terça-feira, novembro 30, 2004

Epílogo

O Presidente da República decidiu-se pela dissolução do Parlamento.

Convoca eleições legislativas antecipadas.

Pedro Santana Lopes, enquanto Primeiro-Ministro de Portugal, não deixa quaisquer saudades.

Uma palavra de elogio aos membros do CDS-PP no Governo, que se pautaram por uma postura e conduta correcta perante as funções que lhes foram destinadas na condução das respectivos pelouros, e na tentativa de credibilização das funções de Estado e de Governo.

Uma palavra, em particular, ao Grupo Parlamentar do CDS-PP, e ao seu líder Nuno Melo, que desempenhou o seu mandato com dinamismo, e postura de Estado, sem deixar de dialogar, ou de defender os interesses do Partido que representa.

Ao Partido: temos uma nova etapa pela frente, que por certo estaremos à altura de enfrentar.

domingo, novembro 28, 2004

Mais um Aviso à Navegação!!

Henrique Chaves demite-se

O Ministro do Desporto, Juventude e Reabilitação, Henrique Chaves, anunciou hoje a sua demissão do Governo, menos de uma semana após ter assumido o cargo, acusando o primeiro-ministro de falta de "lealdade e verdade".

O PMF já disse, quase, tudo!

Aguardam-se os próximos episódios.
Aviso à Navegação!

Cavaco Consuma Ruptura com Santana

(..)"Penso que é chegado o momento de difundir na sociedade portuguesa um grito de alarme sobre as consequências da tendência para a degradação da qualidade dos agentes políticos, de modo a que os portugueses adoptem uma atitude mais participativa e exigente nas suas escolhas eleitorais e as elites profissionais acordem e saiam da posição, aparentemente incómoda, de críticos da mediocridade dos políticos e das suas decisões e aceitem contribuir para a regeneração da actividade política", escreve. Segundo o ex-primeiro-ministro, "o afastamento das elites profissionais da vida político-partidária (...) favorece os comportamentos políticos em função de interesses particulares ou partidários, em lugar do interesse nacional", afirma, criticando os aparelhos partidários "que não olham a meios para garantir a sua sobrevivência nas esferas do poder". Cavaco propõe medidas, como "promover debates sérios sobre as políticas públicas e ter a coragem de aumentar a remuneração dos agentes políticos, por forma a atrair quadros de valor e que vivem dos rendimentos do trabalho". (..)

sábado, novembro 27, 2004

Reflexão



"O Homem por pensar ansiosamente no futuro, esquece o presente, de tal forma que acaba por nem viver no presente nem no futuro.
Vive como se nunca fosse morrer e morre como se não tivesse vivido..."


- Confúcio
Poesia



Não sei quantas almas tenho.
Cada momento mudei.
Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem acabei.
De tanto ser, só tenho alma.
Quem tem alma não tem calma.
Quem vê é só o que vê,
Quem sente não é quem é,
Atento ao que sou e vejo,
Torno-me eles e não eu.
Cada meu sonho ou desejo
É do que nasce e não meu.
Sou minha própria paisagem;
Assisto à minha passagem,
Diverso, móbil e só,
Não sei sentir-me onde estou.

Por isso, alheio, vou lendo
Como páginas, meu ser.
O que segue não prevendo,
O que passou a esquecer.
Noto à margem do que li
O que julguei que senti.
Releio e digo : "Fui eu ?"
Deus sabe, porque o escreveu.


- A. Caeiro

sexta-feira, novembro 26, 2004

O Homem da Laranja


Cortesia de Rui Pimentel

Certo dia apareceu numa pequena vila algarvia um homem de aspecto duvidoso.
Perguntava se sabiam fazer uma laranja, mas era uma pergunta que deixava as pessoas um pouco confusas. Mais tarde acrescentou que as pessoas e as laranjas vinham de longe, de tão longe que parecia perto.
À procura da teoria da «lonjura», andou o agricultor fazendo vigia ao pomar, dia e noite, mas a teoria da «lonjura» era uma profundidade abstracta...


