Tributo a um Homem de Carácter
José Pacheco Pereira tomou, hoje, a atitude de um Homem de Carácter.
Ainda há pessoas desta envergadura.
Sinceros respeitos.
Não me calo, por mais que, com o dedo
Tocando a boca ou fronte levemente,
Silêncio avises ou ameaces medo,
Não há-de haver um 'spírito valente?
O que se diz sempre se sentirá,
E nunca se dirá o que se sente?
Sem medo hoje que livre ofender vá,
Pode falar o engenho, confiado
Em que mor força o não ameaçará.
Em outras eras pôde ser pecado
Severo estudo, e a verdade nua;
E rompe o silêncio o bem falado.
Pois saiba quem o nega, ou o insinua,
Que língua a verdade é de Deus severo,
E que nunca foi muda a língua sua.
José Pacheco Pereira tomou, hoje, a atitude de um Homem de Carácter.
Ainda há pessoas desta envergadura.
Sinceros respeitos.
Não me calo, por mais que, com o dedo
Tocando a boca ou fronte levemente,
Silêncio avises ou ameaces medo,
Não há-de haver um 'spírito valente?
O que se diz sempre se sentirá,
E nunca se dirá o que se sente?
Sem medo hoje que livre ofender vá,
Pode falar o engenho, confiado
Em que mor força o não ameaçará.
Em outras eras pôde ser pecado
Severo estudo, e a verdade nua;
E rompe o silêncio o bem falado.
Pois saiba quem o nega, ou o insinua,
Que língua a verdade é de Deus severo,
E que nunca foi muda a língua sua.