Acima de tudo.
Muito agradeço, por tal.
Ao André Azevedo Alves - Insurgente, e
ao Rui Carmo - Incontinentes Verbais
Gosto de todos os blogs.
São únicos.
Originais.
Apresentam uma visão e forma diferente de estar, e por isso, são cada um deles o Melhor.
É pelo simples prazer de estar, de colocar em Diário o pensamento.
Pelo gozo e prazer.
Pelo sorriso e boa disposição.
Por vezes pela chuva e granizo; mas vale a pena, aprende-se muito, mesmo nem sempre concordando - mas respeitando posições divergentes.
Uma vez mais, muito obrigada pela lembrança.
O Besugo, esse portento, é que a sabe toda!
É de lembrança que se trata. Acima de tudo.
Muito agradeço, por tal.
Ao André Azevedo Alves - Insurgente, e
ao Rui Carmo - Incontinentes Verbais
Gosto de todos os blogs.
São únicos.
Originais.
Apresentam uma visão e forma diferente de estar, e por isso, são cada um deles o Melhor.
É pelo simples prazer de estar, de colocar em Diário o pensamento.
Pelo gozo e prazer.
Pelo sorriso e boa disposição.
Por vezes pela chuva e granizo; mas vale a pena, aprende-se muito, mesmo nem sempre concordando - mas respeitando posições divergentes.
Uma vez mais, muito obrigada pela lembrança.
O Besugo, esse portento, é que a sabe toda!
segunda-feira, novembro 27, 2006
Luminescências e Melhores Blogues Portugueses 06
O ABA do Luminescências fez o favor de distinguir este blog entre os Melhores Blogues Femininos Portugueses de 2006!
Agradeço penhorada a lembrança; pois, mais do que tudo, é a lembrança.
Muito obrigada
Agradeço penhorada a lembrança; pois, mais do que tudo, é a lembrança.
Muito obrigada
O Governo está em Greve
Estas palavras foram proferidas pelo Almirante Pinheiro de Azevedo naqueles loucos tempos do PREC!
E fê-lo!!
O Governo entrou em Greve.
Se a populaça podia fazer Greve, e causar a maior confusão, e impossibilitar o Governo de governar, então o Governo também se podia escusar a trabalhar - coisa que fez, entrando em Greve.
Foi a maior barafunda, a piada do século na política portuguesa!
Puro delírio ...
Os gedelhudos, com calças à boca-de-sino, barba e/ou bigode, imperavam no controle dos transeuntes, dos veículos; tudo discricionário como sucede em tempos da maior rebaldaria.
As filas para abastecimento, et al, foi o 25 de Novembro que pôs fim ao caos instalado.
Não passaram. Não podiam passar.
E fê-lo!!
O Governo entrou em Greve.
Se a populaça podia fazer Greve, e causar a maior confusão, e impossibilitar o Governo de governar, então o Governo também se podia escusar a trabalhar - coisa que fez, entrando em Greve.
Foi a maior barafunda, a piada do século na política portuguesa!
Puro delírio ...
Os gedelhudos, com calças à boca-de-sino, barba e/ou bigode, imperavam no controle dos transeuntes, dos veículos; tudo discricionário como sucede em tempos da maior rebaldaria.
As filas para abastecimento, et al, foi o 25 de Novembro que pôs fim ao caos instalado.
Não passaram. Não podiam passar.
Trabalhos da Constituinte - Alm. Pinheiro de Azevedo
SESSÃO INAUGURAL EM 2 DE JUNHO
Pinheiro de Azevedo como PM
Discurso de Pinheiro de Azevedo
Todos temos consciência da situação de justificado descontentamento que envolve amplas camadas desfavorecidas da população e da consequente perturbação política e social, que, habilmente aproveitada por forças contra-revolucionárias, põe em perigo o processo revolucionário e as conquistas tão duramente alcançadas pelo povo português, E sabemos que se torna imperioso encontrar solução para os problemas que nos afectam: ordem pública, autoridade, disciplina e coesão das Forças Armadas, descolonização, economia e relações externas.
Herdámos do regime anterior ao 25 de Abril um país pobre, corrompido, dependente do estrangeiro.
Alguns milhões de contos que existiam no Banco de Portugal, pouca ajuda prestam quando um povo se defronta com o analfabetismo, a miséria dos campos, a difícil situação das pescas, a ausência de serviços públicos minimamente satisfatórios, a fragilidade da indústria, a exploração das classes trabalhadoras, a tristeza e o luto das guerras coloniais.
Iniciámos em 25 de Abril um caminho longo e difícil.
Não é fácil descolonizar territórios onde, na sequência de exploração colonial, a guerra se travou asperamente durante 14 anos.
Não é fácil substituir um sistema económico monopolista e latifundiário por uma economia ao serviço de todo o povo português.
Não é fácil percorrer os caminhos da independência nacional.
São tarefas que exigem lucidez, serenidade, firmeza, determinação, unidade.
Uma revolução socialista constrói-se, dia a dia, com a participação de todos os que se encontram num horizonte comum de liberdade, de dignidade humana, de justiça social.
Como o senhor Presidente da República, também eu rejeito a social-democracia, como objectivo final da Revolução.
Pretendo incluir-me num esforço conjunto, consciente e responsável, centrado na edificação da República Socialista Portuguesa.
Os sectarismos, os oportunismos as fugas às responsabilidades, por parte de organizações e entidades, que se têm registado, não serão tolerados, e, de imediato, os desmascararei perante a Nação.
Torna-se necessário construir, desde já, um clima de ordem pública e de respeito pela autoridade.
Não me refiro a uma ordem qualquer, a uma autoridade qualquer.
A ordem democrática e autoridade revolucionária são imprescindíveis para, com serenidade e firmeza, se consolidarem as vitórias do povo português, repensando a Revolução, reformulando os serviços melhorando a vida do homem e da colectividade.
Defendemos a via do socialismo e da democracia pluralista para atingirmos a sociedade socialista.
O que exige uma clara e firme direcção política.
Admitimos partidos que defendam a social-democracia, com os quais consideramos ser necessário e útil colaborar, sem no entanto lhes permitir tomar a direcção política do processo revolucionário. Permitimos outros partidos capitalistas definindo-os, desde já, como oposição ao socialismo que pretendemos, e não transigindo com acções contra-revolucionárias.
Veremos com satisfação a convergência das forças socialistas num projecto consequente de transformação da sociedade portuguesa.
As Forças Armadas, onde se iniciou a Revolução, encontram-se perturbadas com a complexa situação política e, ultimamente, com procedimentos menos correctos da parte de alguns militares, e terão de reencontrar rapidamente o necessário equilíbrio.
A coesão do MFA e a disciplina das Forças Armadas são factores fundamentais que determinam o sucesso ou a derrota da Revolução.
Coesão obtida num real e eficiente entendimento político.
Disciplina consciente, responsável, que permita dar resposta ao que a Nação exige das actuais Forças Armadas, e muito sabemos ser.
Nos últimos tempos, por razões várias, houve uma real degradação da situação político-militar.
Todos os homens honestos deste País, militares ou civis, devem analisar o que foi feito, sem anátemas nem agressões estéreis, e reencontrar os caminhos da unidade revolucionária, na construção de uma sociedade justa e independente, onde viver, seja um contínuo exercício de dignidade humana.
Estou certo que o povo português, em cujas reais qualidades confio Inteiramente, estará à altura do desafio da História.
Em Angola e Timor passámos por uma fase muito difícil de um processo de descolonização que, é preciso não esquecer, constitui, na globalidade, uma das concretizações de maior mérito da Revolução portuguesa.
Procuraremos, com decisão, garantir aos povos angolano e timorense o acesso à independência, à liberdade e ao progresso porque tanto lutaram, evitando, sempre que possível, mais sacrifícios e mais dor.
Aos nossos compatriotas que honestamente trabalharam durante gerações nas ex-colónias, asseguramos que tudo faremos para salvaguardar os seus legítimos interesses, e que os acompanharemos com total fraternidade nas horas difíceis que estamos sofrendo, procurando solucionar os problemas concretos com que se debatem.
Aos camaradas que durante as trágicas guerras coloniais se viram diminuídos física e psiquicamente, asseguro que tudo farei para que seja possível enriquecer o País com o contributo válido que as suas potencialidades asseguram.
