quarta-feira, maio 30, 2007

Straight to the point


(...)

Um Estado liberal é, portanto, coisa que não existe. Pensar o contrário é uma ingenuidade. De facto, o Estado só se contém na sua expansão natural de poder e soberania, se tiver uma forte resistência que o obrigue a isso, oposta por parte dos destinatários da sua generosidade governativa. Isto é, dos governados e nunca (ou muito, muito raramente) dos governantes. Por essa razão, tenho vindo a escrever que só uma sociedade de homens livres pode conhecer um Estado limitado, e que se eles não existirem não será o Estado a criá-los.

(...)

- Rui A., Portugal Contemporrâneo

Por pouco não mataram José Eduardo dos Santos

Alguns dirigentes do Congresso Nacional Africano (ANC) a urdirem o "complot" contra o chefe de Estado angolano

Eduardo dos Santos escapou a um assassinato. Foi por uma unha negra. O pior não aconteceu por que os serviços de contra-inteligência angolanos abortaram o plano a tempo e horas.

A conspiração nasceu em Pretória (África do Sul) passou por Paris (França) e, se tudo tivesse corrido a preceito, terminaria em Luanda, na Marginal, no dia do carnaval. O apoio que a Cidade Alta pretendia dar a Jacob Zuma para substituição de Thabo Mbeki à testa do Estado sul-africano nas próximas eleições terá sido o motivo que levou alguns dirigentes do Congresso Nacional Africano (ANC) a urdirem o "complot" contra o chefe de Estado angolano.


O plano contaria com o apoio do antigo director-geral do Serviço de Inteligência Externa (SIE), Fernando Miala. O assunto já não é assunto - passe o pleonasmo - nos meios políticos sul-africanos aonde circula o relatório de dezassete páginas classificado como sendo «top-secret» que conta a estória tim-tim-por-tim-tim

O chefe de Estado angolano, José Eduardo dos Santos, foi alvo de um plano de assassinato concebido em Fevereiro de 2006 por Tokyo Sexwale, um proeminente dirigente do Congresso Nacional Africano (ANC). A revelação foi feita ontem, terça-feira, 30, na última edição do jornal electrónico moçambicano «Canal de Moçambique», que dá à estampa cópia de um relatório de dezassete páginas que se supõe ter sido vazado no último fim de semana para a praça pública por uma ala do ANC próxima a Thabo Mbeki, presidente sul-africano.

O documento refere que o plano de Tokyo Sexwal contaria com o apoio do antigo director-geral dos Serviços de Inteligência Externa (SIE) e ex – secretário do Conselho Superior de Segurança Nacional (CSSN). O apoio de Fernando Garcia Miala ao plano, segundo o documento, que tem o carimbo «Top-Secret», consistiria apenas em aconselhar o presidente angolano a assistir, em Fevereiro do ano passado, os festejos do carnaval na Marginal de Luanda.

Para levar José Eduardo dos Santos à Marginal, Miala, de acordo com o referido relatório, usaria o argumento de que era necessário promover a imagem política do presidente da República a nível interno. Nesta altura, os autores materias do plano, que estariam infiltrados no seio do povo, entrariam em cena.

O presidente angolano, recorde-se, exonerou Fernando Garcia Miala do cargo de director-geral do Serviço de Inteligência Externa (SIE) e do Conselho de Superior de Segurança Nacional (CSSN) dia 24 de Fevereiro de 2006. Dois depois da exoneração do então «homem-forte» da segurança do Estado, José Eduardo dos Santos ordenou uma rigorosa sindicância ao SIE com vista a apurar a veracidade das informações postas a circular na altura segundo as quais Miala estaria na eminência de "tomar medidas activas", o que, no dizer dos entendidos, em linguagem de inteligência significava Golpe de Estado.

A demissão de Fernando Miala foi secundada, dia 1 de Abril de 2006, pela de Mariana Lisboa Filipe, do cargo de Chefe do Serviço de Informações e de Feliciano Domingos Tânio da Silva, do cargo de Chefe Adjunto do Serviço de Informações. José Eduardo dos Santos nomeou, no mesmo dia, o Comissário Sebastião José António Martins, para o cargo de Chefe do Serviço de Informações, o Comissário Filomeno Barber Leiro Octávio, para o cargo de Chefe Adjunto de Serviço de Informações; André de Oliveira João Sango, para o cargo de Director Geral do Serviço de Inteligência Externa e o Brigadeiro Gilberto da Piedade Veríssimo, para o cargo de Director Geral Adjunto do Serviço de Inteligência Externa.

- Notícias Lusófonas, Jorge Eurico

terça-feira, maio 29, 2007

Lino, O Governante

Voltemos a Lino.



Apresentam-no como camelo; uma imagem que fica muito aquém da realidade.
Pedem desculpas por tal reprodução, imagéticamente assistida - não tiveram intenção de ofender!!!
É pena, eu tenho toda a intenção de ofender. Assumo. Não tenho palavras para descrever como fica muito longe do pretendido, mas enfim, não se consegue obter tudo na vida ...

