terça-feira, agosto 31, 2004

Doença Extraordinária

Foi com estas palavras que o Deputado da Nação Francisco Anacleto Louçã, se pronunciou, hoje, para a SIC acerca da questão que tem vindo a ser suscitada à volta da organização Women on Waves.
"Sofre de uma doença extraordinária"!!
Aquando da sua deslocação, e de mais 'uns' Deputados, a bordo do barco da organização, e do contacto que estabeleceu via rádio com o barco da marinha posicionado na zona (contacto esse filmado e captado para e pelas televisões).

Algumas questões se colocam, nomeadamente:

- Como é que um Deputado da Nação, ainda que da oposição, incita à violação da legislação penal portuguesa?

- Como é que um Deputado da Nação, se dirige ao comandante de uma embarcação da Marinha, requerendo que o mesmo permita a entrada de um navio (ao qual anteriormente havia sido negada a entrada em águas territoriais portuguesas) com o fundamento de que o referido Deputado e mais Deputados do Parlamento Português se encontravam a bordo, e que, por tal facto, a embarcação devia ser permitida entrar em águas territoriais portuguesas?

- O Deputado Francisco Louçã pretendia incentivar a violação de uma ordem directa da tutela ao comandante da embarcação da Marinha Portuguesa?

- Pretendia o Deputado um tratamento especial e, de favorecimento, por ser Deputado da Nação?

Este episódio, que já vai longo e nauseante, foi criado pela comunicação social e pela esquerda portuguesa (que infelizmente, parece ser, cada vez mais, uma e a mesma coisa!)!

Se a questão subjacente merece ser debatida?
Naturalmente que o merece. Mas, de uma forma séria, ponderada e digna.
O tratamento que está a ser prestado por esta palhaçada não augura resultados muito animadores, uma vez que, à partida, as mulheres - as quais são destinatárias primeiras de qualquer legislação respeitante à IVG - estão a sair humilhadas de toda esta fantuchada, montada e orquestrada!
A propaganda é levada a cabo diariamente nos meios de comunicação social!
'Tiro-lhes o chapéu'! Conseguiram movimentar o sector dos media, tipo 'onda': é 'obra'!

sábado, agosto 28, 2004

O "barquinho" - O Circo

Era suposto ser este:


Mas, o que se aplica, é mesmo este:


Uma ENORME propaganda à volta de "um barco"! Um Circo
Não ao barco em si, mas sobre todos os aspectos que o envolvem!

Eventualmente, já terá ajudado, de facto, muitas mulheres em situação crítica, e de desespero!
Contudo, em face às constantes bouchardes publicitárias (pura propaganda, e da mais rasca) deixou de ter ou fazer qualquer sentido!

Depois temos os costumeiros analistas e 'evaristas' a lançarem mão de tecnicismos jurídicos, para justificar a possibilidade de um barco atracar em águas territoriais portuguesas!
Oh causídicos, oh juristas desvalidos! Esses truques são mesmo de sacristia!

Naturalmente que, os navios que não representem perigo para o ambiente, para a saúde e para a segurança nacional, é-lhes dada autorização para acostar! Nada que enganar!

A questão que está em causa, é o bombardeamento publicitário de um navio que promove, auxilia e efectua cirúrgica e tecnicamente, a interrupção da gravidez!

À luz da legislação nacional, estão determinadas as situações em que tal pode ocorrer; e sendo que, devem ser assistidas em centros de saúde com condições para tal.

O facto de a execução do acto ser efectuado em águas internacionais, e vigorar a bandeira do navio - neste caso, a legislação holandesa, não diminiu o facto de existir publicidade contrária à lei portuguesa. Existe o incitamento explícito e continuado ao cometimento de crime/s.

A nível político, a agenda do governo é decidida (bem ou mal) pelo próprio governo, que em momento ou hipótese alguma pode ceder a este tipo de manipulação requentada.
A meu ver, esteve bem o Ministro dos Assuntos do Mar.

Já nem sequer se analisa a/s organizações que estão por trás deste barco, mas o circo que foi montado à sua volta, retira-lhe qualquer credibilidade que pudesse ter.

E por falar em Circo, faz-me sempre lembra o dito, e a aversão que tenho ao mesmo!
Em criança, posteriomente e ainda hoje, desgostava-me o Circo.
A utilização das características de diferença (anormalidade) de uns, para fazer rir os outros que se consideravam normais!

Isto, não é um barco, ou um bote, é um Circo.

The winter evening settles down
With smell of steaks in passageways.
Six oclock.

The burnt-out ends of smoky days.
And now a gusty shower wraps
The grimy scraps
Of withered leaves about your feet
And newspapers from vacant lots;

The showers beat
On broken blinds and chimney-pots,
And at the corner of the street
A lonely cab-horse steams and stamps.
And then the lighting of the lamps.

The morning comes to consciousness
Of faint stale smells of beer
From the sawdust-trampled street
With all its muddy feet that press
To early coffee-stands.

With the other masquerades
That time resumes,
One thinks of all the hands
That are raising dingy shades
In a thousand furnished rooms.


