quarta-feira, outubro 19, 2005

Fénix

Renasce a Fénix das cinzas da vontade,
Renasce dos seus ossos, da medula,
Que mais que pó é cinza, é quase nada,
A vontade ao contrário é quase tudo.
De madeiras de sândalo e perfumes
Fez a Fénix seu ninho à Alvorada,
O Sol o incendiou e se fez fumo
E dessas cinzas reemergiu plumada.
Imolou-se no fogo porque pura,
Nos destroços da lenha a falsidade
E a mentira que do perfume surde:
De tudo se despiu - de Galaad
O ferro ergueu, e o nó cego e obscuro
Tomou enfim o brilho da Verdade.

- Jorge G.