Mário Lino, ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, teve, uma vez mais, o desplante, a desfaçatez, de zurzir, de apoucar o Povo português.

Disse o trolha, que a margem sul era um deserto, no qual não existiam hospitais, escolas, etc, etc - ora, tudo infraestruturas públicas, que o trolha Lino tutela.
Pois, não há, não há palavras suficientes para maldizer, ofender e apoucar um governante tão inapto, incapaz e ofensivo da res publica, e do exercício das funções para as quais foi empossado, e que tutela directamente.

Faça um favor a si mesmo, e mais ainda ao Povo português: DEMITA-SE.
E vá tratar da lavoura da Ota, que essa sim, parece ser a sua especialidade.

Perdendo a pouco e pouco a consciencia da sua tradição historica, Portugal, politicamente, não tem hoje papel na civilisação. Está desempregado. Figura no congresso das nações europeias como um paiz sem modo de vida. Perante o progresso não tem profissão. A missão que elle desempenhou na Renascença pela obra magnifica dos seus sabios, dos seus navegadores, dos seus commerciantes e dos seus artistas, as excellenles condições da sua situação geographica e a paz interior de que tem gosado emquanto a Hispanha se dilacera a si mesma nas eternas lutas intermitentes de desaggregação e de unificação das suas provincias, davam a Portugal o direito e o dever de assumir n'este seculo a preponderancia hegemonica dos estados peninsulares, a direcção espiritual da civilisação iberica. Em vez d'isso Portugal descansa desde o seculo XVI sobre os monumentos immortaes da sua passada energia e acha-se no movimento moderno da raça latina como uma nacionalidade com licença illimitada para tomar ares. Os seus filhos mais intelligenles e mais fortes, uns perseguidos, outros despresados, abandonaram-o aos reis, aos estadistas, aos padres, aos persevejos, ás moscas, e foram uns para os Paizes Baixos fundar e enriquecer a Hollanda e botar á luz Spinosa; outros foram para a America Austral fundar, agricultar e enriquecer o Brazil. O resto é o que ahi está ha dusentos annos sentado ao sol n'uma ponta de banco do mappa-mundi, a cabecear, a coçar os joelhos e a ouvir ranger o calabre á nora da coisa publica, puxada pelo governo, velho boi, d'olhos tapados, afeito ao cerco peguinhado do poço sem bica, tornando a deitar para baixo a agua que traz para cima, e não sabendo o proprio governo, nem sabendo ninguem por que ninguem se importa com isso, se é já o pau da nora que empurra de traz o animal ou se é ainda o animal que tira para deante o pau da nora.

Os differentes partidos que ha muitos annos se succedcm no exercicio do poder teem por chefes dois ou tres individuos, cujas personalidades, absolutamente destituidas de ideias correlativas ou concomitantes, representam as duas ou trez phases por que successivamente vae passando e repassando em circulo sobre o mesmo carreiro a rotação governativa.

Os personagens alludidos teem as intenções mais puras e mais honestas d'este mundo. Ter outras, deshonestas e impuras, dar-lhes-hia massada, e para ahi é que elles não vão.


- Ramalho Ortigão, As Farpas

domingo, maio 27, 2007

O trolha Lino


Um ministro que é uma mistura entre um trolha e um GNR do tempo da outra senhora.

Se o desbocanço rende-se, este seria sem dúvida dos portugueses mais ricos, mas, tendo em conta que se trata de um ministro, que tem por função a gestão da coisa pública, é da maior ignominía aquilo que lhe saiu boca fora.

São poucas as ofensas que lhe possam ser feitas, apenas e tão somente seriam minimizadas com o olho da rua.

DEMISSÃO JÁ.

Festa da rija

Em princípio, se não antes, 4ª feira este blog terá festa da rija.

ESTOU FARTA DE PALHAÇOS.

sábado, maio 26, 2007

Foi ontem ...



Dia de África
- Continente admirado e temido


Hoje (ontem), dia 25 de Maio, é celebrado o Dia de África, 44 anos após 32 chefes de Estado africanos, em Adis-Abeba, Etiópia, terem assinado a Carta da Unidade Africana e criado a Organização da Unidade Africana que teve um percurso tão atribulado como o continente Negro acabando por se reciclar em 2002 na actual União Africana. Continente admirado e temido a África continua à cabeça da lista de muitos paradoxos.

Admirado e temido, fonte de inspiração de muitas paixões e ambições a África ainda faz medo ao Ocidente que lhe cola um conjunto de clichés alimentados por uma dura realidade.

Pobre, instável, corrupto e violento foram os quatro primeiros adjectivos que definiam África num estudo elaborado na Europa em 2003, um triste quarteto que permanece em 2007.

Para o mundo África tornou-se sinónimo de conflitos, territoriais e civis, onde o nome de muitos países é imediatamente associado à guerra: Chade, Sudão, Etiópia, Eritreia, Uganda, Somália, Congo, Costa do Marfim, mas também República Democrática do Congo, Marrocos e o conflito e o Sara Ocidental, Senegal com a Casamança, Guiné-Conacry, República Centro Africana, Angola em Cabinda, Zimbabué e o racismo anti-branco.

