O que dizer?
Faltam-me as palavras.
Pura e simplesmente, esmagada.
Doutras eras
Quixote
Vaguearei sempre, ostracizado, entre desertos e ilhas,
na mais desolada, erma e estéril peregrinação?
Ou nada mais serei que o cego escravo desse cão
chamado Destino e perito em abismos e armadilhas?...
Pior que o Judeu Errante, num suplício cruel, alucinante
diante do qual o próprio Sísifo treme e pasma,
Vou, espectro danado, ao leme dum navio fantasma
que é a minha vida fadada de Quixote ambulante.
Será meu o fado, minha a culpa desta acerba punição?
Que tremendo horror, que abominável pecado
terei eu perpretado, nesta ou noutra encarnação?...
Porque o único crime que se me afigura ajustado
e sem hipótese de absolvição, foi o ter-te loucamente amado,
mulher, mais do que permitia o mundo e autorizava a razão!
- Dragão
Senhor D'Aragão, muito grata
Pura e simplesmente, esmagada.
Doutras eras
Quixote
Vaguearei sempre, ostracizado, entre desertos e ilhas,
na mais desolada, erma e estéril peregrinação?
Ou nada mais serei que o cego escravo desse cão
chamado Destino e perito em abismos e armadilhas?...
Pior que o Judeu Errante, num suplício cruel, alucinante
diante do qual o próprio Sísifo treme e pasma,
Vou, espectro danado, ao leme dum navio fantasma
que é a minha vida fadada de Quixote ambulante.
Será meu o fado, minha a culpa desta acerba punição?
Que tremendo horror, que abominável pecado
terei eu perpretado, nesta ou noutra encarnação?...
Porque o único crime que se me afigura ajustado
e sem hipótese de absolvição, foi o ter-te loucamente amado,
mulher, mais do que permitia o mundo e autorizava a razão!
- Dragão
Senhor D'Aragão, muito grata