- Francisco Santos

quarta-feira, novembro 24, 2004

Cantiga

No xardín unha noite sentada
ó refrexo do branco luar,
unha nena choraba sen trégolas
os desdés dun ingrato galán.
I a coitada entre queixas decía:
"Xa no mundo ninguén;
vou morrer e non ven os meus ollos
os olliños do meu doce ben".

Os seus ecos de malenconia
camiñaban nas alas do vento,
i o lamento
repetía:
"¡Vou morrer e non ven ven o meu ben"!.

Lonxe dela, de pe sobre a popa
dun aleve negreiro vapor,
emigrado, camiño de América,
vai o probe, infelís amador.

I ó mirar as xentís anduriñas
cara a terra que deixa cruzar:
"¡Quén pudera dar volta -pensaba-,
quén pudera con vosco voar! ..."

Mais as aves e o buque fuxían
sin ouir seus amargos lamentos;
solo os ventos
repetían:
"¡Quén pudera con vosco voar! ..."

Noites craras, de aromas e lúa,
desde entón ¡qué tristeza en vos hai
prós que viron chorar unha nena,
prós que viron un barco marchar! ...

Dun amor celestial, verdadeiro,
quedou soio, de bágoas a proba,
unha cova
nun outeiro
i on cadávre no fondo do mar.


- Manuel Curros Enriquez
"Pedro e o Lobo"

Era uma vez.. Pedro, L'Enfant Terrible!

Comprometi-me a oferecer pelo Natal ao narciso Pedro, um espelho estilo Rocócó caso este se portasse bem (até já vi um bem, bem à medida!), mas como é uma lástima, não leva presente.

Ao PM há a referir:

O CDS-PP enquanto Partido responsável, que desempenha as suas funções governativas com excelência (exemplos de resultados concretos estão à vista, e são muitos - o CDS-PP trabalha), e que lealmente desempenha o seu papel na Coligação governativa, imprimindo disciplina, unidade, estabilidade e responsabilidade nas funções que foram cometidas.

Continuará, assim, a assumir e a agir da mesma forma coerente e responsável, cumprindo escrupulosamente os seus compromissos para com a Coligação, para com o País e por fim, mas não necessariamente por último, para com o Partido.

Ao líder do PPD-PSD:

Nunca o CDS-PP tomou, toma ou tomará como certa qualquer Coligação/coligação, pré-eleitoral, ou sequer foi intuito andar "à boleia" ou usufruir do epíteto de "canguru" com qualquer força política, nomeadamente, o PPD-PSD - malgrado - liderado por Vexa..

O CDS-PP pode ir a votos per se (posso traduzir para Vexa.: por si mesmo), sem medos, temores ou achaques de qualquer espécie, forma ou feitio.
Com um Projecto, uma ideia e um rumo para as necessidades de Portugal e dos portugueses.

Como diz o ditado:
"Antes sós, que mal acompanhados."

Addenda:
Não perdem pela demora.
Dos Comentários

No Blasfémias, o CAA publicou um Post muito interessante O CASE STUDY BUTTIGLIONE (3).
A área de comentários foi particularmente bem utilizada pelos comentadores, e revelam uma extraordinária capacidade de diálogo entre várias posições!
Davam, por certo, um excelente estudo sociológico e uma 'valente' reflexão filosófica.

Uma das palavras que mais me chamou a atenção foi:
tolerância.

A tolerância implica condescendência; aquela que refere que, a superioridade da posição, possibilita 'deixar passar' por considerar que, a minha é melhor que a tua (Freud não é para aqui chamado! :)
Eu não tolero, eu respeito.

Quando se opta conscientemente de uma forma plena e esclarecida, sem fundamentalismos de qualquer espécie, está tudo no seu 'lugar'.

Já quanto aos fundamentalismos: esses são nefastos, 'peganhentos' e obscuros.
Têm lançado sobre a Humanidade um manto de opressão, de incompreensão e desequilibrio.