- Preludes by T.S. Eliot

terça-feira, agosto 24, 2004

Mbeki urges NAM to tackle the big issues



South African President Thabo Mbeki has urged the Non-Aligned Movement to work flat out to resolve world conflicts, reform the United Nations and towards the eradication of poverty.

Officially opening the NAM Ministerial Conference in Durban, Mbeki said the movement was facing the challenge of finding solutions to the conflicts in Iraq, Palestine, Haiti and Africa's Great Lakes region.

Mbeki, who had just returned from Tanzania, where he attended the regional summit seeking a resolution to the Great Lakes conflict, said there were three major challenges facing the movement.

These were poverty, peace and security and promoting multilateralism in the world.

"We have no other global instrument except the Non-Aligned Movement to address the objectives which we share.

"We need to ask ourselves what we need to do to strengthen this organisation so that it is able to help address the problems of poverty and underdevelopment, and secure peace and stability for ourselves," he said.

He warned the 115-member-states movement to guard against the concentration of power in one centre, saying this tended to breed unilateralism.

"The restructuring of NAM has dragged on for too long," he said, adding that institutions such as the World Bank and the World Trade Organisation needed to be transformed to be responsive to the needs of the poor and the marginalised.

The NAM Ministerial Conference is taking place in Durban together with the Asian-Africa Sub-Regional Organisation conference, which also opened in the city on Thursday.


- The Mercury, Sipho Khumalo

segunda-feira, agosto 23, 2004

LIXO

Voltaram a inundar-me a caixa de mail de LIXO ASQUEROSO.

Principalmente um tal de mukka.labrador@iol.pt.
Oh PALERMA, vá mandar LIXO para a PQP.

À próxima, informo as autoridades competentes.
Estamos esclarecidos.

domingo, agosto 22, 2004

Vandalismo e Xenofobia

Mais uma vez, em França, mais concretamente em Paris, foram vandalizados bens da Comunidade Judaica aí residente.

Na Irlanda, em Portadown, cidadãos portugueses viram os seus bens vandalizados, e foram coagidos, e ainda que não tenham sofrido agressões físicas directas, sofrendo um 'valente susto'!

Está-se a assistir a um recrudescimento da incapacidade das pessoas em aceitarem as diferenças; um traço transversal ao Continente Europeu, e mais concretamente a alguns países em particular.

Todos os grandes conflitos se iniciam em 'pequenas questões'; sempre assim foi, e, infelizmente, parece ser esse o fio condutor.

Esperemos para ver as medidas que serão adoptadas para contrariar esta atitude.
As ONGs: Os Financiamentos

As ONGs são associações privadas, sem fins lucrativos.
Representam a capacidade e possibilidade que a sociedade civil tem de intervir activamente na sociedade e, nas questões mais preponderantes.

Quanto ao financiamento:

primeiramente, as associações necessitam de ver reconhecido o estatuto de ONG; nem todas as associações têm esse estatuto.

O primeiro financiamento vem dos associados: das quotas e doações que estes efectuem às associações.

As associações não são financiadas, sem mais, pelo Estado. Apenas o são quando e na medida em que apresentam projectos detalhados e fundamentados da intervenção/actividade que pretendem levar a cabo.
Após análise dos projecto, e somente em caso de serem diferidos, serão financiados em dois momentos distintos: no momento do doferimento, e após a entrega do relatório de execução, devidamente fundamentado.

Por outro lado, e cada vez mais, as associações recorrem à figura jurídica da Lei do Mecenato, sendo financiadas por entidades privadas, singulares ou colectivas, que canalizam desta forma parte dos seus impostos para uma Acção que consideram meritória.

Quanto às ONGs de âmbito, intervenção e reconhecimento internacional, essas sim, têm possibilidade de obter 'grandes' financiamentos junto de entidades e instituições internacionais, nomeadamente, o FMI e o Banco Mundial.

Também é verdade que, o poder das ONGs internacionais é, muitas das vezes, superior ao de muitos governos no que toca à intervenção em locais de conflito; e, têm um peso muito importante na determinação das políticas internacionais no âmbito da ONU.

Muitas há que são 'menos correctas', mas muitas outras efectuam no terreno um excelente trabalho de campo, imbatível.

sábado, agosto 21, 2004

Em Angola, as Liberdades Política e de Imprensa são Vitais para as Eleições

(Da: Human Rights Watch)

(Nova York, 14 de julho de 2004) “A paz em Angola prepara o caminho para a conquista das liberdades de expressão, de associação e de assembléia, mas no interior do país essas liberdades continuam a ser violadas”, afirmou a organização Human Rights Watch (HRW) em seu relatório divulgado nesta data. No dia 2 de julho último, o Conselho da República (orgão consultivo do presidente) recomendou a realização de eleições nacionais em 2006, a primeira desde 1992.

