«Presidente angolano não está interessado em realizar eleições»
Afirmam os partidos da oposição, acrescentando que o MPLA é que vai manobrar o assunto por ordem de Eduardo dos Santos
Os Partidos da Oposição Civil (POC) ameaçam realizar campanhas de desobediência civil e manifestações pacíficas para forçar o Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, a marcar a data das segundas eleições gerais no país, soube-se em Luanda de fonte segura. Tudo porque, dizem, “o Presidente não está interessado em realizar eleições”.
As 15 formações que agrupam os POC afirmaram que a decisão deve-se ao facto de Eduardo dos Santos nunca ter abraçado as suas propostas sobre a realização do pleito eleitoral e por as actuais instituições políticas já não terem o respaldo do povo.
Por outro lado, a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA, principal partido da oposição) exigiu que o governo crie condições para a realização das eleições.
Os líderes da UNITA, Isaías Samakuva, e do Partido de Apoio Democrático de Progresso de Angola (PADEPA), Carlos Leitão, reuniram-se ontem em Luanda, tendo analisado as propostas sobre a realização das eleições e a necessidade de uma concertação nacional.
"A UNITA não quer um adiamento eterno das eleições no país e para tal apelou ao governo a criar todas as condições indispensáveis, mormente as materiais, técnicas e humanas para que elas ocorram sem sobressaltos" disse à imprensa o secretário da UNITA para Informação, Adalberto da Costa Júnior.
O dirigente do principal partido da oposição em Angola apelou ainda ao Presidente José Eduardo dos Santos que inicie consultas com os partidos políticos e a sociedade civil sobre as próximas eleições.
A reunião entre os líderes da UNITA e do PADEPA vem na sequência das consultas que têm sido realizadas pela maioria dos partidos políticos da oposição que exigem eleições em 2005, visando concertarem posições.
Por seu turno, o MPLA (partido no poder desde 1975) condiciona a realização de eleições ao registo eleitoral, à aprovação duma nova Lei Constitucional e à nomeação duma Comissão Nacional Eleitoral.
O Presidente Eduardo dos Santos, igualmente líder do MPLA, enviou na semana passada ao Parlamento um memorando do seu partido onde estão detalhados um conjunto de tarefas para a preparação e realização das eleições.
Entretanto, este gesto é considerado por algumas formações políticas como manobras do Presidente para restringir a questão da realização das eleições a nível do Parlamento, onde o MPLA detém a maioria absoluta, em detrimento dos partidos extra-parlamentares e da sociedade civil.
- Not. Lusófonas
Os Partidos da Oposição Civil (POC) ameaçam realizar campanhas de desobediência civil e manifestações pacíficas para forçar o Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, a marcar a data das segundas eleições gerais no país, soube-se em Luanda de fonte segura. Tudo porque, dizem, “o Presidente não está interessado em realizar eleições”.
As 15 formações que agrupam os POC afirmaram que a decisão deve-se ao facto de Eduardo dos Santos nunca ter abraçado as suas propostas sobre a realização do pleito eleitoral e por as actuais instituições políticas já não terem o respaldo do povo.
Por outro lado, a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA, principal partido da oposição) exigiu que o governo crie condições para a realização das eleições.
Os líderes da UNITA, Isaías Samakuva, e do Partido de Apoio Democrático de Progresso de Angola (PADEPA), Carlos Leitão, reuniram-se ontem em Luanda, tendo analisado as propostas sobre a realização das eleições e a necessidade de uma concertação nacional.
"A UNITA não quer um adiamento eterno das eleições no país e para tal apelou ao governo a criar todas as condições indispensáveis, mormente as materiais, técnicas e humanas para que elas ocorram sem sobressaltos" disse à imprensa o secretário da UNITA para Informação, Adalberto da Costa Júnior.
O dirigente do principal partido da oposição em Angola apelou ainda ao Presidente José Eduardo dos Santos que inicie consultas com os partidos políticos e a sociedade civil sobre as próximas eleições.
A reunião entre os líderes da UNITA e do PADEPA vem na sequência das consultas que têm sido realizadas pela maioria dos partidos políticos da oposição que exigem eleições em 2005, visando concertarem posições.
Por seu turno, o MPLA (partido no poder desde 1975) condiciona a realização de eleições ao registo eleitoral, à aprovação duma nova Lei Constitucional e à nomeação duma Comissão Nacional Eleitoral.
O Presidente Eduardo dos Santos, igualmente líder do MPLA, enviou na semana passada ao Parlamento um memorando do seu partido onde estão detalhados um conjunto de tarefas para a preparação e realização das eleições.
Entretanto, este gesto é considerado por algumas formações políticas como manobras do Presidente para restringir a questão da realização das eleições a nível do Parlamento, onde o MPLA detém a maioria absoluta, em detrimento dos partidos extra-parlamentares e da sociedade civil.
- Not. Lusófonas