Cada qual é como é, e, apenas isso importa. Se assim não fosse, seríamos um produto saído de uma qualquer fábrica ao estilo Orwell!!

Felizmente sou única, e agrada-me saber que cada pessoa também o é.
Em resumo: é importante o respeito pelo 'outro', e não uma qualquer tolerância vazia de essência.
Xô Tôr Besuguinho

Oh, Xô Tôr tem um 'coração' do tamanho de um 'combóio'. Enorme.

Não esqueça de repetir este refrão, todos os dias.

A sua generosidade e sentido de humor, pelo menos a mim, fazem a diferença.
Bem haja!

terça-feira, novembro 23, 2004

quinta-feira, novembro 18, 2004

Importa-se de repetir?

"Concorda com a Carta de Direitos Fundamentais, a regra das votações por maioria qualificada e o novo quadro institucional da União Europeia, nos termos constantes da Constituição para a Europa?"

Desculpe?!
Não percebi, "isto" é um pacote?
Ai é?!!

Então, a resposta é:
NÃO.

quarta-feira, novembro 17, 2004

Novo Link

Língua de Fora

terça-feira, novembro 16, 2004

Para afastar as tristezas..

"Afinal, a melhor maneira de viajar é sentir..."

Afinal, a melhor maneira de viajar é sentir.

Sentir tudo de todas as maneiras.

Sentir tudo excessivamente,

Porque todas as coisas são, em verdade, excessivas

E toda a realidade é um excesso, uma violência,

Uma alucinação extraordianariamente nítida

Que vivemos todos em comum com a fúria das almas,

O centro para onde tendem as estranhas forças centrífugas

Que são as psiques humanas no seu acordo de sentidos.

Quanto mais eu sinta, quanto mais eu sinta como várias pessoas,

quanto mais personalidade eu tiver,

quanto mais intensamente, estridentemente as tiver,

quanto mais simultaneamente sentir com todas elas,

quanto mais unificadamente diverso, dispersadamente atento,

estiver, sentir, viver, for,

mais possuirei a existência total do universo,

mais análogo serei a Deusm, seja ele quem for,

Porque, seja ele quem for, com certeza que é Tudo,

e fora d'Ele há só Ele, e Tudo para Ele é pouco.

Cada alma é uma escada para Deus,

cada alma é um corredor-Universo para Deus,

cada alma é um rio correndo por margens de Externo

para Deus e em deus como um sussurro soturno.

Sursum Corda! Erguei as almas! Toda a Matéria é Espírito ,

Porque Matéria e Espírito são apenas nomes confusos

dados à grande sombra que ensopa o Exterior em sonho

E funde em Noite e Mistério o Universo Excessivo!

Sursum Corda! Na noite acordo, o silêncio é grande,

as coisas, de braços cruzados sobre o peito, reparam

com uma tristeza nobre para os meus olhos abertos

que as vê como vagos vultos noturnos na noite negra.

Sursum Corda! Acordo na noite e sinto-me diverso.

Todo o Mundo com a sua forma visível do costume

jaz no fundo dum poço e faz um ruído confuso,

escuto-o, e no meu coração um grande pasmo soluça.

Sursum Corda! Ó Terra, jardim suspenso, nerço

que embala a Alma dispersa da humanidade sucessiva!

Mãe verde e floria todos os anos recente,

Todos os anos vernal, estival, outonal, hiemal,

Todos os anos celebrando às mancheias as festas de Adônis

Num rito anterior a todas as significações,

num grande culto em tumulto pelas montanhas e vales!

Grande coração pulsando no peito nu dos vulcões,

Grande voz acordando em cataratas e mares,

Grande bacante ébria do Movimento e da Mudança,

Em cio de vegetação e florescência rompendo

Teu próprio corpo de terra e rochas, teu corpo submisso

À tua própria vontade transtornadora e eterna!