Para os nossos compatriotas emigrantes, trabalhadores que sofreram a humilhação máxima de serem obrigados a abandonar a terra onde nasceram, para garantir condições mínimas de vida às suas famílias, vai a nossa profunda identificação com o patriotismo que em todas as circunstâncias e de forma inequívoca sempre demonstraram. Contamos convosco e sabemos que estão solidários com os objectivos da Revolução Portuguesa.
Umas palavras finais, que considero de extrema importância, referentes ao VI Governo Provisório a que tenho a honra de presidir:
É um Governo que tem o mérito de procurar, num determinado momento histórico, encontrar a saída para uma grave crise política, económica e social, através de uma definição política conjunta dos três principais partidos políticos.
Não é um Governo de coligação de partidos, mas sim um Governo de unidade, obtida no desenvolvimento e concretização das medidas aprovadas.
Acredito que o patriotismo, a lucidez, a real capacidade de todos os elementos que compõem o VI Governo Provisório se afirmarão ao longo do tempo e justificarão as esperanças que o povo português neste momento em nós deposita.
Ao senhor Presidente da República, general Costa Gomes, companheiro de luta desde o primeiro dia da Revolução, quero manifestar a minha profunda estima e reconhecimento pelo empenho e pela ajuda preciosa que me dispensou, e que permitiram ultrapassar as dificuldades e constituir o VI Governo.
Por mim, com humildade revolucionária, mas com toda a firmeza, declaro que tudo farei para corresponder à confiança que me concederam os camaradas do MFA, e lutarei para resolver os problemas concretos que aflijam ou ameacem a nossa Pátria.
- Centro 25 de Abril, Discurso de 19/09/1975 da Tomada de Posse do VI Governo
Pinheiro de Azevedo como PM
Discurso de Pinheiro de Azevedo
Todos temos consciência da situação de justificado descontentamento que envolve amplas camadas desfavorecidas da população e da consequente perturbação política e social, que, habilmente aproveitada por forças contra-revolucionárias, põe em perigo o processo revolucionário e as conquistas tão duramente alcançadas pelo povo português, E sabemos que se torna imperioso encontrar solução para os problemas que nos afectam: ordem pública, autoridade, disciplina e coesão das Forças Armadas, descolonização, economia e relações externas.
Herdámos do regime anterior ao 25 de Abril um país pobre, corrompido, dependente do estrangeiro.
Alguns milhões de contos que existiam no Banco de Portugal, pouca ajuda prestam quando um povo se defronta com o analfabetismo, a miséria dos campos, a difícil situação das pescas, a ausência de serviços públicos minimamente satisfatórios, a fragilidade da indústria, a exploração das classes trabalhadoras, a tristeza e o luto das guerras coloniais.
Iniciámos em 25 de Abril um caminho longo e difícil.
Não é fácil descolonizar territórios onde, na sequência de exploração colonial, a guerra se travou asperamente durante 14 anos.
Não é fácil substituir um sistema económico monopolista e latifundiário por uma economia ao serviço de todo o povo português.
Não é fácil percorrer os caminhos da independência nacional.
São tarefas que exigem lucidez, serenidade, firmeza, determinação, unidade.
Uma revolução socialista constrói-se, dia a dia, com a participação de todos os que se encontram num horizonte comum de liberdade, de dignidade humana, de justiça social.
Como o senhor Presidente da República, também eu rejeito a social-democracia, como objectivo final da Revolução.
Pretendo incluir-me num esforço conjunto, consciente e responsável, centrado na edificação da República Socialista Portuguesa.
Os sectarismos, os oportunismos as fugas às responsabilidades, por parte de organizações e entidades, que se têm registado, não serão tolerados, e, de imediato, os desmascararei perante a Nação.
Torna-se necessário construir, desde já, um clima de ordem pública e de respeito pela autoridade.
Não me refiro a uma ordem qualquer, a uma autoridade qualquer.
A ordem democrática e autoridade revolucionária são imprescindíveis para, com serenidade e firmeza, se consolidarem as vitórias do povo português, repensando a Revolução, reformulando os serviços melhorando a vida do homem e da colectividade.
Defendemos a via do socialismo e da democracia pluralista para atingirmos a sociedade socialista.
O que exige uma clara e firme direcção política.
Admitimos partidos que defendam a social-democracia, com os quais consideramos ser necessário e útil colaborar, sem no entanto lhes permitir tomar a direcção política do processo revolucionário. Permitimos outros partidos capitalistas definindo-os, desde já, como oposição ao socialismo que pretendemos, e não transigindo com acções contra-revolucionárias.
Veremos com satisfação a convergência das forças socialistas num projecto consequente de transformação da sociedade portuguesa.
As Forças Armadas, onde se iniciou a Revolução, encontram-se perturbadas com a complexa situação política e, ultimamente, com procedimentos menos correctos da parte de alguns militares, e terão de reencontrar rapidamente o necessário equilíbrio.
A coesão do MFA e a disciplina das Forças Armadas são factores fundamentais que determinam o sucesso ou a derrota da Revolução.
Coesão obtida num real e eficiente entendimento político.
Disciplina consciente, responsável, que permita dar resposta ao que a Nação exige das actuais Forças Armadas, e muito sabemos ser.
Nos últimos tempos, por razões várias, houve uma real degradação da situação político-militar.
Todos os homens honestos deste País, militares ou civis, devem analisar o que foi feito, sem anátemas nem agressões estéreis, e reencontrar os caminhos da unidade revolucionária, na construção de uma sociedade justa e independente, onde viver, seja um contínuo exercício de dignidade humana.
Estou certo que o povo português, em cujas reais qualidades confio Inteiramente, estará à altura do desafio da História.
Em Angola e Timor passámos por uma fase muito difícil de um processo de descolonização que, é preciso não esquecer, constitui, na globalidade, uma das concretizações de maior mérito da Revolução portuguesa.
Procuraremos, com decisão, garantir aos povos angolano e timorense o acesso à independência, à liberdade e ao progresso porque tanto lutaram, evitando, sempre que possível, mais sacrifícios e mais dor.
Aos nossos compatriotas que honestamente trabalharam durante gerações nas ex-colónias, asseguramos que tudo faremos para salvaguardar os seus legítimos interesses, e que os acompanharemos com total fraternidade nas horas difíceis que estamos sofrendo, procurando solucionar os problemas concretos com que se debatem.
Aos camaradas que durante as trágicas guerras coloniais se viram diminuídos física e psiquicamente, asseguro que tudo farei para que seja possível enriquecer o País com o contributo válido que as suas potencialidades asseguram.
Para os nossos compatriotas emigrantes, trabalhadores que sofreram a humilhação máxima de serem obrigados a abandonar a terra onde nasceram, para garantir condições mínimas de vida às suas famílias, vai a nossa profunda identificação com o patriotismo que em todas as circunstâncias e de forma inequívoca sempre demonstraram. Contamos convosco e sabemos que estão solidários com os objectivos da Revolução Portuguesa.
Umas palavras finais, que considero de extrema importância, referentes ao VI Governo Provisório a que tenho a honra de presidir:
É um Governo que tem o mérito de procurar, num determinado momento histórico, encontrar a saída para uma grave crise política, económica e social, através de uma definição política conjunta dos três principais partidos políticos.
Não é um Governo de coligação de partidos, mas sim um Governo de unidade, obtida no desenvolvimento e concretização das medidas aprovadas.
Acredito que o patriotismo, a lucidez, a real capacidade de todos os elementos que compõem o VI Governo Provisório se afirmarão ao longo do tempo e justificarão as esperanças que o povo português neste momento em nós deposita.
Ao senhor Presidente da República, general Costa Gomes, companheiro de luta desde o primeiro dia da Revolução, quero manifestar a minha profunda estima e reconhecimento pelo empenho e pela ajuda preciosa que me dispensou, e que permitiram ultrapassar as dificuldades e constituir o VI Governo.
Por mim, com humildade revolucionária, mas com toda a firmeza, declaro que tudo farei para corresponder à confiança que me concederam os camaradas do MFA, e lutarei para resolver os problemas concretos que aflijam ou ameacem a nossa Pátria.
- Centro 25 de Abril, Discurso de 19/09/1975 da Tomada de Posse do VI Governo
domingo, novembro 26, 2006
sexta-feira, novembro 24, 2006
Muito revelador ...
... este artigo de Ricardo Costa, no Diário Económico: O Ministro TV Guia (o título em si é delicioso...)
A nossa política anda cheia de uma vontade de legislar no estilo “cinema de autor”. E, neste caso, o estilo Santos Silva é imbatível.