É animador que o governo angolano pareça estar empenhado em realizar eleições em 2006, mas para conquistar sua credibilidade o governo precisará manter livres as atividades políticas, bem como a liberdade de imprensa em todo o país.
Peter Takirambudde, director executivo da Divisão África da HRW

O relatório de 31 páginas, “Democracia Inacabada: A Mídia e as Liberdades Políticas em Angola”, a HRW observa que a detenção e o acossamento de jornalistas tornou-se menos comum assim que, em 2002, acabou-se a guerra civil de várias décadas, e as autoridades angolanas tornaram-se mais tolerantes para com as actividades políticas da oposição. No entanto, essas mudanças são em grande parte confinadas a Luanda, a capital angolana, enquanto que, no interior do país, onde não há qualquer mídia independente, agentes do governo continuam a usar de violência contra os activistas da oposição.

“É animador que o governo angolano pareça estar empenhado em realizar eleições em 2006,” disse Peter Takirambudde, director executivo da Divisão África da HRW, “mas para conquistar sua credibilidade o governo precisará manter livres as actividades políticas, bem como a liberdade de imprensa em todo o país.”

Pacíficas manifestações públicas promovidas por vários grupos cívicos e políticos têm se tornado mais comuns em Luanda, mas no interior, segundo testemunhos recebidos pela HRW, tanto a polícia como a Organização da Defesa Civil do governo e as autoridades administrativas locais têm frequentemente interferido no trabalho dos grupos da oposição, favorecendo o partido do governo.

Em um caso ocorrido em fevereiro último, homens armados atiraram matando pelo menos nove pessoas, incluindo-se três crianças, durante um protesto contra a remoção dos geradores eléctricos da comuna de Cafunfo, província da Lunda-Norte. A polícia deteve 17 pessoas na cena do ocorrido, três das quais vieram a morrer na prisão, enquanto que as outras continuam detidas sem qualquer processo legal e impedidas de comunicar-se com os seus familiares.

Em abril, num outro incidente ocorrido na comuna de Kalima, província do Huambo, partidários da oposição denunciaram a maneira pela qual alguns membros da Defesa Civil trespassaram a recém-estabelecida sede de certo partido da oposição e tentaram incendiá-la, chegando a agredir vários membros desse partido. A polícia não investigou esse incidente.

Em novembro de 2003, nos arredores da capital, membros da Guarda Presidencial sumariamente afogaram um homem por ter cantado uma canção de crítica ao governo.

A mídia privada em Angola é bastante independente da política partidária, tendo frequentemente criticado o governo. Mas o Estado controla o único diário e a única emissora televisiva captável não via satélite. O rádio, que é o meio mais acessível à maioria dos angolanos, continua a ser um monopólio estatal na maior parte do país, havendo emissoras privadas somente em poucas cidades. A emissora católica Rádio Ecclésia, que é actualmente a mais acessível fonte de notícias independentes na capital, foi impedida de alargar a sua rede transmissora a outras regiões do país.

Os jornais privados independentes de Angola chegam somente a alguns milhares de cidadãos abastados, quase todos residentes na capital. Jornalistas e editores revelaram que têm sido constrangidos pelas estritas leis de protecção à difamação e pelo acesso privilegiado aos tribunais concedido a indivíduos poderosos. Se as provisões da Constituição angolana que garantem a liberdade de expressão e a livre atividade política fossem devidamente impostas, estas teriam longo alcance na criação de condições para eleições livres e justas.

“O governo angolano deve assegurar que seja permitido a líderes e partidários da oposição expressarem seus pontos-de-vista de modo pacífico, sem temer represálias”, afirmou Takirambudde, que concluiu: “O governo também deveria suspender as restrições à mídia privada remanescentes, e permitir que emissoras de rádio não-governamentais possam transmitir através do país.”

A HRW conclamou os doadores internacionais de Angola e os seus parceiros comerciais não só a prestarem a mais minunciosa atenção para com as violações de liberdade de expressão, de associação e de assembléia nesse país, como também de promover e proteger tais liberdades como parte integral de suas estratégias de assistência e negociações. Os doadores deveriam também considerar apoiarem a mídia privada e livre em Angola para ampliar a variedade de opiniões a serem ouvidas, com o aproximar-se das eleições.

Antecedentes Históricos

O acordo de cessar-fogo assinado a 4 de abril de 2002 entre as Forças Armadas Angolanas e o grupo rebelde União Nacional para a Independência Total de Angola, ou UNITA, terminou o conflito armado datado da década de 1960, quando movimentos de libertação rivais disputavam seu posicionamento na então colónia portuguesa. Quando Portugal retirou-se do país em 1975, o Movimento Popular de Libertação de Angola, ou MPLA, tomou controle da capital Luanda e da região do litoral, enquanto que a UNITA estabeleceu-se no interior do país. Esse posicionamento definiu o ambiente para a guerra civil incentivada pelos super-poderes da Guerra Fria que supriram armas e fundos a essas facções rivais.