Com base na defesa da estabilidade do país vários chefes de Estado africanos criaram engrenagens de inspiração democrática que sustentam o seu próprio poder provocando assim no continente uma concentração de ditadores ímpar no mundo, frequentemente legitimados através de simulacros de eleições reconhecidos pela maior parte dos estados democráticos que vêem nessas ditaduras uma estabilidade garantida aos seus investimentos.

Com os índices dramáticos da incidência da SIDA e as razias do paludismo/malária (que provoca uma perda anual do PIB africano de 12 mil milhões de dólares) que atingem as maiores percentagens do planeta, agravado pela falta de organismos instituições próprias que desenvolvam reais programas de investigação destas doenças evitando a dependência total que África tem dos resultados laboratoriais do Ocidente. «Se o paludismo atingisse a Europa, certamente que uma vacina já tinha sido descoberta» lamentou um médico de Matadi, Republica Democrática do Congo.

Mas o afro-optimismo permanece como uma das grandes virtudes africanas. «Gostamos muito de ser orgulhosos daquilo que não temos» escrevia um jornalista da Guiné-Bissau. Uma frase que reflecte também a aspiração e o querer de avançar de uma população independentemente da falta de credibilidade que deposita nas suas instituições publicas e nos seus políticos.

A África está em mudança, e numa progressão vertiginosa que os seus próprios dirigentes já não controlam, daí que tem atraído uma imensa vaga de emigrantes ocidentais, e multinacionais, que apostam no novo Eldorado Negro. Não é por acaso que o continente é considerado como o espaço mais rico do globo assente nas suas riquezas naturais que cada vez mais ganham terreno no espaço económico mundial mas paradoxalmente mendiga o perdão das suas dívidas externas.

No entanto África permanece um eterno desconhecido para a Europa que prefere polvilhar o continente de centenas ONG’s e promover um humanitarismo jet-set tão criticado pelos africanos já fartos de palavras de compaixão.

- Rui Neumann, Ibinda

Parabéns!

Ao Bichos Carpinteiros

Pelos 2 anos de publicações

Em particular a José Medeiros Ferreira, a quem aprendi a apreciar.
Parabéns!



Vais perguntar outra vez porque existes?
Para quê? Para ficares com os olhos
[do tamanho de ilhas tristes?]
Pois não sabes que já milhões como tu e como eu
pediram em vão às aves
que procurassem nas nuvens naquela Porta
de que nem a Morte tem as chaves?

E quem a abriu? Quem sabe que Porta é?
(Rapaz! Mais um café!)


- José Gomes Ferreira, Café XII - De repente, o café tornou-se cósmico

quinta-feira, maio 24, 2007

Afinal não é só por cá ...!

Corrupção prejudica sistemas judiciais em todo o mundo

A corrupção prejudica os sistemas judiciais em todo o mundo e nega aos cidadãos o direito básico a um julgamento justo e imparcial, acusou hoje a Organização Não Governamental (ONG) Transparência Internacional (TI), no «Relatório Mundial sobre Corrupção 2007».

No documento, apresentado hoje em Londres, a ONG sublinha que «um sistema judicial corrupto destrói a capacidade da comunidade internacional para processar o crime transnacional».


O documento analisa diversos casos ocorridos durante o último ano em 32 países, entre os quais 10 latino-americanos.

Os autores do estudo classificam a corrupção judicial em duas categorias: interferência política no processo judicial por parte dos poderes legislativo ou executivo, e suborno.

«Em mais de 25 países, pelo menos uma em cada 10 famílias teve que pagar suborno para ter acesso à justiça», refere o relatório, salientando que o problema é registrado sobretudo em países como o México, Perú, Venezuela, Marrocos, Albânia, Grécia e Taiwan.

«O suborno em pequena escala e a influência política na Justiça deterioram a coesão social», uma vez que «instituir um sistema para ricos e outro para pobres divide as comunidades», lê-se no texto.

«África é uma das regiões onde a percepção da corrupção na Justiça é mais sombria», disse o advogado camaronês Akere Muna, acrescentando que, com excepção da África do Sul, a maioria das pessoas entrevistadas em África pela TI considera que o sistema legal é corrupto e que há boas razões para tal: «em África, uma em cada cinco pessoas que já teve que lidar com a Justiça pagou suborno», disse.

A TI salienta ainda assinala que «a pressão para julgar em favor de interesses políticos continua forte» e que «a deterioração de padrões internacionais se evidencia em países como a Argentina e a Rússia, onde os poderes políticos aumentaram a influência sobre o processo judicial nos anos recentes».

O estudo também adverte que a represália política para os juízes que resistem a serem corrompidos pode ser «rápida e severa», citando como exemplo a Argélia, onde os magistrados «muito independentes» são transferidos para localidades remotas.