E pego neste parágrafo, muito interessante e muito importante para todos os cidadãos contribuintes (entre os quais me incluo)
(...)
Mas a política também dá instrumentos poderosos, sobretudo a quem nos governa. E é curioso que, no único sector da economia nacional em que o Estado tem 50% das licenças, em que o Orçamento de Estado todos os anos gasta mais, em que todos os portugueses pagam uma taxa na conta da electricidade, em que o principal canal do Estado tem publicidade, em que a Entidade Reguladora quer viver à conta das empresas e em que o Estado cria canais que não estão no serviço público, o Governo ainda quer mandar mais. E como é que se manda mais? Proibindo que as “grelhas televisivas” sejam alteradas, quando faltarem menos de 48 horas para a exibição!
(...)
É exactamente esta a questão que sempre tentei expor!
O poder político instalado, mais concretamente o Governo de cada momento, utiliza a televisão pública e os restantes orgãos de comunicação social públicos como se de uma quinta pessoal se tratassem.
Utiliza os orgãos de comunicação públicos como meio de propaganda, tanto das políticas que pretende impor, quanto das políticas impostas.
Alindamento da imagem, e propaganda pura e dura.
O política instalada, trata os cidadãos como cobaias de laboratório passíveis de serem condicionadas (partem sempre do pressuposto de que são condicionáveis) ...
Esta é a ideia e a imagem que os Governos, todos eles, continuam a ter dos cidadãos portugueses (e depois ainda se queixam ...)
A nossa política anda cheia de uma vontade de legislar no estilo “cinema de autor”. E, neste caso, o estilo Santos Silva é imbatível.
E pego neste parágrafo, muito interessante e muito importante para todos os cidadãos contribuintes (entre os quais me incluo)
(...)
Mas a política também dá instrumentos poderosos, sobretudo a quem nos governa. E é curioso que, no único sector da economia nacional em que o Estado tem 50% das licenças, em que o Orçamento de Estado todos os anos gasta mais, em que todos os portugueses pagam uma taxa na conta da electricidade, em que o principal canal do Estado tem publicidade, em que a Entidade Reguladora quer viver à conta das empresas e em que o Estado cria canais que não estão no serviço público, o Governo ainda quer mandar mais. E como é que se manda mais? Proibindo que as “grelhas televisivas” sejam alteradas, quando faltarem menos de 48 horas para a exibição!
(...)
É exactamente esta a questão que sempre tentei expor!
O poder político instalado, mais concretamente o Governo de cada momento, utiliza a televisão pública e os restantes orgãos de comunicação social públicos como se de uma quinta pessoal se tratassem.
Utiliza os orgãos de comunicação públicos como meio de propaganda, tanto das políticas que pretende impor, quanto das políticas impostas.
Alindamento da imagem, e propaganda pura e dura.
O política instalada, trata os cidadãos como cobaias de laboratório passíveis de serem condicionadas (partem sempre do pressuposto de que são condicionáveis) ...
Esta é a ideia e a imagem que os Governos, todos eles, continuam a ter dos cidadãos portugueses (e depois ainda se queixam ...)
quarta-feira, novembro 22, 2006
Ba-bum!!
Equação esquizofrénica
Carmona Rodrigues vs. Menezes
Menezes vs. Carmona Rodrigues
Paula Teixeira da Cruz vs. Carmona Rodrigues
Paula Teixeira da Cruz vs. Marques Mendes
Menezes vs. Marques Mendes
Marques Mendes vs. Menezes
Marques Mendes vs. Cavaco
Cavaco vs. PPD-PSD
Santana Lopes vs. todos!!
Está instalado o caos no PPD-PSD
Carmona Rodrigues vs. Menezes
Menezes vs. Carmona Rodrigues
Paula Teixeira da Cruz vs. Carmona Rodrigues
Paula Teixeira da Cruz vs. Marques Mendes
Menezes vs. Marques Mendes
Marques Mendes vs. Menezes
Marques Mendes vs. Cavaco
Cavaco vs. PPD-PSD
Santana Lopes vs. todos!!
Está instalado o caos no PPD-PSD
segunda-feira, novembro 20, 2006
PPD-PSD ao rubro
Menezes censura Marques Mendes em defesa de Cavaco
No Brasil, líder do PSD rectificou discurso, afirmou que "o PSD faz o seu caminho autónomo" e voltou a atacar o Executivo de Sócrates
Luís Filipe Menezes colocou-se ontem ao lado do Presidente da República, censurando duramente as críticas, ainda que indirectas, do líder do PSD aos elogios que Cavaco Silva deixou, na entrevista à SIC, quanto ao rumo da economia e ao "espírito reformista" do Governo socialista de José Sócrates.
"O senhor Presidente da República tem a obrigação de ser o Presidente de todos os portugueses e de o afirmar de acordo com a sua consciência e, em meu entender, é o que está a fazer, e bem. O PSD tem a obrigação de fazer oposição e está a fazê-lo mal", declarou Menezes ao PÚBLICO, considerando que a circunstância de as posições de Cavaco Silva não coincidirem com as do seu partido "não constitui drama nenhum, nem é caso para o criticar".
O ataque de Menezes surge um dia depois de Marques Mendes, que está de visita ao Brasil, ter escolhido um jantar com membros da comunidade portuguesa em São Paulo para responder, ainda que indirectamente, às declarações de Cavaco Silva, contestando-as. Onde o Presidente da República viu reformas que vão na direcção certa, o líder do PSD não vê mais do que "coragem retórica". "Não chega falar de reformas, é preciso fazê-las", disse Marques Mendes, sublinhando que "hoje, infelizmente, Portugal não tem o espírito reformista que podia e devia ter".
Mendes não comenta críticas internas
Marques Mendes voltou ontem ao tema, mas corrigiu o tiro. "O PSD fez o seu caminho sempre autónomo", afirmou, realçando que "o Presidente da República cumpre a sua missão e a sua agenda". E voltou a fustigar o Executivo de José Sócrates: "O caminho [do Governo] é errado e acho que tenho um caminho diferente."
Recusando-se a comentar as críticas internas, nomeadamente as de Menezes, que repreendeu o líder por discutir política interna no Brasil, Mendes reagiu apenas às acusações do ministro dos Assuntos Parlamentares, Augusto Santos Silva, que ontem afirmou que o presidente do PSD estava a contribuir para denegrir a imagem de Portugal no estrangeiro. "É um ministro que já se especializou em faltas de educação", retorquiu Mendes.
Foi para a separação das águas entre o exercício do mandato presidencial e o espaço do PSD que, também ontem, Paula Teixeira da Cruz, ex-vice da direcção de Mendes, chamou a atenção. Numa entrevista ao Diário de Notícias, a presidente da Assembleia Municipal de Lisboa declarou: "O professor Cavaco Silva está a fazer aquilo que tem que fazer. Não há nenhuma limitação do papel do PSD." E avisou ainda: "O Presidente da República não é suposto ser oposição ao Governo, é suposto ser cooperativo com o Governo."
Em sentido diverso, pronunciou-se anteontem o líder do PSD-Porto. Agostinho Branquinho, que reclamou do Presidente da República "mais recato nas loas que tece a José Sócrates", lembrando, a propósito, o relatório do Banco de Portugal, divulgado na semana passada, que prevê um crescimento da economia abaixo do esperado e também o aumento da inflação.
"Liderança anda aos ziguezagues"
Para Menezes, as críticas de Marques Mendes reflectem uma falta de rumo na direcção do partido, uma liderança "aos ziguezagues". "Há três semanas, o Presidente da República era o melhor do mundo, porque os pactos que estava a propor e a sua postura presidencial eram o que convinha ao país e agora o dr. Marques Mendes vem pôr em causa a leitura que o Presidente faz da realidade, que aliás era previsível", acusa o presidente da Câmara de Gaia, lembrando os compromissos eleitorais que Cavaco assumiu perante o país. "No seu programa, ele disse que iria contribuir até aos limites para puxar o país para cima", observa.
Menezes dá como certo que "o Presidente sabe que o crescimento económico é incipiente, que algumas reformas não têm a profundidade que deviam ter", mas acredita que "se, eventualmente, o país entre em derrapagem absoluta, falará". "Acho que esta não é altura para o Presidente falar, agora é altura para a oposição falar e isso não está a acontecer", afirma, desafiando a direcção do PSD.
- Público
A difícil travessia do deserto.