Em 1991, um acordo de paz deu lugar a eleições multipartidárias no ano sucessivo, vencendo o MPLA por uma margem reduzida. As eleições, no entanto, não conseguiram manter a paz. Com a matança generalizada de partidários da UNITA em Luanda, esse movimento rebelde — não tendo cumprido sua obrigação de entregar as armas — reiniciou a guerra, tomando controle de grande parte do interior. Gradualmente, o governo reconquistou território durante a década de 1990, com a ajuda de sancções impostas pela ONU sobre o comércio de diamantes com que a UNITA custeava seus esforços de guerra. A essa volta à guerra seguiu-se uma erosão das liberdades que deveriam acompanhar o sistema multipartidário prometido pela Constituição de 1992.

Em princípios de 2002, o governo conseguiu isolar no leste do país o fundador e líder da UNITA, Jonas Savimbi, morto em combate no dia 22 de fevereiro. Os líderes da UNITA sobreviventes entabularam negociações com o governo, levando ao fim das hostilidades e à desmobilização das forças da UNITA. Com a paz resultante, é que se abriu a perspectiva de eleições nacionais.

sexta-feira, agosto 20, 2004

4x4s whip up a worldwide dust storm



Dust storms emanating from the Sahara have increased tenfold in 50 years, contributing to climate change as well as threatening human health and destroying coral reefs thousands of kilometres away.

And one major cause is the replacement of the camel by four-wheel drive vehicles as the desert vehicle of choice.

Andrew Goudie, professor of geography at Oxford University, blames the process of Toyotarisation -- a coinage reflecting the near-ubiquitous desert use of Toyota Land Cruisers -- for destroying a thin crust of lichen and stones that has protected vast areas of the Sahara from the wind for centuries.

Four-wheel drive use, along with overgrazing and deforestation, were the major causes of the world's growing dust storm problem, the scale of which was much bigger than previously realised, Goudie, master of St Cross College, told the International Geographical Congress in Glasgow on Thursday.

"I am quite serious, you should look at deserts from the air, scarred all over by wheel tracks, people driving indiscriminately over the surface breaking it up. Toyotarisation is a major cause of dust storms. If I had my way I would ban them from driving off-road."

The problem has become so serious that an estimated 2-3-billion tons of dust is carried away on the wind each year. Storms in the Sahara transport dust high into the atmosphere and deposit it as far away as Greenland and the United States.

Britain was seeing increasing levels of "blood rain" in spring that came direct from the Sahara, Goudie said. From an aircraft over the Alps in summer it was possible to see the telltale colour of red dust on the mountains.

Although the storms are mainly particles of quartz, smaller than grains of sand, they also contain salt and quantities of pesticide and herbicide which can cause serious health problems. Microbe-laden dust from storms is also credited with carrying cattle diseases such as foot and mouth.

The world's largest single dust source is the Bodélé depression in Chad, between an ever-shrinking Lake Chad (now a twentieth of its size in the 1960s) and the Sahara. The depression releases 1 270-million tons of dust a year, 10 times more than when measurements began in 1947, according to Goudie's research.

Taking the whole Sahara, and the Sahel to the south, dust volumes had increased four to sixfold since the 1960s. Countries worst affected were Niger, Chad, northern Nigeria, Burkina Faso, and Mauritania, the research found.

Smothering of coral reefs

But the effects went far beyond. In the Caribbean, scientists had directly linked the death of coral reefs to smothering by dust which had travelled 4 800km.

African dust had also found its way to Greenland, Goudie said. While white ice reflected sunlight and remains frozen, the dark dust on top absorbed the sun's heat, causing the ice to melt and accelerating the raising of sea levels.

Goudie said it was as yet uncertain what other effects the dust was having on the climate. The airborne dust both reflected sunlight back into space and blanketed the earth holding the heat in. When it dropped in the sea it fertilised the plankton which absorbed carbon dioxide and cooled the ocean surface, creating fewer clouds and less rain -- a vicious circle which made the dust problem worse.

Where the dust source was the dried-up bed of a salt lake or sea, salt deposited from the storms could ruin agricultural land, leading to more deserts and more dust. There might be more serious consequences for human health emerging elsewhere in the world.

The Aral Sea in central Asia had almost dried up, according to the research. Its inflowing rivers were used for irrigating cotton, causing the seabed to be contaminated by pesticide toxins which were now being blown about in the dust. People who have breathed in the dust have serious allergic reactions.

Goudie also warned that climate change might cause dust problems to return to the US prairies. While improved agricultural practices, wind breaks and higher rainfall had cured the Dust Bowl of the 1930s (immortalised in John Steinbeck's novel the Grapes of Wrath), the conditions were once again similar. Dust storms were now common in the US and could lead to a disease, Valley Fever, an allergic reaction to pesticides in the dust which caused inflammation of the nose and throat, killing several people a year.

In China, extensive efforts had been made to plant trees to hold back the dust, and increases in rainfall had also helped, the study found. However, large dust storms were still emanating from the vast deserts in the north, which included the Lopnor nuclear test site -- raising fears that storms could interfere with the 2008 Olympics in Beijing and might contain radioactive particles. The Chinese have said they were confident this would not happen.

