segunda-feira, fevereiro 28, 2005

Já faltam palavras..

para descrever a postura e o comportamento de Pedro Santana Lopes.

É inominável; só mesmo o recurso ao calão e a má-educação, poderão surtir os efeitos desejados.

Diariamente, se auto-desculpabiliza; se desvincula de tudo o que fez, e 'mandou' fazer.

Pessoalmente, considero que PSL quer 'exterminar' o PSD.
Colocar o partido em tal posição que, já não restará um mínimo de credibilidade.
Ousaria sugerir aos militantes e dirigentes do PSD para porém cobro, de uma vez por todas, aos desmandos de PSL, sob eminência de não restar mais partido.

É especialidade de PSL, por onde passa, destruir tudo à volta.

A Cavaco, Pacheco e a todos que «não tiveram bom comportamento». Veiga acusa Santana

O PSD perdeu as eleições legislativas, trocaram-se acusações e apontaram-se culpados e nem a demissão de Santana Lopes parece ter acalmado os ânimos. As críticas sucedem-se, Santana promete não desaparecer, não há consenso sobre o modo de eleição do próximo líder e o partido continua à procura de uma terceira via que possa ser alternativa a Marques Mendes e Luís Filipe Menezes.

Esta segunda-feira o líder da bancada parlamentar do PSD, Guilherme Silva, em entrevista ao jornal A Capital a considerou «incompreensíveis» as atitudes de Cavaco Silva durante a campanha eleitoral. E disse mesmo ter reagido «com algum choque» em relação ao episódio dos cartazes: «Acho que os timings não foram felizes e permitiram leituras menos boas para o PSD».

Uma farpa para Cavaco e a seguir mais farpas para «alguns militantes do PSD, com superiores responsabilidades», que não tiveram um melhor comportamento, e «não podem sacudir a água capote».

Estas declarações surgem depois de Santana Lopes ter pedido ao Conselho de Jurisdição do PSD que avaliasse o comportamento dos militantes «que atacaram o partido durante a campanha» ou «que se puseram à margem» e de o presidente da distrital de Aveiro ter pedido a expulsão de Pacheco Pereira por «certas posições» durante a campanha eleitoral que «não foram dignas».

As reacções não se fizeram esperar. O pedido do presidente da distrital de Aveiro não teve apoios e Miguel Veiga, um dos alvos da crítica de Santana Lopes, em declarações ao Diário Económico, veio dizer que o Conselho de Jurisdição «teria era que avaliar os danos e os prejuízos que ele e a sua liderança causaram, muitos deles irreparáveis».

E Veiga continua: «Disse-lhe na cara que ele não tinha o mínimo de qualidades para liderar o partido. Disse-lhe na cara que ele não tinha o mínimo de qualidades para ser primeiro-ministro. Durante a governação - que foi um tratado de tudo o que não se deve fazer - critiquei. No início da campanha calei-me. Só um imbecil é que poderia imaginar que eu pudesse apoiar Santana Lopes depois de tudo o que tinha dito».
(É assim mesmo.)

Quanto a Santana, continua a alimentar o tabu, ou seja, a não dizer o que vai fazer no futuro: a câmara de Lisboa, o Parlamento ou até candidatar-se à presidência da República. Para já diz que quer «descansar um pouco». Mas um ano é muito, até porque, explica, «nunca fui capaz de fazer férias tão grandes».

Enquanto isso, Manuela Ferreira Leite continua a ser pressionada para protagonizar uma terceira via à liderança do PSD. Marques Mendes e Menezes não convencem muitos sociais-democratas e os cavaquistas olham para Ferreira Leite como potenciadora de uma candidatura de Cavaco às presidenciais.

Recorde-se que logo na noite eleitoral, António Borges, ex-vice-governador do Banco de Portugal e outro dos críticos de Santana no PSD, afastou a possibilidade de avançar com uma candidatura à liderança do PSD, considerando que não tem «nem curriculum, nem experiência» para conduzir o partido. O economista elegeu Manuela Ferreira Leite como a «candidata ideal» para disputar a Santana Lopes a presidência do partido, sublinhando que «é preciso uma revolução» dentro do PSD.

O debate continua no PSD. As críticas também.


- Portugal Diário