No Brasil, líder do PSD rectificou discurso, afirmou que "o PSD faz o seu caminho autónomo" e voltou a atacar o Executivo de Sócrates
Luís Filipe Menezes colocou-se ontem ao lado do Presidente da República, censurando duramente as críticas, ainda que indirectas, do líder do PSD aos elogios que Cavaco Silva deixou, na entrevista à SIC, quanto ao rumo da economia e ao "espírito reformista" do Governo socialista de José Sócrates.
"O senhor Presidente da República tem a obrigação de ser o Presidente de todos os portugueses e de o afirmar de acordo com a sua consciência e, em meu entender, é o que está a fazer, e bem. O PSD tem a obrigação de fazer oposição e está a fazê-lo mal", declarou Menezes ao PÚBLICO, considerando que a circunstância de as posições de Cavaco Silva não coincidirem com as do seu partido "não constitui drama nenhum, nem é caso para o criticar".
O ataque de Menezes surge um dia depois de Marques Mendes, que está de visita ao Brasil, ter escolhido um jantar com membros da comunidade portuguesa em São Paulo para responder, ainda que indirectamente, às declarações de Cavaco Silva, contestando-as. Onde o Presidente da República viu reformas que vão na direcção certa, o líder do PSD não vê mais do que "coragem retórica". "Não chega falar de reformas, é preciso fazê-las", disse Marques Mendes, sublinhando que "hoje, infelizmente, Portugal não tem o espírito reformista que podia e devia ter".
Mendes não comenta críticas internas
Marques Mendes voltou ontem ao tema, mas corrigiu o tiro. "O PSD fez o seu caminho sempre autónomo", afirmou, realçando que "o Presidente da República cumpre a sua missão e a sua agenda". E voltou a fustigar o Executivo de José Sócrates: "O caminho [do Governo] é errado e acho que tenho um caminho diferente."
Recusando-se a comentar as críticas internas, nomeadamente as de Menezes, que repreendeu o líder por discutir política interna no Brasil, Mendes reagiu apenas às acusações do ministro dos Assuntos Parlamentares, Augusto Santos Silva, que ontem afirmou que o presidente do PSD estava a contribuir para denegrir a imagem de Portugal no estrangeiro. "É um ministro que já se especializou em faltas de educação", retorquiu Mendes.
Foi para a separação das águas entre o exercício do mandato presidencial e o espaço do PSD que, também ontem, Paula Teixeira da Cruz, ex-vice da direcção de Mendes, chamou a atenção. Numa entrevista ao Diário de Notícias, a presidente da Assembleia Municipal de Lisboa declarou: "O professor Cavaco Silva está a fazer aquilo que tem que fazer. Não há nenhuma limitação do papel do PSD." E avisou ainda: "O Presidente da República não é suposto ser oposição ao Governo, é suposto ser cooperativo com o Governo."
Em sentido diverso, pronunciou-se anteontem o líder do PSD-Porto. Agostinho Branquinho, que reclamou do Presidente da República "mais recato nas loas que tece a José Sócrates", lembrando, a propósito, o relatório do Banco de Portugal, divulgado na semana passada, que prevê um crescimento da economia abaixo do esperado e também o aumento da inflação.
"Liderança anda aos ziguezagues"
Para Menezes, as críticas de Marques Mendes reflectem uma falta de rumo na direcção do partido, uma liderança "aos ziguezagues". "Há três semanas, o Presidente da República era o melhor do mundo, porque os pactos que estava a propor e a sua postura presidencial eram o que convinha ao país e agora o dr. Marques Mendes vem pôr em causa a leitura que o Presidente faz da realidade, que aliás era previsível", acusa o presidente da Câmara de Gaia, lembrando os compromissos eleitorais que Cavaco assumiu perante o país. "No seu programa, ele disse que iria contribuir até aos limites para puxar o país para cima", observa.
Menezes dá como certo que "o Presidente sabe que o crescimento económico é incipiente, que algumas reformas não têm a profundidade que deviam ter", mas acredita que "se, eventualmente, o país entre em derrapagem absoluta, falará". "Acho que esta não é altura para o Presidente falar, agora é altura para a oposição falar e isso não está a acontecer", afirma, desafiando a direcção do PSD.
- Público
A difícil travessia do deserto.
domingo, novembro 19, 2006
Guerra nas estradas
Hoje, foi o Dia Mundial das Vítimas da Estrada.
A condução nas estradas portuguesas continua a ceifar muitas vidas, e a estropiar muitas outras. Um infortúnio que destrói planos, sonhos e muito caminho pela frente.
Felizmente há uma entidade privada, e principalmente pessoas a título individual, que se empenham em alterar o curso desta situação.
Bem-hajam.
A condução nas estradas portuguesas continua a ceifar muitas vidas, e a estropiar muitas outras. Um infortúnio que destrói planos, sonhos e muito caminho pela frente.
Felizmente há uma entidade privada, e principalmente pessoas a título individual, que se empenham em alterar o curso desta situação.
Bem-hajam.
Quid pro quo
Meu senhor arcebispo, and'eu escomungado
porque fiz lealdade; enganou-me o pecado!
Soltade-m, ai senhor, e jurarei, mandado,
que seja traëdor.
Se traïçon fezesse, nunca vo-la diria;
mais pois fiz lealdade, vel por Santa Maria,
Soltade-m, ai senhor, e jurarei, mandado,
que seja traëdor.
Per mia malaventura tive hun en Sousa
e dei-o a seu don' e tenho que fiz gran cousa.
Soltade-m, ai senhor, e jurarei, mandado,
que seja traëdor.
Por meus negros pecados tive hun castelo forte
e dei-o a seu don', e hei mêdo da morte.
Soltade-m, ai senhor, e jurarei, mandado,
que seja traëdor.
- Martin Codax
sábado, novembro 18, 2006
sexta-feira, novembro 17, 2006
Shnoose up!
The fallen sons of Eve
Even the smell of roses
Is not what they supposes
But more than mind discloses
And more than men believe.
- GH Chesterton, The Song of Quoodle
Lara Feigel, na Prospect de Dezembro, escreve sobre narizes e olfacto
Turning up our noses
From Aristotle to Kant, intellectuals have delighted in denigrating the sense of smell. In doing so they have dampened the boundless pleasures of the olfactory.
It is time we rediscovered our noses.
Even the smell of roses
Is not what they supposes
But more than mind discloses
And more than men believe.
- GH Chesterton, The Song of Quoodle
Lara Feigel, na Prospect de Dezembro, escreve sobre narizes e olfacto
Turning up our noses
From Aristotle to Kant, intellectuals have delighted in denigrating the sense of smell. In doing so they have dampened the boundless pleasures of the olfactory.
It is time we rediscovered our noses.
Os Melhores Blogues 2006
O JPT, blogoamigo de mais de 3 anos, fez a gentileza de colocar o Eclético
entre os Melhores Blogues Femininos de 2006!
JPT, estou babada pela distinção, mas acima de tudo pela lembrança.
Obrigada
Habito no halo
dos meus versos
onde incansavelmente
rimo palavras sem rima
e seco lágrimas sem pranto
é a arte de viver...
como lacrar a vida e o amor
sem cantar?
como vencer o tédio e o temor
sem bailar?
eis a razão
porque sonho sem sono
porque voo sem asas
porque vivo sem vida
no avesso dos versos escondo
o tesouro da minha contrariedade
o mistério da minha enfermidade
e o feitiço da minha eternidade
- Armando Artur, A arte de viver
entre os Melhores Blogues Femininos de 2006!
JPT, estou babada pela distinção, mas acima de tudo pela lembrança.
Obrigada
Habito no halo
dos meus versos
onde incansavelmente
rimo palavras sem rima
e seco lágrimas sem pranto
é a arte de viver...
como lacrar a vida e o amor
sem cantar?
como vencer o tédio e o temor
sem bailar?
eis a razão
porque sonho sem sono
porque voo sem asas
porque vivo sem vida
no avesso dos versos escondo
o tesouro da minha contrariedade
o mistério da minha enfermidade
e o feitiço da minha eternidade
- Armando Artur, A arte de viver
quinta-feira, novembro 16, 2006
As Crianças
Só as crianças podem ser felizes,
porque elas não conhecem
o peso do passado.
E, no entanto, há crianças infelizes,
como se tivessem
o ferrete do pecado.
Sobre as crianças, as notícias dos jornais
ou da televisão
o que nos trazem é apenas mais
violência, abandono e solidão.