Além disso, os juízes «problemáticos» podem ser designados para outras jurisdições ou afastados de casos delicados que são transferidos para outros mais complacentes, de acordo com o relatório. «Esta táctica foi usada pelo ex-presidente peruano Alberto Fujimori», acusa a ONG, que tem sede em Berlim.

Acrescenta que «a interferência de políticos ou autoridades também pode servir de fachada legal para ocultar o desfalque, nepotismo, compadrio e decisões políticas ilegítimas».

Essa interferência é constatada em medidas tão «flagrantes» como a ameaça física e a intimidação, ou em iniciativas mais «subtis» como a manipulação das nomeações e salários, sublinha, explicando que os subornos se destinam a adiar ou acelerar casos, aceitar ou rejeitar recursos, influenciar outros juízes ou, simplesmente, para que os juízes decidam um caso de um determinado modo.

Para fortalecer a independência judicial e combater a corrupção, o relatório aconselha, por exemplo, que as nomeações e destituições de juízes sejam transparentes e independentes do poder executivo ou legislativo e que se baseiem na experiência e no mérito.

O texto, de 370 páginas, salienta que a corrupção «inibe o acesso à justiça e o ressarcimento por violação de direitos humanos», «mina o crescimento económico danificando a confiança da comunidade de investidores e dificulta as iniciativas para reduzir a pobreza».

«O tratamento equitativo perante a lei é um pilar das sociedades democráticas», afirmou a presidente da TI, Huguette Labelle, na apresentação do relatório, acrescentando que «quando os tribunais cedem perante a corrupção por avareza ou conveniência política, a balança da justiça inclina-se e o cidadão comum vê-se prejudicado».

- Diário Digital

quarta-feira, maio 23, 2007

Golden Brown

terça-feira, maio 22, 2007

São ...

Carmona anuncia amanhã se avança com candidatura

... os loucos de Lisboa
Que nos fazem recordar
A Terra gira ao contrário
E os rios correm para o mar

Parava no café quando eu lá estava
Na voz tinha o talento dos pedintes
Entre um cigarro e outro lá cravava
a bica, ao melhor dos seus ouvintes

As mãos e o olhar da mesma cor
Cinzenta como a roupa que trazia
Num gesto que podia ser de amor
Sorria, e ao sorrir agradecia

[Refrão]
São os loucos de Lisboa
Que nos fazem recordar
A Terra gira ao contrário
E os rios correm para o mar

Um dia numa sala do quarteto
Passou um filme lá do hospital
Onde o esquecido filmado no gueto
Entrava como artista principal

Compramos a entrada p'ra sessão
P'ra ver tal personagem no écran
O rosto maltratado era a razão
De ele não aparecer pela manhã

[refrão]

Mudamos muita vez de calendário
Como o café mudou de freguesia
Deixamos de tributo a quem lá pára
Um louco a fazer-lhe companhia

E sempre a mesma posse o mesmo olhar
De quem não mede os dias que vagueam
Sentado lá continua a cravar
Beijinhos às meninas que passeiam.

[refrão]


- Ala dos Namorados, Os loucos de Lisboa

Isto é que vai uma crise!



É sempre bom lembrar
Que um copo vazio
Está cheio de ar

É sempre bom lembrar
Que o ar sombrio de um rosto
Está cheio de um ar vazio
Vazio daquilo que no ar do copo
Ocupa um lugar

É sempre bom lembrar
Guardar de cor
Que o ar vazio de um rosto sombrio
Está cheio de dor

É sempre bom lembrar
Que um copo vazio
Está cheio de ar

Que o ar no copo ocupa o lugar do vinho
Que o vinho busca ocupar o lugar da dor
Que a dor ocupa a metade da verdade
A verdadeira natureza interior
Uma metade cheia, uma metade vazia
Uma metade tristeza, uma metade alegria
A magia da verdade inteira, todo poderoso amor
A magia da verdade inteira, todo poderoso amor

É sempre bom lembrar
Que um copo vazio
Está cheio de ar


- Gilberto Gil, Copo vazio

quarta-feira, maio 16, 2007

Doce pensamento

Não há noite tão longa, que não veja o dia.

- Cardeal de Retz

A um dia muito especial

E apesar de tudo,
ainda sou a mesma!
Livre esguia,
filha eterna de quanta rebeldia
me sagrou.
Mãe-África!
Mãe forte da floresta e do deserto,
ainda sou,
a Irmã-Mulher
de tudo o que em ti vibra
puro e incerto...

A dos coqueiros,
de cabeleiras verdes
e corpos arrojados
sobre o azul...
A do dendém
nascendo dos abraços das palmeiras...

A do sol bom, mordendo
o chão das Ingombotas...
A das acácias rubras,
salpicando de sangue as avenidas,
longas e floridas...

Sim!, ainda sou a mesma.

(...)

E eu revendo ainda, e sempre, nela,
aquela
longa história inconsequente...

Minha terra...
Minha, eternamente...