Mãe carinhosa e unânime dos ventos, dos mares, dos prados,

Vertiginosa mãe dos vendavais e ciclones,

Mãe caprichosa que faz vegetar e secar,

Que perturba as próprias estações e confunde

num beijo imaterial os sóis e as chuvas e os ventos!

Sursum Corda! Reparo para ti e todo eu sou um hino!

Tudo um mim como um satélite da tua dinâmica íntima

Voltei serpenteando, ficando como um anel

Nevoento, de sensações reminescidas e vagas,

e, torno ao teu vulto interno, túrgido e fervoroso.

Ocupa de toda a tua força e de todo o teu poder quente

Meu coração a ti aberto!

Como uma espada traspassando meu ser erguido e extático,

Intersecciona com meu sangue, com a minha pele e os meus
nervos,

teu movimento contínuo, contíguo a ti própria sempre.

Sou um monte confuso de forças cheias de infinito

tendendo em todas as direções para todos os lados do espaço,

A vida, essa coisa enorme, é que prende tudo e tudo une

E faz com que todas as forças que raivam dentro de mim

Não passem de mim, não quebrem meu ser, não partam meu
corpo,

Não me arremessem, como uma bomba de Espírito que estoira

Em sangue e carne e alma espiritualizados para entre as estrelas,

para além dos sóis de outros sistemas e dos astros remotos.

Tudo o que há dentro de mim tende a voltar a ser tudo,

tudo o que há dentro de mim tende a despejar-me no chão,

no vasto chão supremo que não está em cima nem embaixo

mas sob as estrelas e os sóis, sob as almas e os corpos

por uma oblíqua posse dos nossos sentidos intelectuais.

Sou uma chama ascendendo, mas ascendo para baixo e para
cima.

Ascendo para todos os lados ao mesmo tempo, sou um globo

De chamas explosivas buscando Deus e queimando

A crosta dos meus sentidos, o muro da minha lógica,

a minha inteligência limitadora e gelada.

Sou uma grande máquina movida por grandes correias

de que só vejo a parte que pega nos meus tambores,

o resto vai além dos astros, passa para além dos sóis,

e nunca parece chegar ao tambor donde parte...

Meu corpo é um centro dum volante estupendo e infinito

Em marcha sempre vertiginosamente em torno de si,

cruzando-se em todas as direções com outros volantes,

que se entrepenetram e misturam, porque isto não é no espaço

Mas não sei onde espacial de uma ou outra maneira-Deus.

Dentro de mim estão presos e atados ao chão

todos os movimentos que compõem o universo.

A fúria minuciosa e dos atomos,

a fúria de todas as chamas, a raiva de todos os ventos,

a espuma furiosa de todos os rios, que se precipitam,

A chuva com pedras atiradas de catapultas

de enormes exércitos de anões escondidos no céu.

Sou um formidável dinamismo obrigado ao equilibrio

de estar dentro do meu corpo, de não transbordar da minh'alma.

Ruge, estoira, vence, quebra, estrondeia, sacode,

Freme, treme, espuma, venta, viola, explode,

Perde-te, transcende-te, circunda-te, vive-te, rompe e foge,

Sê com todo o meu corpo todo o universo e a vida,

Arde com todo o meu ser todos os lumes e luzes,

Risca com toda a minha alma todos os relâmpagos e fogos,

Sobrevive-me em minha vida em todas as direções!


- Álvaro de Campos
A Falanginha ou a Franginha.

Condoleeza Rice foi indigitada pelo Presidente dos E.U.A. para Secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros.

Pêsames ao Povo Americano.

Colin Powell foi substituído com a maior celeridade.
Não que lhe faça 'mossa', a este pessoalmente, ou que muito menos lhe sintam a falta - não lhe guardam quaisquer saudades (esse maravilhoso gang).

Quanto à franginha:

muitos defendem que é uma mulher de excepcional capacidade, uma intelectual conceituda.

- Não é por ser mulher que apoie Rice.
Rice, ex-conselheira com poder dado por Cheney - a sua falanginha, continuará a deter o mesmo poder só que, às escâncaras. Pelo menos, esta indigitação veio clarificar e esclarecer a questão.