Não há poesia da infância
que resista perante a dor sem nome
de vermos, mesmo à distância,
um criança com fome.
Só as crianças podem ser felizes
e, no entanto, há crianças infelizes.
- Torquato da Luz
quarta-feira, novembro 15, 2006
É valente.
Hoje ainda estamos vivos
O MPLA, ou algumas pessoas a ele supostamente ligadas, e o Governo de Angola, ou pessoas a ele supostamente ligadas, entendem que tudo tem preço, que tudo se compra. Ou seja, que os fins justificam os meios, mesmo que para isso o povo morra à fome. E enquanto não for possível fazer os que pensam de maneira diferente chocar com uma bala, optam por abrir os cordões à bolsa e comprar tudo, ou quase. Até agora, pelo menos.
Por aqui vivem-se momentos delicados. Aperta-se o cerco. Os lutadores pela liberdade estão em sérias dificuldades. Alguns pensam já em dar o salto e renderem-se a um adversário que parece ter, ou tem mesmo, uma fábrica de dinheiro. Outros há que não se renderam a esse adversário mas que, pelo sim e pelo não, abandonam o barco.
E tudo isto acontece perante a passividade dos que, e são alguns, poderiam dar uma ajuda mas que parecem dispostos a colaborar com o lobo para derrotar o cão. Esquecem-se que. depois de comer o cão, o lobo os vai comer a eles.
Por aqui vivem-se momentos delicados. Apesar disso, pelo menos hoje alguns continuam no posto de combate. Hoje ainda estamos vivos. É que estar vivo não é só ter vida. É sobretudo não deixar morrer a dignidade.
Para quem vive com uma refeição de quando em vez, como a maioria do povo angolano, é tentadora a oferta de uma tonelada de comida. E se alguns temem morrer de congestão, ou admitem a hipótese de a comida estar fora da validade, outros há que já só pensam com a barriga.
Existem outros que conseguem (ainda conseguem) pôr o poder das ideias acima das ideias de poder. Estranham, é certo, que a ajuda tarde a chegar. Mas porque hoje ainda estão vivos, saltam o rio e despistam o inimigo. “Pode ser que alguém descubra que a liberdade não tem preço”, dizem num misto de esperança e utopia.
Não sei se alguém vai ajudar a manter a liberdade. A única coisa que sei é que hoje estamos vivos. E se amanhã assim continuarmos, cá estarei a dar disso testemunho. Nesta altura... a luta continua.
- Orlando Castro, Notícias Lusófonas
Orlando Castro é desde há muitos anos, um defensor inamovível da, da real não da ficcionada, democracia angolana.
Deu conta das tentativas de silenciar uma voz dissonante da batuta central de Luanda.
Tem blog, visitem!
É valente.
O MPLA, ou algumas pessoas a ele supostamente ligadas, e o Governo de Angola, ou pessoas a ele supostamente ligadas, entendem que tudo tem preço, que tudo se compra. Ou seja, que os fins justificam os meios, mesmo que para isso o povo morra à fome. E enquanto não for possível fazer os que pensam de maneira diferente chocar com uma bala, optam por abrir os cordões à bolsa e comprar tudo, ou quase. Até agora, pelo menos.
Por aqui vivem-se momentos delicados. Aperta-se o cerco. Os lutadores pela liberdade estão em sérias dificuldades. Alguns pensam já em dar o salto e renderem-se a um adversário que parece ter, ou tem mesmo, uma fábrica de dinheiro. Outros há que não se renderam a esse adversário mas que, pelo sim e pelo não, abandonam o barco.
E tudo isto acontece perante a passividade dos que, e são alguns, poderiam dar uma ajuda mas que parecem dispostos a colaborar com o lobo para derrotar o cão. Esquecem-se que. depois de comer o cão, o lobo os vai comer a eles.
Por aqui vivem-se momentos delicados. Apesar disso, pelo menos hoje alguns continuam no posto de combate. Hoje ainda estamos vivos. É que estar vivo não é só ter vida. É sobretudo não deixar morrer a dignidade.
Para quem vive com uma refeição de quando em vez, como a maioria do povo angolano, é tentadora a oferta de uma tonelada de comida. E se alguns temem morrer de congestão, ou admitem a hipótese de a comida estar fora da validade, outros há que já só pensam com a barriga.
Existem outros que conseguem (ainda conseguem) pôr o poder das ideias acima das ideias de poder. Estranham, é certo, que a ajuda tarde a chegar. Mas porque hoje ainda estão vivos, saltam o rio e despistam o inimigo. “Pode ser que alguém descubra que a liberdade não tem preço”, dizem num misto de esperança e utopia.
Não sei se alguém vai ajudar a manter a liberdade. A única coisa que sei é que hoje estamos vivos. E se amanhã assim continuarmos, cá estarei a dar disso testemunho. Nesta altura... a luta continua.
- Orlando Castro, Notícias Lusófonas
Orlando Castro é desde há muitos anos, um defensor inamovível da, da real não da ficcionada, democracia angolana.
Deu conta das tentativas de silenciar uma voz dissonante da batuta central de Luanda.
Tem blog, visitem!
É valente.
terça-feira, novembro 14, 2006
O Carmo e a Trindade
Um novo mega blog, sobre Lisboa.
Onde também dou o meu contributo.
Tem como elo de ligação entre os diferentes autores, o amor que cada qual sente por esta nossa maravilhosa cidade: Lisboa!
O Carmo e a Trindade
Texto de apresentação:
Este é um blogue plural onde o denominador comum dos seus Autores é a paixão por Lisboa, que cada um vive à sua maneira. Não é um blogue político.
Não é um blogue filosófico. Não é um blogue de divulgação. Não é um blogue de poesia ou de ficção. Tão pouco de realidade. Não é um blogue do poder nem da oposição. Não é um blogue de história. Não é um blogue de opinião. Mas ao mesmo tempo também é. Porque cada vez mais a política é demasiado importante para ser apenas entregue aos políticos.
O Carmo e a Trindade é isto tudo ao mesmo tempo e o mais que as desvairadas gentes que aqui autoram quiserem que seja e fizerem dele.
As opiniões aqui expostas vinculam apenas os próprios. A política editorial é simples. Liberdade nos comentários, com excepção aos insultos, que serão apagados. Num ponto todos estamos de acordo: Lis é Boa, mas podia ser ainda melhor. É isso que todos queremos. Sem medo.
Aqui cairá o Carmo e a Trindade, se for necessário. Mas a luz, o Tejo, o ar, as cores, as vielas e os horizontes também.
Carlos Medina Ribeiro
Catarina Portas
Eurico de Barros
Fernanda Câncio
Jacinto Lucas Pires
João Carvalho Fernandes
Jorge Ferreira
José Carlos Mendes
José Couto Nogueira
Margarida Pardal
Miguel Somsen
Paulo Ferrero
Pedro Policarpo
Onde também dou o meu contributo.
Tem como elo de ligação entre os diferentes autores, o amor que cada qual sente por esta nossa maravilhosa cidade: Lisboa!
O Carmo e a Trindade
Texto de apresentação:
Este é um blogue plural onde o denominador comum dos seus Autores é a paixão por Lisboa, que cada um vive à sua maneira. Não é um blogue político.
Não é um blogue filosófico. Não é um blogue de divulgação. Não é um blogue de poesia ou de ficção. Tão pouco de realidade. Não é um blogue do poder nem da oposição. Não é um blogue de história. Não é um blogue de opinião. Mas ao mesmo tempo também é. Porque cada vez mais a política é demasiado importante para ser apenas entregue aos políticos.
O Carmo e a Trindade é isto tudo ao mesmo tempo e o mais que as desvairadas gentes que aqui autoram quiserem que seja e fizerem dele.
As opiniões aqui expostas vinculam apenas os próprios. A política editorial é simples. Liberdade nos comentários, com excepção aos insultos, que serão apagados. Num ponto todos estamos de acordo: Lis é Boa, mas podia ser ainda melhor. É isso que todos queremos. Sem medo.
Aqui cairá o Carmo e a Trindade, se for necessário. Mas a luz, o Tejo, o ar, as cores, as vielas e os horizontes também.
Carlos Medina Ribeiro
Catarina Portas
Eurico de Barros
Fernanda Câncio
Jacinto Lucas Pires
João Carvalho Fernandes
Jorge Ferreira
José Carlos Mendes
José Couto Nogueira
Margarida Pardal
Miguel Somsen
Paulo Ferrero
Pedro Policarpo
Ele aí está de novo!
