Freitas fez mea culpa sobre desempenho do Governo
O CDS-PP considerou esta terça-feira que o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Freitas do Amaral, fez um mea culpa sobre o desempenho do Governo, ao apontar falhas do Executivo na comunicação das medidas de austeridade.
«Parece-me um mea culpa de um destacado governante relativamente ao desempenho de um Governo do qual faz parte e que, nesta exacta medida, critica publicamente», declarou o líder parlamentar do CDS/PP, Nuno Melo, à agência Lusa, no Parlamento.
Num excerto de uma entrevista que será publicada quarta-feira no Diário de Notícias, o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros afirma que o Governo foi ineficaz a explicar ao país as medidas de contenção das contas públicas.
Freitas do Amaral, o número três da hierarquia do executivo, critica ainda a opção do primeiro-ministro, José Sócrates, de ter prometido, antes das eleições, não aumentar os impostos, referindo que o desejável era que em campanha eleitoral não houvesse declarações sobre matéria fiscal.
Embora ressalvando que «importa conhecer a entrevista na totalidade», o líder parlamentar do CDS/PP considerou ainda «inusitadas» e «extraordinárias» as declarações do ministro Freitas do Amaral e contestou a ideia de que os candidatos a primeiro-ministro não se devem comprometer quanto a alterações aos impostos.
«As questões económicas são fundamentais da vida política de qualquer país e não se percebe como alguém pode propor-se governar esse país sem explicar a sua opinião sobre essa matéria e dizer o que vai fazer», criticou, argumentando que nenhum eleitor aceitaria passar «um cheque em branco» e votar sem conhecer as intenções dos partidos.
«Quando se ganha uma maioria absoluta na base de promessas feitas e de um compromisso assumido com os portugueses e depois na governação se faz exactamente o contrário, não há nenhuma política de comunicação que valha», acrescentou Nuno Melo.
- Diário Digital / Lusa
«Parece-me um mea culpa de um destacado governante relativamente ao desempenho de um Governo do qual faz parte e que, nesta exacta medida, critica publicamente», declarou o líder parlamentar do CDS/PP, Nuno Melo, à agência Lusa, no Parlamento.
Num excerto de uma entrevista que será publicada quarta-feira no Diário de Notícias, o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros afirma que o Governo foi ineficaz a explicar ao país as medidas de contenção das contas públicas.
Freitas do Amaral, o número três da hierarquia do executivo, critica ainda a opção do primeiro-ministro, José Sócrates, de ter prometido, antes das eleições, não aumentar os impostos, referindo que o desejável era que em campanha eleitoral não houvesse declarações sobre matéria fiscal.
Embora ressalvando que «importa conhecer a entrevista na totalidade», o líder parlamentar do CDS/PP considerou ainda «inusitadas» e «extraordinárias» as declarações do ministro Freitas do Amaral e contestou a ideia de que os candidatos a primeiro-ministro não se devem comprometer quanto a alterações aos impostos.
«As questões económicas são fundamentais da vida política de qualquer país e não se percebe como alguém pode propor-se governar esse país sem explicar a sua opinião sobre essa matéria e dizer o que vai fazer», criticou, argumentando que nenhum eleitor aceitaria passar «um cheque em branco» e votar sem conhecer as intenções dos partidos.
«Quando se ganha uma maioria absoluta na base de promessas feitas e de um compromisso assumido com os portugueses e depois na governação se faz exactamente o contrário, não há nenhuma política de comunicação que valha», acrescentou Nuno Melo.
- Diário Digital / Lusa