Terra das acácias, dos dongos,
dos colios baloiçando, mansamente...
Terra!
Ainda sou a mesma.
Ainda sou a que num canto novo
pura e livre,
me levanto,
ao aceno do teu povo!


- Alda Lara, Presença Africana

No fundo, no fundo ... sou feliz.

terça-feira, maio 15, 2007

Lello!!

Ana Gomes deu ao Lello, aquilo que nem eu era capaz de dar, tanto!!



O Jogo do Bicho

O país está finalmente a concluir que José Lello, esse pilar da nossa engenharia (hidráulica, electrotécnica, mecânica?), da política socialista, da nossa administração pública e privada e da política externa, das comunidades portuguesas e da culturalidade desportiva, aquém e além-mar, está ainda manifestamente sub-aproveitado. Apesar de já muito ajoujado como gestor e administrador de empresas, dirigente desportivo, deputado, administrador da AR, Presidente da Assembleia Parlamentar da NATO e, ainda, responsável pelo Departamento de Relações Internacionais do PS. Pelo menos.

A verdade é que José Lello se aplicou ao longo dos anos, na aparelhagem socialista e do Estado, a desenvolver múltiplos talentos empilhadores que «in illo tempore» o terão feito (dizem-me) vendedor na «Catterpillar»: evidencia hoje total descontracção no accionamento em simultâneo de várias "expertises" - da promoção de qualquer banha-da-cobra, à penetração do submundo futebolistico, passando pela gestão contabilistica criativa de campanhas eleitorais «off-shores». E ainda demonstra apurado faro no “head hunting” de representantes socialistas e consulares devidamente encartados no Jogo do Bicho ou engenharias similares.

- Ana Gomes

Via: Tomar Partido

Pode dizer-se que, AG pagou com a mesma moeda os mimos que o Lello lhe conferiu!
É de Mulher.

segunda-feira, maio 14, 2007

O que dizer?

Faltam-me as palavras.

Pura e simplesmente, esmagada.



Doutras eras

Quixote

Vaguearei sempre, ostracizado, entre desertos e ilhas,
na mais desolada, erma e estéril peregrinação?
Ou nada mais serei que o cego escravo desse cão
chamado Destino e perito em abismos e armadilhas?...

Pior que o Judeu Errante, num suplício cruel, alucinante
diante do qual o próprio Sísifo treme e pasma,
Vou, espectro danado, ao leme dum navio fantasma
que é a minha vida fadada de Quixote ambulante.

Será meu o fado, minha a culpa desta acerba punição?
Que tremendo horror, que abominável pecado
terei eu perpretado, nesta ou noutra encarnação?...

Porque o único crime que se me afigura ajustado
e sem hipótese de absolvição, foi o ter-te loucamente amado,
mulher, mais do que permitia o mundo e autorizava a razão!


- Dragão

Senhor D'Aragão, muito grata

O mémé ...

Pois é! A xô dona Zazie lembrou-se de espetar-me com o mémé no colo!!
Oh Zazie, eu, de "passa à frente", não sou adepta!

Então é assim:

Sras. e Srs., o Meme.

Ocorrem-me milhões de possibilidades, mas coloco assim:



PEOPLE MAY NOT REMEMBER EXACTLY WHAT YOU DID, OR WHAT YOU SAID
BUT THEY WILL ALWAYS REMEMBER HOW YOU MADE THEM FEEL.

Meia laranja, ...

... perdão, meia campanha!!


N'O Carmo e a Trindade

domingo, maio 13, 2007

À Queima Roupa

Que dizer de um Ser Mitológico magnífico na escrita?



Que é isso mesmo: Magnífico na escrita.

A melhor escrita da blogosfera.
Criativo, original e único.

Ah, e um Cavalheiro.
(Seres em vias de extinção, tal como a criatura mitológica que representa.).

SANTO E SENHA

Deixem passar quem vai na sua estrada.
Deixem passar
Quem vai cheio de noite e de luar.
Deixem passar e não lhe digam nada.

Deixem, que vai apenas
Beber água de Sonho a qualquer fonte;
Ou colher açucenas
A um jardim que ele lá sabe, ali defronte.

Vem da terra de todos, onde mora
E onde volta depois de amanhecer.
Deixem-no pois passar, agora

Que vai cheio de noite e solidão.
Que vai ser
Uma estrela no chão.


- Miguel Torga

sexta-feira, maio 11, 2007

Uma questão recorrente ...

... a tirania da maioria, desta feita no Iraque.


- No Parlamento iraquiano os esforços para obter algum progresso legislativo fracassaram.

Xiitas contra Sunitas:
a maioria contra a minoria.

Iraqi Sunnis are feeling the pinch of what political scientists call "tyranny of the majority." Efforts at national reconciliation have stalled (RFE/RL) over a series of constitutional demands made by Sunni leader Tariq al-Hashimi, whose minority party, the Iraq Accord Front, controls forty-four seats in parliament (Sunni Arabs comprise roughly 20 percent of Iraq’s population). He has called for a breakup of Iraq’s Shiite militias; a reversal of laws preventing former Baath Party members from taking government jobs; stronger constitutional language affirming the sanctity of the Iraqi state to avoid further decentralization; and a hydrocarbons law, explained in this new Backgrounder, which redistributes revenues more equitably. After a pair of meetings with Iraq’s president and prime minister, Hashimi appears to have backed away (CNN) from earlier threats to pull his bloc out of parliament if his demands go unmet.