- A sua "excepcional capacidade", visionada ou visionária de alguns, como se irá constatar na prática, não passam de boas inteções.

- A intelectual conceituada, não é única ou a mais capaz no Partido Republicano.

- O facto de ser negra, não lhe deve retirar ou atribui quaisquer prerrogativas; alguns parecem "acanhar-se" perante este facto: complexos!

Resumindo:
Vem aí Tempest.

Em "homenagem" à figura ímpar indigitada:

The Tempest, Act I, Scene I

ACT I
SCENE I

On a ship at sea: a tempestuous noise
of thunder and lightning heard.

Enter a Master and a Boatswain

Master Boatswain!

Boatswain Here, master: what cheer?

Master Good, speak to the mariners: fall to't, yarely, 5
or we run ourselves aground: bestir, bestir.

Enter Mariners

Boatswain Heigh, my hearts! cheerly, cheerly, my hearts!
yare, yare! Take in the topsail. Tend to the
master's whistle. Blow, till thou burst thy wind,
if room enough!

segunda-feira, novembro 15, 2004

Powell Resigns as Secretary of State



Heads of Agriculture, Education and Energy Also Resign

Secretary of State Colin L. Powell, who has sparred for four years with the more hawkish members of President Bush's war cabinet, announced his resignation today, joining a growing list of departures from the administration's top ranks as Bush heads into a second term.

In a one-page resignation letter dated Friday and released by the White House today, Powell, 67, did not explain his decision, saying only that "the time has come for me to step down as Secretary of State and return to private life." Powell said he was resigning "effective at your pleasure." He went on to praise Bush's leadership.

"I am pleased to have been part of a team that launched the Global War Against Terror, liberated the Afghan and Iraqi people, brought the attention of the world to the problem of proliferation, reaffirmed our alliances, adjusted to the Post-Cold War World and undertook major initiatives to deal with the problem of poverty and disease in the developing world," Powell wrote.

In a briefing at the State Department after the letter was released, Powell said it had always been his intention to serve one term, but that he would stay on "for a number of weeks or a month or two" until his replacement is confirmed by the Senate.

He said the administration's unfinished business in foreign policy includes continuing to pursue the war on terrorism, consolidating gains in Afghanistan and defeating the insurgency in Iraq. In the weeks ahead, Powell said, he plans to keep working to strengthen U.S. alliances and seek solutions to the Iranian and North Korean nuclear programs. He said he has a busy schedule of meetings and foreign trips planned that include work on advancing the Middle East peace process following the death last week of Palestinian leader Yasser Arafat.

Asked what he plans to do when he leaves office, Powell answered, "I don't know."

His departure -- along with the previously announced resignation of Attorney General John D. Ashcroft -- signals a transformation of Bush's national security team.

The resignation of Powell, a 35-year veteran of the Army who rose to become chairman of the Joint Chiefs of Staff, is among four that the White House announced today.

White House spokesman Scott McClellan said the other Cabinet officials resigning include Education Secretary Roderick R. Paige, 71, who informed the president of his wishes last week, Agriculture Secretary Ann M. Veneman, 55, and Energy Secretary Spencer Abraham, 52.

In addition to Ashcroft, Commerce Secretary Donald L. Evans, 58, had earlier announced his resignation.

Administration officials said the departures would be staggered.

The exodus -- including the previously announced departure of Ashcroft, who is in charge of several aspects of the fight against terrorism -- raises questions about whether Bush will have the continuity that his staff has said he wanted.

The administration announced last week that White House counsel Alberto R. Gonzales would replace Ashcroft, becoming the first Hispanic to head the Department of Justice. However, the White House did not immediately announce replacements for Powell or the other departing Cabinet members.

Bush is launching the most ambitious legislative agenda of any of his years in office, and his aides are constantly cognizant of the possibility of having to respond to a terrorist attack.