O enfant terrible do PPD-PSD regressou em carga!
"Cavaco, um protagonista muito importante em 2004"
Sozinho. "Sem ressentimentos" ou vontade de "ajustar contas". Apenas "orgulhoso" pelo dever cumprido de contar "os factos" sobre o que de "obscuro" aconteceu no final de 2004 e que conduziu à queda do seu Governo. "Alguns dos que tiveram um papel activo nesse momento desempenham cargos de altíssimo relevo em Portugal", afirmou Santana Lopes no lançamento do seu muito aguardado livro Percepções e Realidade.
No intimismo do Grémio Literário, em Lisboa, o ex-primeiro-ministro resistiu mal às investidas dos jornalistas, quando o questionaram sobre se Cavaco Silva, nos bastidores, foi a verdadeira pedra na engrenagem do seu malogrado Executivo. "Cavaco foi um protagonista muito importante nesse período", acabou por admitir. E pediu, várias vezes: "Leiam o livro, com a mesma serenidade com que o escrevi."
Santana, maestro de um meteórico Executivo de apenas quatro meses de vida, deixou sarar parte da "ferida" para falar do "golpe nas instituições" dado pelo então presidente da República, Jorge Sampaio, ao dissolver um Parlamento que reunia maioria PSD/CDS. "Prestou um péssimo serviço ao País." Na sua opinião, "essa ferida aberta em 2004 gerou um precedente que não se sabe quando poderá voltar a ser utilizado".
Na conferência de imprensa - convocada quase de surpresa durante a manhã, sem convidados especiais, amigos pessoais ou políticos -, aquele que também foi presidente de duas autarquias tentou afastar a ideia de que subscreve a teoria da "conspiração" ou uma postura de "vítima". Santana sabia que essas duas palavras espreitavam o lançamento da obra. No fundo acabou por caucionar as duas, sem as assumir. "O que se passou foi política. Uma convergência de interesses que levou a que fossem eleitas para cargos, alguns que eu até assumi, pessoas que me contestaram, no exercício das minhas funções."
Ali, perante tantos jornalistas, os interesses e os nomes ficaram por revelar. A conjugação de factores - eleições legislativas, autárquicas e presidenciais - permitiu chegar ao nome dos tais eleitos. José Sócrates, Carmona Rodrigues (que foi seu número dois na Câmara de Lisboa e que recebeu a bênção de Marques Mendes para se antecipar na corrida a Lisboa) e Cavaco Silva. É precisamente este último nome, a par do do comentador político Marcelo Rebelo de Sousa, um dos que Santana envolve na urdidura contra o seu Governo, nas 400 páginas escritas.
"Cometi vários erros e assumo- -os. Mas nenhum deles era motivo suficiente para dissolver o Parlamento." E até comparou a performance do Executivo que Durão Barroso lhe entregou em mãos com a de José Sócrates. "Os indicadores de 2004 eram os melhores de há cinco anos", garantiu.
Santana disse ter encerrado um "capítulo" da sua vida política com o livro, mas recusou-se a fazer projecções de futuro. "A vida é cheia de surpresas para todos", profetizou. Zita Seabra, directora editorial da Alethêia, é que não teve dúvidas: "Vai ser um best-seller!"
Sampaio aguarda História
O ex-PR não quis comentar, mas fonte do seu gabinete afirmou: "Se a História tem o direito de nos julgar, então o futuro merece-nos serenidade, factualidade e verdade. E a combinação destes cuidados não pode estar à mercê de improvisos."
- DN
"Cavaco, um protagonista muito importante em 2004"
Sozinho. "Sem ressentimentos" ou vontade de "ajustar contas". Apenas "orgulhoso" pelo dever cumprido de contar "os factos" sobre o que de "obscuro" aconteceu no final de 2004 e que conduziu à queda do seu Governo. "Alguns dos que tiveram um papel activo nesse momento desempenham cargos de altíssimo relevo em Portugal", afirmou Santana Lopes no lançamento do seu muito aguardado livro Percepções e Realidade.
No intimismo do Grémio Literário, em Lisboa, o ex-primeiro-ministro resistiu mal às investidas dos jornalistas, quando o questionaram sobre se Cavaco Silva, nos bastidores, foi a verdadeira pedra na engrenagem do seu malogrado Executivo. "Cavaco foi um protagonista muito importante nesse período", acabou por admitir. E pediu, várias vezes: "Leiam o livro, com a mesma serenidade com que o escrevi."
Santana, maestro de um meteórico Executivo de apenas quatro meses de vida, deixou sarar parte da "ferida" para falar do "golpe nas instituições" dado pelo então presidente da República, Jorge Sampaio, ao dissolver um Parlamento que reunia maioria PSD/CDS. "Prestou um péssimo serviço ao País." Na sua opinião, "essa ferida aberta em 2004 gerou um precedente que não se sabe quando poderá voltar a ser utilizado".
Na conferência de imprensa - convocada quase de surpresa durante a manhã, sem convidados especiais, amigos pessoais ou políticos -, aquele que também foi presidente de duas autarquias tentou afastar a ideia de que subscreve a teoria da "conspiração" ou uma postura de "vítima". Santana sabia que essas duas palavras espreitavam o lançamento da obra. No fundo acabou por caucionar as duas, sem as assumir. "O que se passou foi política. Uma convergência de interesses que levou a que fossem eleitas para cargos, alguns que eu até assumi, pessoas que me contestaram, no exercício das minhas funções."
Ali, perante tantos jornalistas, os interesses e os nomes ficaram por revelar. A conjugação de factores - eleições legislativas, autárquicas e presidenciais - permitiu chegar ao nome dos tais eleitos. José Sócrates, Carmona Rodrigues (que foi seu número dois na Câmara de Lisboa e que recebeu a bênção de Marques Mendes para se antecipar na corrida a Lisboa) e Cavaco Silva. É precisamente este último nome, a par do do comentador político Marcelo Rebelo de Sousa, um dos que Santana envolve na urdidura contra o seu Governo, nas 400 páginas escritas.
"Cometi vários erros e assumo- -os. Mas nenhum deles era motivo suficiente para dissolver o Parlamento." E até comparou a performance do Executivo que Durão Barroso lhe entregou em mãos com a de José Sócrates. "Os indicadores de 2004 eram os melhores de há cinco anos", garantiu.
Santana disse ter encerrado um "capítulo" da sua vida política com o livro, mas recusou-se a fazer projecções de futuro. "A vida é cheia de surpresas para todos", profetizou. Zita Seabra, directora editorial da Alethêia, é que não teve dúvidas: "Vai ser um best-seller!"
Sampaio aguarda História
O ex-PR não quis comentar, mas fonte do seu gabinete afirmou: "Se a História tem o direito de nos julgar, então o futuro merece-nos serenidade, factualidade e verdade. E a combinação destes cuidados não pode estar à mercê de improvisos."
- DN
sábado, novembro 11, 2006
Xeque ao líder
O primeiro-ministro de Portugal pode fazer de conta que não sabe da violação da lei do financiamento dos partidos políticos, da suspeita de parcialidade na escolha de uma consultora ligada ao ministro Mário Lino para dar um parecer sobre as SCUT’s e da acusação de manipulação na estação de televisão pública.
Até pode ignorar, enquanto a «Operação Furacão» continua no limbo das peritagens, as buscas policiais ao terceiro maior banco português (Banco Espírito Santo) em Espanha.
No limite, mas mesmo no limite, a poucos dias do início de mais um congresso do Partido Socialista, até pode evitar os jornalistas para não ter que comentar que um pequeno partido, como o PND, elegeu o combate à corrupção como a principal bandeira.
Confortado pela maioria absoluta na Assembleia da República, José Sócrates ainda pode exibir um grande sorriso durante a apresentação do Orçamento de Estado para 2007, mas a partir de quinta-feira o chefe do Executivo deverá ter razões para ficar preocupado.
Nos próximos dias 9 e 10 de Novembro, - e independentemente da habitual guerra de números entre sindicatos e o Executivo -, o primeiro-ministro vai ter de enfrentar uma greve geral, a primeira amostra da verdadeira dimensão da contestação.
Na semana em que a CGTP e a UGT avançam para um protesto conjunto de dois dias, os números favoráveis das sondagens e dos estudos de opinião passam para segundo plano. Tal e qual como os auto-elogios despudorados publicados nas revistas estrangeiras à custa dos cofres do Estado.