Yet Iraqi leaders are running into political timetables in Washington. A growing number of congressional leaders are calling on the administration to set September as the deadline for Iraq to meet certain "benchmarks" on security and national reconciliation, a process outlined in this Backgrounder. Hence, the hue and cry over earlier news reports that Iraq’s parliamentarians had planned to take two months off this summer for vacation (they will only take one week off). Even still, Iraqi politicians will be hard-pressed to meet the deadlines set to revise the constitution and reach a power-sharing agreement. "We need to make people understand our perspective," (NYT) Mowaffak al-Rubaie, Iraq’s national security adviser, told reporters on a recent visit to Washington. “What are the challenges we are facing, what are the difficulties we are facing. We are not lying and doing nothing.”

The latest snag over Sunni rights signals the growing political isolation of Iraqi Prime Minister Nuri al-Maliki. The Fadilah party withdrew from his Shiite bloc in March and several members of influential Shiite cleric Muqtada al-Sadr's bloc pulled out of parliament in April. Some experts say if the Kurds—whose demands on Kirkuk and an oil law favorable to the regions are creating divisions within Baghdad—were to withdraw their support, that might spell the end of Maliki’s coalition. "If any further deputies were to desert him, it is hard to see how al-Maliki could win a vote of no confidence," writes Middle East expert Juan Cole on his blog. Both inside and outside Iraq, calls for new leadership are amplifying, with the usual suspects being mentioned: Adil Abdul Mahdi, a prominent Shiite politician, and Ayad Allawi, a secular Shiite who was interim prime minister in 2004.

Vice President Dick Cheney, on a weeklong visit to the Middle East, met with Maliki on May 9 to urge him to reach a political compromise (He also met with U.S. officials to discuss military progress in Iraq). While the political factions try to sort out their differences, security remains the top issue on the minds of most Iraqis, according to a new ABC News poll and analysis by the Center for Strategic and International Studies.

- CFR, Lionel Beehner

quinta-feira, maio 10, 2007

Nuno Melo eleito Vice-Presidente da AR

O deputado do CDS-PP Nuno Melo foi hoje eleito vice-presidente da Assembleia da República, com 163 votos favoráveis num total de 204 votantes, anunciou a mesa do Parlamento.

Para ser eleito, Nuno Melo apenas precisava da aprovação da maioria dos deputados em efectividade de funções, ou seja 116 parlamentares.

Na eleição, registaram-se 38 votos brancos e três nulos.

Nuno Melo foi indicado pelo CDS-PP para substituir Telmo Correia na vice-presidência do Parlamento, depois deste ter sido eleito líder parlamentar da bancada democrata-cristã na semana passada.

Nuno Melo foi eleito para a vice-presidência da Assembleia da República com mais votos do que Telmo Correia, que, a 16 de Março de 2005, recolheu 153 votos favoráveis num universo de 227 votantes.

Os quatro maiores grupos parlamentares têm direito a indicar um vice-presidente do Parlamento.

Além de Nuno Melo, exercem as funções de vice-presidente da Assembleia da república Manuel Alegre, pelo PS, Guilherme Silva, pelo PSD, e António Filipe, pelo PCP.

Nuno Melo foi líder parlamentar do CDS-PP entre Julho de 2004 e Janeiro de 2007, demitindo-se do cargo depois de a anterior direcção, liderada por José Ribeiro e Castro, ter reprovado a sua conduta.

- Lusa
Parabéns

A EPUL de novo na berra!!



Relatório da IGF denuncia negócio entre EPUL e Benfica

Um relatório da Inspecção-geral de Finanças (IGF) que denuncia alegados negócios entre a Empresa Pública de Urbanização de Lisboa (EPUL) e o Benfica foi distribuído quarta-feira na última reunião da Câmara de Lisboa, noticia hoje o Correio da Manhã.

O documento, a que o Correio da Manhã teve acesso, revela que no caso dos terrenos do Vale de Santo António, a empresa municipal fez um «adiantamento por conta de lucros futuros, decorrentes do empreendimento de 200 fogos (...), de 9,975 milhões de euros ao SLB [Sport Lisboa e Benfica], sem que fosse devidamente demonstrada a adequabilidade de tal valor aos lucros previsíveis».

A «EPUL assumiu toda a componente de risco do negócio», salienta o relatório, cuja análise se reporta aos anos de 2003 a 2006.


Segundo a IGF, a empresa municipal assumiu ainda encargos no valor de cerca de 1,3 milhões de euros a mais do que o estabelecido no contrato-programa para o novo estádio do Benfica.

