segunda-feira, abril 13, 2009

Como na vida, assim na morte

Este ano, a Páscoa foi mesmo Páscoa.

Sucederam-se os milagres, e o Espírito esteve sempre presente.

Deixo como exemplo de Vida, um exemplo de Amor, a passagem nesta Época de uma Prima.

A minha Prima, era carinhosa, doce, meiga e amorosa com todas as pessoas.
Nos últimos 8 anos defrontou-se com um cancro que ao chegar ao fígado, levou-a.
Os médicos consideram a sua longevidade um milagre.
Eu, direi que para além de um milagre, foi um acto de Amor.
Lutou por ficar; por ficar com aqueles que amava, e que a amavam.
Um acto de Amor por todos aqueles que a amavam, e depositavam nela os seus afectos, as suas esperanças.
Desde a sua Mãe, ao seu marido, filhos e netos; mas também, demais familiares e amigos.

A Ana morreu.

E morreu doce. Doce e meiga para com os seus.
Doce e meiga, como sempre viveu.

Passou.
Passou com um sorriso no rosto, como a dizer:
não tenhais medo.
Vivei.
E quando chegar o vosso momento, alegrai-vos, pois não mais sentireis dor.
Estou a ver um Mundo tão belo.

Correu-lhe uma lágrima de amor, e partiu.

Eu olhei em torno, procurando-O.
Ele não estava na Cruz.
Dirigi-me ao templo do ídolo, ao antigo pagode; nenhum sinal Dele era visível ali.
Fui então para a Caaba; Ele não se achava naquele refúgio de velhos e jovens. Perguntei a Ibn Sina do Seu estado; Ele não se achava ao alcance de Ibn Sina.
Olhei para o meu próprio coração.
Aí eu O vi. Ele não estava em nenhum outro lugar.


- Rumi