É valente.
Hoje ainda estamos vivos
O MPLA, ou algumas pessoas a ele supostamente ligadas, e o Governo de Angola, ou pessoas a ele supostamente ligadas, entendem que tudo tem preço, que tudo se compra. Ou seja, que os fins justificam os meios, mesmo que para isso o povo morra à fome. E enquanto não for possível fazer os que pensam de maneira diferente chocar com uma bala, optam por abrir os cordões à bolsa e comprar tudo, ou quase. Até agora, pelo menos.
Por aqui vivem-se momentos delicados. Aperta-se o cerco. Os lutadores pela liberdade estão em sérias dificuldades. Alguns pensam já em dar o salto e renderem-se a um adversário que parece ter, ou tem mesmo, uma fábrica de dinheiro. Outros há que não se renderam a esse adversário mas que, pelo sim e pelo não, abandonam o barco.
E tudo isto acontece perante a passividade dos que, e são alguns, poderiam dar uma ajuda mas que parecem dispostos a colaborar com o lobo para derrotar o cão. Esquecem-se que. depois de comer o cão, o lobo os vai comer a eles.
Por aqui vivem-se momentos delicados. Apesar disso, pelo menos hoje alguns continuam no posto de combate. Hoje ainda estamos vivos. É que estar vivo não é só ter vida. É sobretudo não deixar morrer a dignidade.
Para quem vive com uma refeição de quando em vez, como a maioria do povo angolano, é tentadora a oferta de uma tonelada de comida. E se alguns temem morrer de congestão, ou admitem a hipótese de a comida estar fora da validade, outros há que já só pensam com a barriga.
Existem outros que conseguem (ainda conseguem) pôr o poder das ideias acima das ideias de poder. Estranham, é certo, que a ajuda tarde a chegar. Mas porque hoje ainda estão vivos, saltam o rio e despistam o inimigo. “Pode ser que alguém descubra que a liberdade não tem preço”, dizem num misto de esperança e utopia.
Não sei se alguém vai ajudar a manter a liberdade. A única coisa que sei é que hoje estamos vivos. E se amanhã assim continuarmos, cá estarei a dar disso testemunho. Nesta altura... a luta continua.
- Orlando Castro, Notícias Lusófonas
Orlando Castro é desde há muitos anos, um defensor inamovível da, da real não da ficcionada, democracia angolana.
Deu conta das tentativas de silenciar uma voz dissonante da batuta central de Luanda.
Tem blog, visitem!
É valente.
O MPLA, ou algumas pessoas a ele supostamente ligadas, e o Governo de Angola, ou pessoas a ele supostamente ligadas, entendem que tudo tem preço, que tudo se compra. Ou seja, que os fins justificam os meios, mesmo que para isso o povo morra à fome. E enquanto não for possível fazer os que pensam de maneira diferente chocar com uma bala, optam por abrir os cordões à bolsa e comprar tudo, ou quase. Até agora, pelo menos.
Por aqui vivem-se momentos delicados. Aperta-se o cerco. Os lutadores pela liberdade estão em sérias dificuldades. Alguns pensam já em dar o salto e renderem-se a um adversário que parece ter, ou tem mesmo, uma fábrica de dinheiro. Outros há que não se renderam a esse adversário mas que, pelo sim e pelo não, abandonam o barco.
E tudo isto acontece perante a passividade dos que, e são alguns, poderiam dar uma ajuda mas que parecem dispostos a colaborar com o lobo para derrotar o cão. Esquecem-se que. depois de comer o cão, o lobo os vai comer a eles.
Por aqui vivem-se momentos delicados. Apesar disso, pelo menos hoje alguns continuam no posto de combate. Hoje ainda estamos vivos. É que estar vivo não é só ter vida. É sobretudo não deixar morrer a dignidade.
Para quem vive com uma refeição de quando em vez, como a maioria do povo angolano, é tentadora a oferta de uma tonelada de comida. E se alguns temem morrer de congestão, ou admitem a hipótese de a comida estar fora da validade, outros há que já só pensam com a barriga.
Existem outros que conseguem (ainda conseguem) pôr o poder das ideias acima das ideias de poder. Estranham, é certo, que a ajuda tarde a chegar. Mas porque hoje ainda estão vivos, saltam o rio e despistam o inimigo. “Pode ser que alguém descubra que a liberdade não tem preço”, dizem num misto de esperança e utopia.
Não sei se alguém vai ajudar a manter a liberdade. A única coisa que sei é que hoje estamos vivos. E se amanhã assim continuarmos, cá estarei a dar disso testemunho. Nesta altura... a luta continua.
- Orlando Castro, Notícias Lusófonas
Orlando Castro é desde há muitos anos, um defensor inamovível da, da real não da ficcionada, democracia angolana.
Deu conta das tentativas de silenciar uma voz dissonante da batuta central de Luanda.
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É valente.