Em vez de pagar 6 822 419 euros, a EPUL despendeu 8 118 678 euros, refere o jornal.

(...)

N'O Carmo e a Trindade

A procissão ainda agora começou ...

Já não era sem tempo

TC vai vigiar gastos nas obras públicas

O presidente do Tribunal de Contas (TC) garantiu, em entrevista à rádio Antena1, que os grandes projectos de obras públicas vão ser alvo de forte vigilância e que os resultados das auditorias vão ter consequências.

Considerando que por trás dos desvios financeiros estão, muitas vezes, fenómenos de corrupção, Guilherme d'Oliveira Martins defende que os gestores públicos devem ser responsabilizados.


Muito bem.

O Presidente do Tribunal de Contas está a efectuar um excelente trabalho à frente do TdC.

quarta-feira, maio 09, 2007

Câmara de Lisboa cai às 24:00 de hoje

Os vereadores do PS e PSD da Câmara de Lisboa entregaram hoje as respectivas renúncias aos seus mandatos.

A maior autarquia do país deixa assim de ter quórum após a renúncia de 20 sociais-democratas e de toda a oposição.

O presidente CML, Carmona Rodrigues, Fontão de Carvalho, Pedro Feist, Gabriela Seara, Remédio Pires e Fernando Santana são os resistentes.

A partir das 24:00, a CML fica em situação de resignação do seu Executivo, estando, assim aberto o caminho para eleições intercalares.

- Diário Digital



E a reunião da Oposição de 2ª feira, fica para quem?
Politiquices ...

(Também, n'O Carmo e a Trindade)

terça-feira, maio 08, 2007

Uma palavrinha publicitária ...

Tem problemas com insectos e roedores de toda a espécie e feitio?

Em caso afirmativo, sugerimos alguns métodos de extermínio:









Olha para o que eu digo, não olhes para o que eu faço

- O Estado como o pior de todos...

Senhorios impedidos de subir rendas ao Estado

Ao contrário do que se passa com a generalidade dos senhorios, os proprietários cujos imóveis estão arrendados ao Estado continuam sem poder beneficiar do "descongelamento" das rendas antigas decretado pelo Governo.

O Novo Regime de Arrendamento Urbano (NRAU) determinou a actualização extraordinária de todas as rendas anteriores a 1990 (ou 1995, para o caso dos arrendamentos com fins não habitacionais). Porém, o NRAU remeteu os arrendamentos por entidades públicas para legislação complementar, que deveria ter sido publicada no prazo de 180 dias após a sua entrada em vigor, ou seja, até ao final do ano passado. O DN sabe que a proposta de diploma se encontra em estado adiantado, mas a complexidade da matéria e as suas implicações em diferentes áreas resultou num moroso processo negocial entre vários ministros.


De acordo com o II recenseamento de imóveis da administração pública, ontem divulgado pelas Finanças, o Estado é inquilino de 1124 imóveis, correspondentes a 27% dos edifícios analisado até agora (4401). Estes imóveis ocupam uma área bruta de 855,3 mil metros quadrados, onde trabalham 23,1 mil pessoas.

Nem todos estes contratos de arrendamento poderão ser objecto do processo de actualização de rendas. Porém, os elementos ontem divulgados pelas Finanças não permitem quantificar quantos imóveis foram arrendados antes de 1990 e, até ao fecho da edição, não foi possível obter dados sobre esta matéria.

Ainda no domínio dos arrendamentos, o recenseamento permitiu apurar a despesa total com o pagamento de rendas: 8,6 milhões de euros. Em termos médios, os organismos públicos pagam uma renda por metro quadrado de 11,1 euros.

Estado ocupa 7136 imóveis

Além dos 1124 imóveis em que é inquilino, o Estado ocupa ainda 549 edifícios cedidos, na maioria dos casos a título gratuito. Se adicionarmos aos edifícios detidos por terceiros os que são propriedade do Estado, chega-se a um número de 4401 imóveis já validado neste recenseamento. A estes juntam-se ainda mais 2734, cujos dados ainda não foram validados, o que perfaz um total de 7136.

Porém, o Estado ocupa ainda mais património. É que por "razões de segurança nacional e por se tratarem de imóveis diferenciados, foi excluído do RIAP II um número extenso de entidades", de ensino, militares, prisionais, de forças de segurança e dos serviços de informações.

Nem todos os edifícios detidos pelo Estado ou cedidos a este estão, efectivamente, a ser utilizados. Os resultados do recenseamento dão conta de que 6% dos imóveis se encontram em estado devoluto.

Regras de venda prestes a sair

Concluído o recenseamento, o Governo vai aprovar "dentro de dias" o novo regime de gestão e alienação de património, garantiu ao Jornal de Negócios o secretário de Estado do Tesouro e Finanças. Em entrevista, Carlos Costa Pina disse ainda que o Governo tenciona vender 233 edifícios, com uma extensão de 215 mil metros quadrados (grande parte delas em estado devoluto), para um encaixe previsto de 250 milhões de euros. Outra da medida anunciada é a obrigatoriedade de todos os organismos com autonomia financeira passarem a pagar renda pela instalações que ocupam.