(Continua)

- Washington Post
Two More Top Officials Resign
After Clashing With Goss's Chief of Staff


The two top officials running the CIA's clandestine service resigned this morning, following a series of clashes with Director Porter J. Goss's chief of staff.

Stephen R. Kappes, the deputy director of operations, and his deputy, Michael Sulick, announced their resignations at a senior staff meeting, according to former CIA officials.

A CIA spokesman declined to comment, but another intelligence official confirmed that the departures had occurred.

Kappes, 53, whose long career included a stint as station chief in Moscow, was President Bush's envoy to Moammar Gaddafi this year. He is credited with helping to convince Gaddafi to renounce weapons of mass destruction and he briefed the president on the meetings.

Sulick, whose career includes overseas assignments in South America, the former Soviet Union and Eastern Europe, headed the agency's counterintelligence center until becoming Kappes's deputy.

Both men are highly regarded by their clandestine service colleagues, said 10 former CIA officials who have worked with them.

A CIA spokesman had no comment on their departure but has described personnel changes as a normal part of a transition between directors.

Goss has said he wanted to make changes in the clandestine service and had criticized it in the past as being "dysfunctional." At the same time, Bush has lauded overseas operators for the work in Afghanistan and in capturing or killing 75 percent of the pre-Sept. 11, 2001, al Qaeda leadership.

Soon after Goss, a former CIA case officer and chairman of the House intelligence committee, took over as director in September, he installed four former Hill aides known for their gruff management style. Three of them were former mid-level CIA officers whom Republican and Democratic colleagues on Capitol Hill said had idiosyncratic views of the agency's problems and never undertook a thorough study of the clandestine service in their roles as congressional overseers.

Kappes's and Sulick's resignations follow a series of confrontations with Goss's new chief of staff, Patrick Murray, the former intelligence committee staff director and a Justice Department official. Sulick complained vigorously to Murray on Nov. 5 about the way he was treating other CIA officials. Murray demanded that Kappes fire Sulick, and Kappes refused.

Also last week, Goss's deputy, John MacLaughlin, retired.

Former CIA director George Tenet appointed Kappes in June to succeeded James Pavitt. Kappes had served as Pavitt's deputy since June 2002. He joined the CIA in 1981 after serving as an officer in the U.S. Marine Corps from 1976 to 1981. He has held a variety of operational and managerial assignments at CIA headquarters and overseas, including the Near East, South Asia and Europe.

He also served as chief of the counterintelligence center and associate deputy director for operations for counterintelligence.


- By Dana Priest, The Washington Post

sábado, novembro 13, 2004

Os Anacletos

"Rapaziada de peso"!
Vale a pena, para uma dose diária de bom-humor!

quarta-feira, novembro 10, 2004

Eleições "made in USA"
- o Regresso do Drácula


É a 'bomba antónia'!
Ou antes, e contra-a-corrente, e politicamente incorrecta, a análise das eleições presidenciais dos EUA.

Em contrário ao defendido pela direita e centro-direita portuguesa (e reconhecendo que fosse esta a posição politicamente correcta a ter), a minha foi, desde 1999, contrária à eleição de G. W. Bush para a Presidência dos EUA, bem assim, como, e ainda mais agora, a sua recondução ao poder.

Em causa não está a eleição do Partido Republicano, pois a ser americana, seria republicana; mas sim, em relação ao candidato escolhido pelo partido, e ao seu "gang" que ocupou o poder, e que será, em princípio, reconduzido.

O inominável Dick Cheney, e a sua falange (falanginha e falangeta!!).
Colin Powell e Donald Rumsfeld são de linhas distintas, que em nada confluem com Cheney.
Cheney é a força por trás do boneco.

Em causa está ainda a eleição, propriamente dita, que nada tem de democrática!
O Presidente deveria ser eleito por voto directo e secreto dos eleitores, e não por um Colégio.
O peso da máquina Estado/estado, num País fundado pelo Liberalismo, deixa muito a desejar relativamente ao espírito e essência que os seus fundadores quiseram imbuir.