Por mais jantares, anúncios e acções de propaganda, à custa dos contribuintes, chegou a hora de Sócrates enfrentar o protesto popular.
O governo pode esgrimir a firmeza e a inabalável convicção de que o país está no bom caminho, mas começa a tardar a apresentação de resultados no dia-a-dia dos portugueses.
Felizmente, enquanto não é aprovada a nova lei da rolha para a Comunicação Social, o filme da semana vai passar pelas reportagens dos jornais, rádios e televisões, que ainda têm autor e liberdade para informar.
- Rui Costa Pinto, Crónicas Modernas, Visão
Até pode ignorar, enquanto a «Operação Furacão» continua no limbo das peritagens, as buscas policiais ao terceiro maior banco português (Banco Espírito Santo) em Espanha.
No limite, mas mesmo no limite, a poucos dias do início de mais um congresso do Partido Socialista, até pode evitar os jornalistas para não ter que comentar que um pequeno partido, como o PND, elegeu o combate à corrupção como a principal bandeira.
Confortado pela maioria absoluta na Assembleia da República, José Sócrates ainda pode exibir um grande sorriso durante a apresentação do Orçamento de Estado para 2007, mas a partir de quinta-feira o chefe do Executivo deverá ter razões para ficar preocupado.
Nos próximos dias 9 e 10 de Novembro, - e independentemente da habitual guerra de números entre sindicatos e o Executivo -, o primeiro-ministro vai ter de enfrentar uma greve geral, a primeira amostra da verdadeira dimensão da contestação.
Na semana em que a CGTP e a UGT avançam para um protesto conjunto de dois dias, os números favoráveis das sondagens e dos estudos de opinião passam para segundo plano. Tal e qual como os auto-elogios despudorados publicados nas revistas estrangeiras à custa dos cofres do Estado.
Por mais jantares, anúncios e acções de propaganda, à custa dos contribuintes, chegou a hora de Sócrates enfrentar o protesto popular.
O governo pode esgrimir a firmeza e a inabalável convicção de que o país está no bom caminho, mas começa a tardar a apresentação de resultados no dia-a-dia dos portugueses.
Felizmente, enquanto não é aprovada a nova lei da rolha para a Comunicação Social, o filme da semana vai passar pelas reportagens dos jornais, rádios e televisões, que ainda têm autor e liberdade para informar.
- Rui Costa Pinto, Crónicas Modernas, Visão
Darfur
PELO DEVER
de resistir e caminhar
pelos destroços da nossa utopia,
eis-nos aqui de novo, acocorados,
aqui onde o tempo pára
e as coisas mudam.
E PARA QUE O NOSSO SONHO RENASÇA
com a levitação do vento e do grão,
eis-nos aqui de novo,
passivos como os espelhos,
no tear da nossa existência.
ESTE SEMPRE SERÁ
O nosso amanhecer.
E a nossa perseverança
é como a da erva daninha
que lentamente desponta na pedra nua.
- Armando Artur, Divagações
sexta-feira, novembro 10, 2006
Das vírgulas
Não retiro uma vírgula, sequer, ao artigo anterior.
Ainda assistirei ao dia em que, quem hoje se sente incomodado e/ou ultrajado por tais apelidos, dirá do primeiro, bem pior.
Ainda assistirei ao dia em que, quem hoje se sente incomodado e/ou ultrajado por tais apelidos, dirá do primeiro, bem pior.
quinta-feira, novembro 09, 2006
Em comum?
O que é que estes dois imbecis têm em comum?
Para além do facto de serem o Presidente dos seus respectivos países - EUA e Irão, terem regozijado com a condenação à forca de Saddam Hussein.
É neste último facto que reside o paradoxo (embora o facto de serem presidentes ...).
O primeiro, porque é bronco demais para reconhecer que meteu mais água que as Cataratas do Niágara e ter pensado que tal declaração básica lhe traria dividendos nas eleições para o Congresso; o segundo, porque lhe dá um jeito imenso livrar-se do único indíviduo que lhe dava cabo do esquema do fundamentalismo metastásico.
Para além do facto de serem o Presidente dos seus respectivos países - EUA e Irão, terem regozijado com a condenação à forca de Saddam Hussein.
É neste último facto que reside o paradoxo (embora o facto de serem presidentes ...).
O primeiro, porque é bronco demais para reconhecer que meteu mais água que as Cataratas do Niágara e ter pensado que tal declaração básica lhe traria dividendos nas eleições para o Congresso; o segundo, porque lhe dá um jeito imenso livrar-se do único indíviduo que lhe dava cabo do esquema do fundamentalismo metastásico.
Johnny Perfect
Tal como as pessoas, os Estados não são perfeitos. Quem esperar o oposto, arrisca-se à desilusão.
Na berra estão os EUA, as recentes eleições para o Congresso, as reviravoltas de maioria partidária nas Câmaras, e a interligação com a invasão do Iraque e o desgaste que a mesma vai colhendo na sociedade americana.
Ninguém desconhece o grau de imbecilidade do presidente do EUA, nem tão pouco dos desaires e desatinos que foram sendo acumulados desde a sua eleição no primeiro mandato até à data, contudo, há que referir que, se os republicanos têm culpas no cartório, os democratas não têm menos.
No entanto surgem agora, que venceram, como salvadores da pátria, tentando reverter in extremis a posição dos EUA no Iraque e a sua eventual retirada imediata.
Trata-se de absoluta irresponsabilidade. Mais uma vez.
Tal implicaria o caos total e completo daquele país e da região.
Não bastava terem-se enganado no país a ser invadido, tinham agora que largar as populações inocentes e indefesas à voragem dos abutres.
Haja contenção e assumpção de responsabilidades.
Apenas uma palavrinha aos filo-coisos, esperava-se que fossem capazes de manter as distâncias perante as situações analisadas de forma distanciada, independentemente dos intervenientes, mas tal não foi nunca o caso.
Têm agora uma óptima oportunidade para rever a postura, e assumir que ninguém, independentemente de quem seja, é perfeito, e que as acções e omissões podem ser ou não correctas.
...
Na berra estão os EUA, as recentes eleições para o Congresso, as reviravoltas de maioria partidária nas Câmaras, e a interligação com a invasão do Iraque e o desgaste que a mesma vai colhendo na sociedade americana.
Ninguém desconhece o grau de imbecilidade do presidente do EUA, nem tão pouco dos desaires e desatinos que foram sendo acumulados desde a sua eleição no primeiro mandato até à data, contudo, há que referir que, se os republicanos têm culpas no cartório, os democratas não têm menos.
No entanto surgem agora, que venceram, como salvadores da pátria, tentando reverter in extremis a posição dos EUA no Iraque e a sua eventual retirada imediata.
Trata-se de absoluta irresponsabilidade. Mais uma vez.
Tal implicaria o caos total e completo daquele país e da região.
Não bastava terem-se enganado no país a ser invadido, tinham agora que largar as populações inocentes e indefesas à voragem dos abutres.
Haja contenção e assumpção de responsabilidades.
Apenas uma palavrinha aos filo-coisos, esperava-se que fossem capazes de manter as distâncias perante as situações analisadas de forma distanciada, independentemente dos intervenientes, mas tal não foi nunca o caso.
Têm agora uma óptima oportunidade para rever a postura, e assumir que ninguém, independentemente de quem seja, é perfeito, e que as acções e omissões podem ser ou não correctas.
...
quarta-feira, novembro 08, 2006
Donald Rumsfeld
The Situation
Things will not be necessarily continuous.
The fact that they are something other than perfectly continuous
Ought not to be characterized as a pause.
There will be some things that people will see.
There will be some things that people won't see.
And life goes on.
- D. Rumsfeld
O presidente do Governo federal dos EUA declarou antes das eleições para o Congresso, que tiraria as correspondentes ilações dos resultados, caso os mesmos fossem desfavoráveis ao partido republicano.
As ilações do mencionado foram:
Donald Rumsfeld, secretário-de-estado da defesa dos EUA foi demitiu-se (uma mistura entre: foi demitido, e demitiu-se - situação híbrida).
Sucede que Rumsfeld, por si, caso lhe tivesse sido permitido, já ter-se-ia demitido há muito.
Resultado, foi o bode expiatório.
Nem tudo o que reluz é ouro, nem tudo o que balança cai.
