terça-feira, abril 25, 2006

(R/E)volução

Parece que este ano deixaram de insistir na letra (R/E)volução.

O Sr. PAR fez uma pergunta à qual respondo:

- Eu.

Falam em tanta revolução/evolução ou a PQOP, mas no que toca a resolver as questões pendentes: NADA.



Perdem-se no vento nossas insinceras palavras;
tudo que fingimos ser são como péssimas encenações de comédias.
Sorrisos fáceis e falsos são como venenos lançados ao ar, nos intoxicam.
Desejos mesquinhos de poder e controle despertam minha repulsa e ódio.
A vaidade vazia que nada acrescenta é a mais detestável de todas as mentiras.
A riqueza pelo dinheiro é somente felicidade perene e vazia;
vazias e asquerosas são as pessoas que tudo fazem em sua função.
A ambição desmedida que tudo quer, gera fome, miséria e desespero.
Toda vulgaridade dos que se vendem muito barato.
É desagradável o cheiro da politicagem que emanam as instituições.
Homens robotizados diariamente embarcam em imensos navios negreiros;
Ei! Não sou, nem serei um número de série a mais em seu inventário.
Diariamente morte, guerra e caos só porquê boas notícias não vendem jornal.
Compre, tenha, ligue agora! Desgraçados!
A buzina dos carros, a fumaça, os assaltos, o pivete, o travesti na esquina, a sirene da ambulância, o mendigo, as latas de lixo.
Não há mais espaço para inocência.
A traição é a moeda corrente.
Finalmente os olhos aprenderam a mentir.
Malditos!
Tais como insetos repugnantes,
segue a raça humana aniquilando a tudo e a si mesma.


- Carlos Sant'Anna, Malditos!