- DN



Desrespeito completo por parte do Estado perante a propriedade privada.
Desrespeito pelos privados e pela sua propriedade.
As nacionalizações estão na rua; e a rua é a da amargura.

Os proprietários de pés e mãos atadas, perante um arrendatário torpe, prepotente e obtuso, não pode dispor do que é seu.
Mais vale mandarem demolir os seus imóveis.

quarta-feira, maio 02, 2007

See you soon!



Tinha o tamanho da praia
o corpo era de areia.
E ele próprio era o início
do mar que o continuava.
Destino de água salgada
principiado na veia.

E quando as mãos se estenderam
a todo o seu comprimento
e quando os olhos desceram
a toda a sua fundura
teve o sinal que anuncia
o sonho da criatura.

Largou o sonho nos barcos
que dos seus dedos partiam
que dos seus dedos paisagens
países antecediam.

E quando o seu corpo se ergueu
Voltado para o desengano
só ficou tranqüilidade
na linha daquele além.
Guardada na claridade
do olhar que a retém.


- Natália Correia

Maçonaria apoia casamento entre homossexuais

Eu não.

O Grande Oriente Lusitano (GOL), principal obediência maçónica em Portugal, aprova o aproveitamento, em 2010, das celebrações dos cem anos da instauração da República, para se rever o Código Civil de forma a permitir o casamento entre homossexuais.

Falando ao DN, o grão-mestre do GOL, António Reis, disse que é precisamente isso que significa a referência à necessidade de "proceder à revisão do Código Civil em matéria de realidades sociais, tendo em conta as novas realidades sociais" que consta no relatório, já entregue ao Governo, da Comissão de Projectos para as Comemorações do Centenário a República (CPCCR).

Esta comissão foi presidida pelo constitucionalista Vital Moreira e integrava, entre outros, o historiador António Reis. "Tudo o que vem nesse relatório foi unânime, ou quase, dentro da comissão", disse o grão-mestre ao DN.

Segundo acrescentou, "faz todo o sentido" aproveitar as celebrações da República para se "reforçarem legalmente os direitos conjugais dos homossexuais".

"Se a República se distinguiu foi, nomeadamente, pelas leis sobre a família que aprovou, como a lei do divórcio e a que acabou com o estatuto de filho ilegítimo", explicou Reis.

A obediência maçónica Grande Oriente Lusitano, segundo o relatório da Comissão Promotora das Comemorações do Centenário da República, deverá ter um papel especial nas celebrações dos cem anos do 5 de Outubro. Uma forma de responder ao papel histórico dos maçons em todo o processo que levou ao desmantelamento da monarquia, na revolução do 5 de Outubro propriamente dita, e na construção da Primeira República (1910-1926).

- DN

Já podem chamar-me nomes:
Bota de elástico, conservadora, tacanha, etc, etc ...
Só coisas que me preocupem ...

Chutos de tabaco, já!

Se os drogados podem, os fumadores também devem poder.

Salas de chutos (e pontapés) já!!

terça-feira, maio 01, 2007

Demokratia



Democracia ...

Que democracia é esta?! Verdadeiramente ...
Em verdade, em verdade vos digo: é uma vergonha.

As maiorias absolutas, corrompem absolutamente.
Corrompem as ideias.
Corrompem as acções.
Corrompem os objectivos.
Corrompem a moral e a ética.
Corrompem os resultados.

Uma força política imbuída do poder absoluto que uma maioria absoluta lhe atribui, invariavelmente agirá de forma prepotente, obtusa e com total falta de respeito pela minoria. Uma minoria que também ela pode dar um contributo válido, para tornar mais coesa a vida quotidiana e o destino da população.

Ontem, surgiu um exemplo bem concreto; real e autêntico dessa obtusa situação.

Não poderei falar na questão em concreto, apenas lamentar profundamente o estado a que chegou este país, e referir que, quando se fala muito, quando se defende teoricamente muito e depois, as pessoas quais carneiros não são capazes de passar à prática agindo, mais valia e melhor figura faziam se ficassem caladinhos e quietinhos em casa.

Não são os outros que mudam as coisas, somos nós.
A mudança do estado das coisas passa por nós, pela nossa acção, por aquilo que estamos dispostos a fazer e a sacrificar para mudar o vergonhoso estado das coisas.

Eu estou.
E aquilo que depender de mim, serei uma praga no tecido mole deste país acomodado e pretensamente vitimizado (pois que se deixa ser) pelos pseudo poderes instalados, que só lá estão para aparecerem nos meios de comunicação a armarem-se ao pingarelho, e a deixarem apenas belas e vazias promessas (bacocas e imbecis) aos cidadãos (carneiros mansos) que se deixam enganar continuamente.

Comigo não.
Bem podem gritar que sou força de bloqueio, que sou força de obstrução - fait vous plaisir.

Fait vous jeu, mes dames et monsieurs.
Cá estarei, à espera.