Representante da Renamo em Portugal, no resto da Europa e EUA renuncia ao cargo
Do Jornal Digital:
Jorge Pereira da Silva demarca-se de Dhlakama
Jorge Pereira da Silva, representante da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) em Portugal, no resto da Europa e nos Estados Unidos da América (EUA) renunciou ao cargo numa carta dirigida ao presidente do maior partido da oposição moçambicana, onde se demarca de Afonso Dhlakama - com que não esconde divergências - e tece duras críticas à força política, noticiou a revista «Tempo» na sua última edição.
«A Renamo está claramente acéfala, dependente da vontade soberana e discricionária do presidente do partido. Nesta estrutura de poder de tipo ‘imperial’ a experiência de democracia interna não existe a não ser como chavão de propaganda. Os negócios confundem-se com actividade política», acusa Jorge Pereira da Silva numa das nove páginas de críticas e sugestões que enviou a Afonso Dhlakama.
Numa «muita longa carta que já há muito lhe devia ter escrito», o militante n/o 1828 daquele partido moçambicano considera que «as últimas eleições autárquicas de Novembro de 2003» foram «um verdadeiro desastre eleitoral» que mediram «o enorme falhanço» das políticas protagonizadas pelo líder da Renamo.
«Esta penalização é, sem dúvida, uma importante mensagem que a liderança da Renamo tem que saber interpretar. Todavia, permita-me que lho diga, não creio que saiba fazer tal interpretação», escreve ainda Pereira da Silva, que tem a sua base no Porto. «A cacofonia dos demagogos e dos infiltrados, a quem o senhor abre escancaradamente a porta, não sara as feridas e as enfermidades do partido, da sociedade e do país, apenas as agravam», acrescenta o moçambicano, membro do partido há quase 20 anos.
Na missiva divulgada pela «Tempo» - que segundo Jorge Pereira da Silva «não tem como objectivo disputar o poder a quem o tem, bem ou mal, mas tão-só contribuir para o debate» - o agora ex-representante do partido em Portugal, no resto da Europa e nos EUA salienta também que «a actual liderança da Renamo tem-se notabilizado pelo disparate e pelas asneiras, como se tem distinguido pela mais absoluta falta de senso político e comum».
Para o mesmo responsável, que acusa Dhlakama de ceder «desde há muito, a certo calculismo dos interesses mais ou menos instalados», «é chegado o momento de reflectir para além das simpatias pessoais, para lá dos ‘negócios’ de ocasião feitos com indivíduos nacionais e estrangeiros».
Jorge Pereira da Silva diz-se ainda convicto que «não se podem misturar amizades pessoais com acção política» e propõe «uma revolução interna de ideias, dos novos conceitos e soluções», lembrando que «o único e legítimo proprietário do partido são os seus militantes e os moçambicanos».
(c) PNN - agencianoticias.com
Jorge Pereira da Silva demarca-se de Dhlakama
Jorge Pereira da Silva, representante da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) em Portugal, no resto da Europa e nos Estados Unidos da América (EUA) renunciou ao cargo numa carta dirigida ao presidente do maior partido da oposição moçambicana, onde se demarca de Afonso Dhlakama - com que não esconde divergências - e tece duras críticas à força política, noticiou a revista «Tempo» na sua última edição.
«A Renamo está claramente acéfala, dependente da vontade soberana e discricionária do presidente do partido. Nesta estrutura de poder de tipo ‘imperial’ a experiência de democracia interna não existe a não ser como chavão de propaganda. Os negócios confundem-se com actividade política», acusa Jorge Pereira da Silva numa das nove páginas de críticas e sugestões que enviou a Afonso Dhlakama.
Numa «muita longa carta que já há muito lhe devia ter escrito», o militante n/o 1828 daquele partido moçambicano considera que «as últimas eleições autárquicas de Novembro de 2003» foram «um verdadeiro desastre eleitoral» que mediram «o enorme falhanço» das políticas protagonizadas pelo líder da Renamo.
«Esta penalização é, sem dúvida, uma importante mensagem que a liderança da Renamo tem que saber interpretar. Todavia, permita-me que lho diga, não creio que saiba fazer tal interpretação», escreve ainda Pereira da Silva, que tem a sua base no Porto. «A cacofonia dos demagogos e dos infiltrados, a quem o senhor abre escancaradamente a porta, não sara as feridas e as enfermidades do partido, da sociedade e do país, apenas as agravam», acrescenta o moçambicano, membro do partido há quase 20 anos.
Na missiva divulgada pela «Tempo» - que segundo Jorge Pereira da Silva «não tem como objectivo disputar o poder a quem o tem, bem ou mal, mas tão-só contribuir para o debate» - o agora ex-representante do partido em Portugal, no resto da Europa e nos EUA salienta também que «a actual liderança da Renamo tem-se notabilizado pelo disparate e pelas asneiras, como se tem distinguido pela mais absoluta falta de senso político e comum».
Para o mesmo responsável, que acusa Dhlakama de ceder «desde há muito, a certo calculismo dos interesses mais ou menos instalados», «é chegado o momento de reflectir para além das simpatias pessoais, para lá dos ‘negócios’ de ocasião feitos com indivíduos nacionais e estrangeiros».
Jorge Pereira da Silva diz-se ainda convicto que «não se podem misturar amizades pessoais com acção política» e propõe «uma revolução interna de ideias, dos novos conceitos e soluções», lembrando que «o único e legítimo proprietário do partido são os seus militantes e os moçambicanos».
(c) PNN - agencianoticias.com