Veremos que políticas serão aplicadas, particularmente no âmbito internacional, e quais as consequências que elas terão na cena mundial.

segunda-feira, novembro 08, 2004

Em homenagem ao 2000º comentário
do Tomar Partido


Um líndissimo poema, "surripiado", de Soares dos Passos

O Noivado do Sepulcro

Balada

Vai alta a lua! na mansão da morte
Já meia-noite com vagar soouu;
Que paz tranqüila; dos vaivéns da sorte
Só tem descanso quem ali baixou.

Que paz tranqüila!... mas eis longe, ao longe
Funérea campa com fragor rangeu;
Branco fantasma semelhante a um monge,
Dentre os sepulcros a cabeça ergueu.

Ergueu-se, ergueu-se!... na amplidão celeste
Campeia a lua com sinistra luz;
O vento geme no feral cipreste,
O mocho pia na mormórea cruz.

Ergueu-se, ergueu-se!... com sombrio espanto
Olhou em roda... não achou ninguém...
Por entre as campas, arrastando o manto,
Com lentos passos caminhou além.

Chegando perto duma cruz alçada,
Que entre os ciprestes alvejava ao fim,
Parou, sentou-se com a voz magoada
Os ecos tristes acordou assim:

"Mulher formosa, que adorei na vida,
E que na tumba não cessei de amar,
Por que atraiçoas, desleal, mentida,
O amor eterno que te ouvi jurar?

Amor! engano que na campa finda,
Que a morte despe da ilusão falaz:
Quem dentre os vivos se lembrara ainda
Do pobre morto que na terra jaz?

Abandonado neste chão repousa
Há já três dias, e não vens aqui...
Ai, quão pesada me tem sido a lousa
Sobre este peito que bateu por ti!

Ai qão pesada me tem sido!"e em meio
A fronte exausta lhe pendeu na mão,
E entre soluços arrancou do seio
Fundo suspiro de cruel paixão.

"Talvez que rindo dos prostestos nossos,
Gozes com outro d'infernal prazer;
E o olvido cobrirá meus ossos
Na fria terra sem vingança ter!"

— "Ó nunca, nunca!" de saudade infinita,
Responde um eco suspirando além...
— "Ó nunca, nunca!" repetiu ainda
Formosa virgem que em seus braços tem.

Cobrem-lhe as formas divinais, airosas.
Longas roupagens de nevado cor;
Singela c'roa de virgíneas rosas
Lhe cerca a fronte dum mortal palor.

"Não, não perdeste meu amor jurado:
Vês este peito? reina a morte aqui...
É já sem forças, ai de mim, gelado,
Mas ainda pulsa com amor por ti.

Feliz que pude acompanhar-te ao fundo
Da sepultura, sucumbindo à dor:
Deixei a vida... que importava o mundo,
O mundo em trevas sem a luz do amor?

Saudosa ao longe vês no céu a lua?"
— "Ó vejo sim... recordação fatal"
— Foi à luz dela que jurei ser tua
Durante a vida, e na mansão final.

Ó vem! se nunca te cingi ao peito,
Hoje o sepulcro nos reúne enfim...
Quero o repouso do teu frio leito,
Quero-te unido para sempre a mim!"

E ao som dos pios co cantor funéreo,
E à luz da lua de sinistro alvor,
Junto ao cruzeiro, sepulcral mistério
Foi celebrado, d'infeliz amor.

Quando risonho despontava o dia,
Já desse drama nada havia então,
Mais que uma tumba funeral vazia,
Quebrada a lousa por ignota mão.

Porém mais tarde, quando foi volvido
Das sepulturas o gelado pó,
Dois esqueletos, um ao outro unido,
Foram achados num sepulcro só.


- Soares dos Passos

quarta-feira, novembro 03, 2004

Eleições "Made in USA"

Daqui a 11 dias, análise das Eleições 'Made in USA'; 'until then:
NO COMMENTS.'
Novos Links

A Aba de Heisenberg

A Revolta das Palavras - 'Benvindo à Blogosfera'!