Choking storms hit far and wide

Dust storms are typically 200km wide and carry 20 to 30-million tons of dust. Some carry up to 100-million tonnes Worldwide dust in the atmosphere is predicted to be 2-billion-3-billion tons this year
Florida receives more than 50% of the African dust that hits the US, causing increased respiratory problems

Mauritania, which had two dust storms a year in the early 1960s, now has 80 a year

The worst dust storm to reach Britain was in 1903 when an estimated 10-million tons landed from the Sahara


- Guardian Unlimited © Guardian Newspapers Limited 2004

quinta-feira, agosto 19, 2004

Um Ano



Atravessa esta paisagem o meu sonho dum porto infinito
E a cor das flores é transparente de as velas de grandes navios
Que largam do cais arrastando nas águas por sombra
Os vultos ao sol daquelas árvores antigas...
O porto que sonho é sombrio e pálido
E esta paisagem é cheia de sol deste lado...

Mas no meu espírito o sol deste dia é porto sombrio
E os navios que saem do porto são estas árvores ao sol...
Liberto em duplo, abandonei-me da paisagem abaixo...
O vulto do cais é a estrada nítida e calma
Que se levanta e se ergue como um muro,
E os navios passam por dentro dos troncos das árvores
Com uma horizontalidade vertical,
E deixam cair amarras na água pelas folhas uma a uma dentro...

Não sei quem me sonho...
Súbito toda a água do mar do porto é transparente
E vejo no fundo, como uma estampa enorme que lá estivesse
[desdobrada,
Esta paisagem toda, renque de árvores, estrada a arder em aquele
[porto,
E a sombra duma nau mais antiga que o porto que passa
Entre o meu sonho do porto e o meu ver esta paisagem
E chega ao pé de mim, e entra por mim dentro,
E passa para o outro lado da minha alma...


- Chuva Oblíqua, I, Fernando Pessoa

terça-feira, agosto 17, 2004

Agradecimento

Um profundo e sentido obrigada a todos os amigos que congratularam o primeiro ano do Eclético!
Bem hajam!

18.1.jpeg

Isto

Dizem que finjo ou minto
Tudo que escrevo. Não.
Eu simplesmente sinto
Com a imaginação.
Não uso o coração.

Tudo o que sonho ou passo,
O que me falha ou finda,
É como que um terraço
Sobre outra coisa ainda.
Essa coisa é que é linda.

Por isso escrevo em meio
Do que não está de pé,
Livre do meu enleio,
Sério do que não é.
Sentir? Sinta quem lê!


- Fernando Pessoa

segunda-feira, agosto 16, 2004

IUPII!!
O Eclético comemora hoje: 1 ano!!




Um ano cheio de mudanças; de vida.

A todos que por aqui possam ter passado, ou passem: 'Have a ball'!


Meu ser evaporei na lida insana

Do tropel das paixões que me arrastava,

Ah! cego eu cria, ah! mísero eu sonhava

Em mim, quase imortal, a essência humana!



De que inúmeros sóis a mente ufana

A existência falaz me não doirava!

Mais eis sucumbe a Natureza escrava

Ao mal, que a vida em sua origem dana.


Prazeres, sócios meus e meus tiranos,

Esta alma, que sedenta em si não coube,

No abismo vos sumiu dos desenganos.


Deus... ò Deus! Quando a morte à luz me roube,

Ganhe um momento o que perderam anos,

Saiba morrer o que viver não soube!


- Bocage

sexta-feira, agosto 13, 2004

Angola: AMI envia sexta ajuda humanitária para o povo de Cabinda

Lisboa, 12 Ago (Lusa) - A AMI e a Associação Tratado de Simulambuco vão enviar sexta-feira para Cabinda, Angola, 18,5 toneladas de ajuda humanitária, para distribuir pela população mais carenciada, incluindo deslocados e refugiados, disse hoje à Agência Lusa a organização.

A ajuda, que sairá sexta-feira de manhã do Porto de Lisboa, inclui seis toneladas de feijão em grão, seis toneladas de feijão em lata, duas toneladas de arroz, duas toneladas de sabão em barra e 2,5 toneladas de vestuário e calçado.

Os dois contentores com a ajuda humanitária serão recebidos em Cabinda pelo vigário-geral, o padre Raul Tati, ficando a sua distribuição a cargo das Cáritas Diocesanas.

O bispo de Cabinda, D. Paulino Madeca, e o padre Jorge Casimiro Congo serão as pessoas responsáveis pela entrega dos donativos.

A AMI é uma organização humanitária e tem como principais objectivos lutar contra a pobreza, exclusão social, subdesenvolvimento, fome e sequelas de guerra, em qualquer parte do mundo.

A Associação Tratado de Simulambuco, fundada, entre outros, pelo presidente da AMI, Fernando Nobre, e por Gonçalo da Câmara Pereira, visa fundamentalmente a protecção dos direitos humanos, prestar ajudar o humanitária e proteger o ambiente, disse Gualter Inocêncio, outro dos fundadores da organização.

Outros dos objectivos da associação é proteger os interesses dos portugueses em Cabinda e os dos cabindas em Portugal, acrescentou.


