Do Alcance do Objectivo
A Juventude é um factor de irritação que leva à "Descoberta"!
A Humildade é um factor interior que leva à consagração e consolidação da Experiência.
Da igualização das distinções
Tzu-Ch'i, um homem de Nan Kuo, estava encostado a um tamborete, ausente, sem respirar e de olhar pasmado fixo no céu. Parecia ter-lhe morrido uma companhia querida ou nele ter-se perdido a ligação do espírito com o corpo.
Yen Ch'eng Tzu-Yu que para o servir esperava à frente dele, exclamou "Como podeis transformar o corpo numa árvore seca e o espírito em cinzas mortas?
O homem que agora está encostado no tamborete não é o mesmo de há instantes atrás!"
"A pergunta é boa, Yen" - disse Tzu-Ch'i.
"Naquele momento perdi-me de mim. Compreendes? Talvez conheças a música dos homens, mas não a música da terra. Ou se ouviste a música da terra, não escutaste a música do céu! "
"Posso perguntar-vos o que isso significa?", disse Tzu-Yu.
Tzü Ch'i disse," Quando a terra respira, o sopro chama-se vento. Há alturas em que o vento não se levanta, mas quando o faz, dez mil aberturas desatam a gritar. Nunca ouviste o ulular do vento a sair? Nas florestas agitadas das montanhas, há árvores enormes com cem palmos de periferia, com buracos e aberturas como os do nariz, da boca, das orelhas, dos cântaros, das chávenas ou dos almofarizes, como gretas ou como sulcos. Roncam como o mar, zunem como setas, guincham, arfam, bradam, fungam, gemem, gritam, aqueles que vão adiante a chamar Eh!Eh! e os que vão atrás a responder Uh! Uh!, calmamente se o vento é ligeiro, ou num coro colossal se há tempestade. A fúria do vento passa e todos os buracos ficam outra vez sem som. Nunca reparaste como a música da terra se desvanece lentamente?
Tzü Yu disse, "A música da terra aparece desses buracos todos, e a dos homens de flautas de cana de bambu.
Posso pedir-vos para falar da música do Céu?"
Tzü Ch'i disse, "É o soprar das dez mil coisas, todas diferentes com cada uma a realizar-se por si mesma e decidindo por si. Mas o que é que provoca esse som?"
O grande saber é englobante e generoso, o pequeno saber é limitado e interesseiro. O grande discurso é claro e resplandece, o discurso menor é acre, e inclinado a discutir.
A dormir o espírito dos homens vagueia; acordados o corpo apressa-se.
A participação nos contactos humanos engendra acções oblíquas e o empenho numa luta quotidiana; surgem então indecisões, dissimulações e pensamentos reservados. Apreensões menores criam inquietude e agitação. Grandes apreensões engendram inércia e preguiça.
Em acção os homens, visam os outros como a flecha saída do arco, falando do correcto e incorrecto que julgam dominar, para depois se imobilizarem nas suas posições como conjurados seguros de conseguir vitória. Assim se enfraquecem todos os dias, como estes no Outono e Inverno.
Sufocam nos seus afazeres ensombrando-se como se estivessem fechados a lacre, as suas mentes caminham para a morte, e não há maneira de os trazer de volta para a luz do sol.
- Lao Tze
A Humildade é um factor interior que leva à consagração e consolidação da Experiência.
Da igualização das distinções
Tzu-Ch'i, um homem de Nan Kuo, estava encostado a um tamborete, ausente, sem respirar e de olhar pasmado fixo no céu. Parecia ter-lhe morrido uma companhia querida ou nele ter-se perdido a ligação do espírito com o corpo.
Yen Ch'eng Tzu-Yu que para o servir esperava à frente dele, exclamou "Como podeis transformar o corpo numa árvore seca e o espírito em cinzas mortas?
O homem que agora está encostado no tamborete não é o mesmo de há instantes atrás!"
"A pergunta é boa, Yen" - disse Tzu-Ch'i.
"Naquele momento perdi-me de mim. Compreendes? Talvez conheças a música dos homens, mas não a música da terra. Ou se ouviste a música da terra, não escutaste a música do céu! "
"Posso perguntar-vos o que isso significa?", disse Tzu-Yu.
Tzü Ch'i disse," Quando a terra respira, o sopro chama-se vento. Há alturas em que o vento não se levanta, mas quando o faz, dez mil aberturas desatam a gritar. Nunca ouviste o ulular do vento a sair? Nas florestas agitadas das montanhas, há árvores enormes com cem palmos de periferia, com buracos e aberturas como os do nariz, da boca, das orelhas, dos cântaros, das chávenas ou dos almofarizes, como gretas ou como sulcos. Roncam como o mar, zunem como setas, guincham, arfam, bradam, fungam, gemem, gritam, aqueles que vão adiante a chamar Eh!Eh! e os que vão atrás a responder Uh! Uh!, calmamente se o vento é ligeiro, ou num coro colossal se há tempestade. A fúria do vento passa e todos os buracos ficam outra vez sem som. Nunca reparaste como a música da terra se desvanece lentamente?
Tzü Yu disse, "A música da terra aparece desses buracos todos, e a dos homens de flautas de cana de bambu.
Posso pedir-vos para falar da música do Céu?"
Tzü Ch'i disse, "É o soprar das dez mil coisas, todas diferentes com cada uma a realizar-se por si mesma e decidindo por si. Mas o que é que provoca esse som?"
O grande saber é englobante e generoso, o pequeno saber é limitado e interesseiro. O grande discurso é claro e resplandece, o discurso menor é acre, e inclinado a discutir.
A dormir o espírito dos homens vagueia; acordados o corpo apressa-se.
A participação nos contactos humanos engendra acções oblíquas e o empenho numa luta quotidiana; surgem então indecisões, dissimulações e pensamentos reservados. Apreensões menores criam inquietude e agitação. Grandes apreensões engendram inércia e preguiça.
Em acção os homens, visam os outros como a flecha saída do arco, falando do correcto e incorrecto que julgam dominar, para depois se imobilizarem nas suas posições como conjurados seguros de conseguir vitória. Assim se enfraquecem todos os dias, como estes no Outono e Inverno.
Sufocam nos seus afazeres ensombrando-se como se estivessem fechados a lacre, as suas mentes caminham para a morte, e não há maneira de os trazer de volta para a luz do sol.
- Lao Tze