Os Reis da Cocada Preta
Descendente de uma longa linha de Reis da Cocada Preta, o presidente português deslocou-se ao Brasil precisamente no início da discussão do Orçamento Geral do Estado (OGE).
Como todos os portugueses sabem, o OGE é uma questão de somenos importância para a condução e gestão do País, e mais precisamente para o enquadramento económico e financeiro das pessoas singulares e colectivas.
Daí que, tratando-se de caso de somenos importância para os destinos: colectivo e individual dos cidadãos portugueses, o presidente se tenha ausentado exactamente neste momento.
Herdeiro emérito de uma longa linha de Reis da Cocada Preta, sempre interessados e intervenientes nos destinos do país aquém e além mar - além mar de preferência.
Como todos os portugueses sabem, o OGE é uma questão de somenos importância para a condução e gestão do País, e mais precisamente para o enquadramento económico e financeiro das pessoas singulares e colectivas.
Daí que, tratando-se de caso de somenos importância para os destinos: colectivo e individual dos cidadãos portugueses, o presidente se tenha ausentado exactamente neste momento.
Herdeiro emérito de uma longa linha de Reis da Cocada Preta, sempre interessados e intervenientes nos destinos do país aquém e além mar - além mar de preferência.
Oh santa, isso não será panca?!!
Mulher "à procura de Deus" fura segurança na base onde estão os 'F-16'
O insólito aconteceu e a porta de armas na Base Aérea de Monte Real, em Leiria, onde se encontra estacionada a esquadra portuguesa de aviões F-16 (os mais modernos que Portugal possui), "baixou a guarda" na noite do dia 18 do passado mês de Outubro e deixou passar uma mulher ao volante do seu automóvel particular sem qualquer identificação.
Uma falha grave de segurança que a Força Aérea Portuguesa admitiu ontem ao ser contactada pelo Diário de Notícias, tendo, posteriormente, num comunicado que emitiu ao fim da tarde, reagido ao sucedido. Nessa nota, a Força Aérea afirma que "está em curso o compe- tente processo de averiguações", que se destina "ao rigoroso esclarecimento do sucedido".
A "intrusa" terá estacionado o carro junto à torre de controlo da Base Aérea de Monte Real. Depois, passou para o banco de trás do seu carro, onde se deitou e dormiu durante umas horas... Sem que nada acontecesse.
A notícia fez ontem capa no jornal local Diário de Leiria. Na descrição dos factos, o jornal leiriense apresenta o caso como se a mulher tivesse passado pela porta de armas tal e qual como se esta fosse uma via aberta de qualquer local público, baseando o seu relato noticioso em fontes que reputa como seguras.
O que "eventualmente" se passou, ressalvou entretanto ontem a Força Aérea, ainda está por apurar. Mas a informação que corre nos meios das forças de segurança em Leiria contactados pelo DN é que o automóvel em causa, um Volkswagen Golf, terá sido confundido com o pertencente a algum militar da Base Aérea.
No entanto, o carro terá circulado, à vontade, em locais onde só é suposto que se consiga entrar sob vigilância e acompanhamento militares. O carro chegou mesmo até à área proibida, "frente à torre de controlo, na placa de estacionamento dos aviões", onde ficou estacionado.
A mulher, que as autoridades julgam sofrer de alguma "perturbação mental", terá dito que foi ali "à procura de Deus".
Ao ser descoberta a sua presença, a GNR foi de imediato chamada para proceder à identificação de um civil que se encontrava dentro de uma base militar.
A Guarda Nacional Republicana confirmou ontem ao DN que fez o auto de identificação e de seguida entregou a participação ao Ministério Público de Leiria, que agora tem o caso entre mãos.
- DN
O insólito aconteceu e a porta de armas na Base Aérea de Monte Real, em Leiria, onde se encontra estacionada a esquadra portuguesa de aviões F-16 (os mais modernos que Portugal possui), "baixou a guarda" na noite do dia 18 do passado mês de Outubro e deixou passar uma mulher ao volante do seu automóvel particular sem qualquer identificação.
Uma falha grave de segurança que a Força Aérea Portuguesa admitiu ontem ao ser contactada pelo Diário de Notícias, tendo, posteriormente, num comunicado que emitiu ao fim da tarde, reagido ao sucedido. Nessa nota, a Força Aérea afirma que "está em curso o compe- tente processo de averiguações", que se destina "ao rigoroso esclarecimento do sucedido".
A "intrusa" terá estacionado o carro junto à torre de controlo da Base Aérea de Monte Real. Depois, passou para o banco de trás do seu carro, onde se deitou e dormiu durante umas horas... Sem que nada acontecesse.
A notícia fez ontem capa no jornal local Diário de Leiria. Na descrição dos factos, o jornal leiriense apresenta o caso como se a mulher tivesse passado pela porta de armas tal e qual como se esta fosse uma via aberta de qualquer local público, baseando o seu relato noticioso em fontes que reputa como seguras.
O que "eventualmente" se passou, ressalvou entretanto ontem a Força Aérea, ainda está por apurar. Mas a informação que corre nos meios das forças de segurança em Leiria contactados pelo DN é que o automóvel em causa, um Volkswagen Golf, terá sido confundido com o pertencente a algum militar da Base Aérea.
No entanto, o carro terá circulado, à vontade, em locais onde só é suposto que se consiga entrar sob vigilância e acompanhamento militares. O carro chegou mesmo até à área proibida, "frente à torre de controlo, na placa de estacionamento dos aviões", onde ficou estacionado.
A mulher, que as autoridades julgam sofrer de alguma "perturbação mental", terá dito que foi ali "à procura de Deus".
Ao ser descoberta a sua presença, a GNR foi de imediato chamada para proceder à identificação de um civil que se encontrava dentro de uma base militar.
A Guarda Nacional Republicana confirmou ontem ao DN que fez o auto de identificação e de seguida entregou a participação ao Ministério Público de Leiria, que agora tem o caso entre mãos.
- DN
segunda-feira, novembro 06, 2006
Esgana
Há para aí uns doutores, de estupidez tamanha, que nem os cães se chegam!
Têm medo que a doença se pegue.
domingo, novembro 05, 2006
A deeper pain in ...
Portugal na Fortune
Revista americana coloca Cavaco como mero observador das grandes reformas de Sócrates
Uma publi-reportagem paga por Portugal e publicada na revista norte-americana Fortune descreve Cavaco Silva como um observador silencioso das grandes reformas de Sócrates.
O anúncio, disfarçado de artigo, recolhe opiniões do ministro da Economia e do presidente do ICEP - Instituto das Empresas para os Mercados Externos, e exibe uma foto do primeiro-ministro no papel de homem do leme.
Uma fonte do gabinete do primeiro-ministro assegurou à SIC que São Bento não se revê nesse conteúdo.
O tema fez manchete este sábado no semanário Sol.
(...)
- SIC
- Sol
Miserabilismo da governança.
Revista americana coloca Cavaco como mero observador das grandes reformas de Sócrates
Uma publi-reportagem paga por Portugal e publicada na revista norte-americana Fortune descreve Cavaco Silva como um observador silencioso das grandes reformas de Sócrates.
O anúncio, disfarçado de artigo, recolhe opiniões do ministro da Economia e do presidente do ICEP - Instituto das Empresas para os Mercados Externos, e exibe uma foto do primeiro-ministro no papel de homem do leme.
Uma fonte do gabinete do primeiro-ministro assegurou à SIC que São Bento não se revê nesse conteúdo.
O tema fez manchete este sábado no semanário Sol.
(...)
- SIC
- Sol
Miserabilismo da governança.
quinta-feira, novembro 02, 2006
Higiénica Centrifuga - são
Já nem o nome lhes vale!
Ainda assim, a rapaziada do princípe real é bem pior!
As entidades financeiras, comerciais ou de outra índole, têm obrigação, e fazem, pelo menos em relação a alguns clientes (o chamado peixe pequeno), fiscalização à proveniência/origem do dinheiro; já em relação ao peixe graúdo ou amigalhada do aljube, outro galo canta.
Cá se fazem, cá se pagam.
Ainda assim, a rapaziada do princípe real é bem pior!
As entidades financeiras, comerciais ou de outra índole, têm obrigação, e fazem, pelo menos em relação a alguns clientes (o chamado peixe pequeno), fiscalização à proveniência/origem do dinheiro; já em relação ao peixe graúdo ou amigalhada do aljube, outro galo canta.
Cá se fazem, cá se pagam.