MSE.
Lusa

quinta-feira, agosto 12, 2004

Inverno



Chega-te a mim, oh companheira de toda a minha vida;
Chega-te a mim e não deixes que o toque do Inverno
Se coloque entre nós. Senta-te ao meu lado diante da lareira,
Porque o fogo é o único fruto do Inverno.

Fala-me da glória do teu coração, porque
Ela é maior que os elementos estridentes
Para além da nossa porta.
Tranca a porta e veda as traves das janelas, porque
A expressão irada do céu deprime o meu
Espírito, e a face dos nossos campos cobertos de neve
Faz a minha alma chorar.

Alimenta o candeeiro com azeite e não o deixes esmorecer, e
Coloca-o ao teu lado, para que eu possa ler com lágrimas o que a
Tua vida comigo escreveu no teu rosto.

Traz o vinho do Outono. Vamos beber e cantar a
Canção da recordação à sementeira descuidada da Primavera,
E aos cuidados atentos do Verão, e à
Recompensa da colheita do Outono.

Chega-te a mim, oh amada da minha alma; o
Fogo está a arrefecer e a desaparecer sob as cinzas.
Abraça-me porque eu temo a solidão; o candeeiro
Extingue-se, e o vinho que esprememos faz-nos
Fechar os olhos. Vamos olhar um para o outro antes
Que eles se fechem.
Encontra-me com os teus braços e abraça-me; deixa que
O sono então abrace as nossas almas numa só.
Beija-me, minha amada, porque o Inverno roubou
Tudo menos os nossos lábios que se movem.

Estás perto de mim, Minha Eterna.
Tão profundo e largo será o oceano do Sono,
E tão recente foi a madrugada!


- Khalil Gibran

quarta-feira, agosto 11, 2004

Sudan launches fresh helicopter attacks in Darfur



KHARTOUM - Sudan carried out fresh helicopter attacks in Darfur on Tuesday, worsening an already desperate humanitarian situation, while Arab militia targeted refugees trying to escape the conflict, the United Nations said.

"Fresh violence today (Tuesday) included helicopter gunship bombings by the Sudanese government and Janjaweed attacks in South Darfur. The violence has already led to more displacement," the UN Office for the Coordination of Humanitarian Affairs (OCHA) said in a statement from Geneva.

"Janjaweed attacks on internally displaced persons in and around IDP settlements continue to be reported in all three Darfur states," it added.

Civilians have previously said Sudan used helicopters and other military aircraft to attack villages in Darfur, but there have been fewer reports of such attacks since rebels and the government signed a ceasefire in April.

Under a joint plan agreed with the United Nations last week, Sudan said it would establish safe areas for the displaced and cease military operations by its troops and rebels there.

Despite recent pledges to co-operate to end the humanitarian crisis the UN has called the worst in the world, the UN said the Sudanese government has hampered access to hungry Darfuris by restricting relief flights and causing "major delays" in deployment of aid workers.

The world body also said Sudanese authorities were pressuring traumatised refugees to return to unsafe villages.

"We have interviewed people in hospital who tell us they have gone back to the villages, believing the government commitment, and have been shot by Janjaweed raiders," said United Nations High Commissioner for Refugees spokesman Peter Kessler in Geneva.

"We can't tell if people are being led into a trap -- we would hope not," he added.

Meanwhile, a human rights group said civilians in Darfur are being routinely imprisoned or harassed by Sudanese authorities for talking to foreigners about the conflict in the remote western area bordering Chad.

London-based rights group Amnesty International said in a report Sudan had rounded up scores of people who spoke to journalists and foreign leaders, including US Secretary of State Colin Powell, on recent visits to Darfur.

One woman from Western Darfur state told Reuters she was imprisoned several times and routinely harassed after she translated for a recent visiting group of foreign diplomats.

"Nineteen security officers jumped down from two trucks and threatened me with weapons," said the woman, who was too frightened to give her name.

"They took me back to the headquarters and threatened me saying that they had scorpions and snakes and accusing me of mistranslating for the diplomats," she said.

Another woman, who works in development and declined to be identified, said authorities threatened to make her disappear one day after UN Secretary-General Kofi Annan visited Darfur.

Security officials told Reuters people were being questioned and some had been detained but that it was a matter of security and not a reprisal for speaking to foreigners.

Amnesty counted at least 50 people arrested, including 15 men detained at the Abu Shouk camp after Powell's June 30 visit, and another five taken from there after French Foreign Minister Michel Barnier's July 27 trip.

A US State Department official called the reports "of serious concern".

"The United States and its other partners from the international community have been clear about the need for information and cooperation from the government of Sudan regarding the situation in Darfur," spokesman Adam Ereli said in Washington.

After long conflict between Arab nomads and African farmers over scarce resources in arid Darfur, rebels launched the revolt in February 2003 accusing Khartoum of arming Arab militias known as Janjaweed to carry out a campaign of ethnic cleansing.

The Janjaweed, a term loosely derived from the Arabic for "devils on horseback", are accused of looting, burning, killing and raping. The United Nations estimates the death toll to be at least 50,000, with 1 million people displaced and 2 million in need of aid. The US Congress has called the violence genocide.

