Para Conservador, não lhe cai nada mal o Liberalismo!
O MEDO
Fala-se de medo nos dias que correm na Pátria. Medo de escrever em blogues, medo de financiar estudos, medo de falar de assuntos quentes na comunicação social, agora também medo de Directores Regionais de Educação. Funcionam um pouco por todo o lado os mecanismos invisíveis de coacção. De pessoas que escrevem nos blogues, de empresas que financiam estudos contrários às posições do Governo, de jornais que simpaticamente prescindem de jornalistas incómodos, e alguns visíveis como processos disciplinares.
(...)
Especialmente no que toca aos empresários, o medo de se saber que pagaram um simples estudo, que por ironia dos Deuses se vem a saber agora que foi combinado com Sócrates, revela apenas que em Portugal continua a não ser possível a economia funcionar sem o Estado. Quando um empresário que arrisca o seu capital precisa do Estado para ter hipóteses de sucesso, é porque não há mercado a sério, propriedade privada a sério, liberdade económica a sério. E esse é, há séculos, quer se queira quer não, o principal factor do atraso económico e social do país.
Mas há que dizer ainda outras duas coisas. Alguns dos chamados grandes empresários portugueses sempre preferiram acoitar-se no amparo dos dinheiros públicos e do encosto com o poder do que experimentar o negócio a sério. Dá mais trabalho certamente. É ver nomeadamente a pouca vergonha que se passou com as chamadas privatizações, que foram devoluções e não privatizações, com concursos públicos de fachada em muitos casos, com resultado pré-decidido.
(...)
- JF
Fala-se de medo nos dias que correm na Pátria. Medo de escrever em blogues, medo de financiar estudos, medo de falar de assuntos quentes na comunicação social, agora também medo de Directores Regionais de Educação. Funcionam um pouco por todo o lado os mecanismos invisíveis de coacção. De pessoas que escrevem nos blogues, de empresas que financiam estudos contrários às posições do Governo, de jornais que simpaticamente prescindem de jornalistas incómodos, e alguns visíveis como processos disciplinares.
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Especialmente no que toca aos empresários, o medo de se saber que pagaram um simples estudo, que por ironia dos Deuses se vem a saber agora que foi combinado com Sócrates, revela apenas que em Portugal continua a não ser possível a economia funcionar sem o Estado. Quando um empresário que arrisca o seu capital precisa do Estado para ter hipóteses de sucesso, é porque não há mercado a sério, propriedade privada a sério, liberdade económica a sério. E esse é, há séculos, quer se queira quer não, o principal factor do atraso económico e social do país.
Mas há que dizer ainda outras duas coisas. Alguns dos chamados grandes empresários portugueses sempre preferiram acoitar-se no amparo dos dinheiros públicos e do encosto com o poder do que experimentar o negócio a sério. Dá mais trabalho certamente. É ver nomeadamente a pouca vergonha que se passou com as chamadas privatizações, que foram devoluções e não privatizações, com concursos públicos de fachada em muitos casos, com resultado pré-decidido.
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- JF