Khartoum disputes the death toll and denies it supports the militias, which it calls outlaws. But under threat of possible sanctions it has said it will try to meet a UN Security Council demand that it disarm the Janjaweed.

Powell has said Sudan faces a difficult task to "turn off" the Janjaweed in Darfur, an area the size of France, where tens of thousands of men carry arms. One senior UN official said it was easier to buy a Kalashnikov than a loaf of bread in Darfur.

About 100 African Union (AU) monitors are deployed in Darfur to record and investigate attacks. The Dutch ambassador to Ethiopia said the Netherlands would begin to airlift 154 Rwandan troops into Darfur on Saturday to protect them. Nigerian troops could follow on Aug. 25, the ambassador said.

The AU hopes to increase the proposed number of AU forces protecting the monitors from 360 to about 2000 and extend their mandate to peacekeeping, which Sudan refuses.

The African Union said rebels and Khartoum had agreed to peace talks in the Nigerian capital Abuja on Aug. 23, but the rebels said they had not received formal invitations and the date was unsuitable, although they welcomed the location.


- REUTERS

terça-feira, agosto 10, 2004

'The Zimbabwean people are starving to death'



Harare - Famine has claimed the lives of 152 people, mostly children, in the Zimbabwean city of Bulawayo, it was reported in Harare on Sunday.

The weekly independent Standard newspaper, quoting from the records of the Bulawayo city council's health department, said that 29 people had died of malnutrition in July.

It brings to 152 the number of famine-related deaths reported in Bulawayo this year, although the records did not show the number of deaths in April.

The Bulawayo health department report said that of the 29 people who died in July, 21 were children under the age of five.

Bulawayo is the only large urban centre in Zimbabwe where authorities monitor deaths caused by malnutrition.

In Harare, however, the city council this year reported a substantial increase in chronic under-nutrition, especially among children.

The latest deaths come after orders by President Robert Mugabe's government to Western aid agencies to end famine relief operations.

It claims a record harvest of maize, the national staple food, has been harvested this year, despite United Nations forecasts that about 4.5 million people will need food aid to avoid starvation.

In the last two years, the UN has kept up to six million people at a time alive with food aid deliveries after the country's once-abundant agricultural industry was devastated by a campaign of land seizures.

Mugabe's critics say they fear he plans to use food as a political weapon to force starving people to vote for his ruling Zanu-PF party in parliamentary elections scheduled for March next year.

In September, the World Food Programme estimated that 2.5 million of the country's urban population needed famine relief.


- Staff Reporter, Cape Times
Mugabe accused of election torture

President Robert Mugabe's government was accused yesterday of a "widespread, systematic and planned campaign of organised violence and torture to suppress normal democratic activities".
The British charity Redress, which helps torture survivors, gave documented examples of 8,871 human rights violations in 2001-2003 to show that torture incidents were concentrated in election periods, especially the March 2002 presidential elections

Its report quotes estimates that more than 200,000 Zimbabweans have been tortured in recent years. "The most pressing conclusion is the association between serious violations of human rights and elections," it says.

It adds: "With the an nouncement that parliamentary elections will be held in March 2005, addressing the problem of organised torture in Zimbabwe becomes a matter of urgency."

It asks the international community to take steps to forestall torture and other acts of political violence in the election campaign.

The victims have included opposition MPs, trade union leaders, lawyers and ordinary citizens. State agents are blamed for 24% of the incidents and supporters of Mr Mugabe's party, Zanu-PF, for 74%, Redress says.

Its executive director, Kathleen Rose-Sender, said: "This report presents a cool statistical analysis that shows a verifiable pattern of abuse during election periods. This needs to be recognised and, if possible, stopped.

"We hope that South Africa and the Southern African Development Community (SADC) will not ignore the evidence put before it. Regional pressure is always the most effective, coming from neighbouring countries that share culture and values.

"For southern African countries to turn a blind eye in the face of such evidence would be irresponsible, because it damages them all," she said.

The report is backed up by the findings of the African Union's commission on human rights, whose factfinding mission to Zimbabwe led to a condemnation of Mr Mugabe's government unprecedented by an African organisation .

Zimbabwe prevented it being considered at the AU summit last month, but it is expected to be raised at this month's SADC meeting.


- Andrew Meldrum in Pretoria
Tuesday, August 10, 2004
The Guardian

sábado, agosto 07, 2004

PELO DEVER

de resistir e caminhar
pelos destroços da nossa utopia,
eis-nos aqui de novo, acocorados,
aqui onde o tempo pára
e as coisas mudam.

E PARA QUE O NOSSO SONHO RENASÇA

com a levitação do vento e do grão,
eis-nos aqui de novo,
passivos como os espelhos,
no tear da nossa existência.

ESTE SEMPRE SERÁ

O nosso amanhecer.
E a nossa perseverança
é como a da erva daninha
que lentamente desponta na pedra nua."


- Armando Artur, Estrangeiros de nos próprios, Moçambique
Sudan threatens veto on African force



PLANS to send 2,000 African troops to Darfur were in jeopardy yesterday after the Sudanese government said it had not given permission for the force to enter the country.

Sudan’s interior minister, Abdel Rahim Mohamed Hussein, said the Khartoum government reserved the right to veto the proposal, agreed by members of the African Union this week.

Meanwhile, a senior United States senator warned that the international community would have few troops to spare for any military intervention in Darfur if it became necessary.

Sudan has allowed African Union military observers into Darfur and the AU is proposing to send 2,000 armed troops with a mandate to protect the observers as well as serve as a peacekeeping force in the western region.

More than one million people there have been displaced by conflict between black African rebels and the Arab Janjaweed militia.

Mr Hussein said the Addis Ababa-based organisation has not made an official request to send troops.

"This is merely talk propagated by the media and we don’t have anything official about it ... It would be meaningless if it doesn’t obtain our approval," he said.

"We will not agree to the presence of any foreign forces, whatever their nationality," the minister said, using a word for foreign that would not necessarily include Arabs or Africans.

UN peacekeeping experts arrived in the Ethiopian capital yesterday for talks with African Union officials, a spokesman said.

"The UN team is here to assist and reinforce the AU capacity to deploy peacekeeping troops in Darfur," said a spokesman, Adam Thiam. The UN team is expected to leave for Darfur tomorrow to study how best to deploy AU troops there.

In Cairo, the Egyptian foreign minister, Ahmed Aboul Gheit, said the AU Commission chairman, Alpha Oumar Konare, and possibly the UN envoy Jan Pronk, would attend an emergency meeting of Arab foreign ministers on Sudan in Cairo tomorrow.

Egypt hopes the meeting will help the Sudanese government deal with the UN Security Council resolution and alleviate the plight of the displaced people in Darfur, he said.

A UN investigator said yesterday the Sudanese government’s responsibility for large numbers of killings in the Darfur region was "beyond doubt" and it was largely to blame for the humanitarian disaster there.

A Pakistani lawyer, Asma Jahangir, made the accusations in a report for the UN sub-commission on human rights after a visit with a team of experts to western Sudan in June.

Ms Jahangir said she had found "that it is beyond doubt that the government of the Sudan is responsible for extrajudicial and summary executions of large numbers of people over the last several months in the Darfur region".

Mr Hussein said the Sudanese government had armed only "popular defence forces" and not the Janjaweed.

But he added: "It is true that the situation is out of control, but we will make an effort."

Sudan has about three weeks left to show the UN Security Council that it is serious about disarming the Janjaweed or face possible sanctions. The police commissioner in North Darfur has said the disarmament process would begin this week.

With threats of possible military intervention by western countries, Sudanese officials have indicated that Khartoum is ready to discuss any plans the AU develops.

But Richard Lugar, chairman of the United States Senate foreign relations committee, yesterday said many armies were overstretched and could not meet the call for troops if an international force were required for Sudan.


- The Scottsman, Jonathan Wright
Too few and too late - but welcome
AFRICAN TROOPS TO AID IN SUDAN



The crisis in Sudan's Darfur province is so dire that even the smallest glimmer of hope ought to be cheered.

Responding to increasingly urgent international appeals - and direct pressure from the United States and United Nations Secretary General Kofi Annan - two African nations announced they will send a small contingent of troops to Darfur to safeguard emergency supplies to 1.5 million refugees. About 300 troops from Rwanda and Nigeria are to arrive in Darfur next week, and the African Union is considering sending a much larger force of at least 2,000 soon after.

It could be argued that this help is too little and too late - nearly 50,000 black villagers have died in Darfur already from starvation, disease and in murderous raids by Arab militias known as Janjaweed. But at least the African Union finally has stopped hiding behind its thin justification that sending troops to Darfur would violate Sudan's sovereignty.

The goal is not only to guard and help distribute the desperately needed food and medicines the UN is airdropping, but to disarm the militias who have been unhindered by Khartoum's Arab government. Sudan has denied backing the Janjaweed and made a halfhearted offer to send a small police contingent to Darfur, after the UN Security Council approved a resolution that could result in sanctions if Khartoum fails to defuse the crisis. Khartoum says it is willing to cooperate with the African Union forces being dispatched to Darfur, but yesterday thousands of government supporters protested in the capital against foreign intervention.

The African Union should stiffen its resolve to send a much larger peacekeeping force to put a halt to the atrocities that have turned Darfur's crisis into near-genocidal horror. And it must act quickly.


Copyright © 2004, Newsday, Inc.

domingo, agosto 01, 2004

Lua Azul



A Lua

A Lua (dizem os ingleses)
É feita de queijo verde.
Por mais que pense mil vezes
Sempre uma idéia se perde.

E era essa, era, era essa,
Que haveria de salvar
Minha alma da dor da pressa
De... não sei se é desejar.

Sim, todos os meus desejos
São de estar sentir pensando...
A Lua (dizem os ingleses)
É azul de quando em quando.


- Fernando Pessoa