quinta-feira, abril 19, 2007

Galp, Partex e Petrobras vão explorar petróleo em Peniche

Um consórcio liderado pela brasileira Petrobrás e participado pelas empresas portuguesas Galp e Partex deverá assinar em Maio com o Estado português o contrato para a pesquisa e exploração de petróleo em quatro blocos na costa portuguesa, mais concretamente na bacia de Peniche, avança o Diário de Notícias (DN) de quinta-feira.



Nos primeiros oito anos da concessão, o investimento poderá atingir os 400 milhões de euros, implicando este valor as primeiras perfurações obrigatórias em cada bloco, segundo fontes ligadas ao projecto.
Esta verba, a somar aos 300 milhões de euros que o consórcio liderado pela australiana Hardman Resources poderá investir na Costa Vicentina, representará um investimento total até 700 milhões para a prospecção e pesquisa de hidrocarbonetos em Portugal.

De acordo com declarações do director-geral de Geologia e Energia, Miguel Barreto, ao DN, na altura da assinatura do contrato com aquele consórcio, em Fevereiro, para cada bloco estão previstos dois furos obrigatórios e o custo de cada um ronda os 50 milhões de dólares (36,81 milhões de euros).

O contrato a assinar com o grupo liderado pela petrolífera brasileira, em que também participam a Galp Energia e Partex, para a Costa Vicentina, será semelhante ao que foi a assinado, em Fevereiro, com o consórcio da Hardman Resources. Ou seja, caso os estudos feitos nos primeiros quatro anos indiciem que vale a pena desenvolver a exploração, as operadoras serão obrigadas a realizar duas perfurações para cada bloco.

O administrador da Galp responsável pela área da exploração petrolífera, Fernando Gomes, já tinha adiantado há cerca de dois meses que o investimento em estudos nos quatro primeiros anos deveria rondar os 26 milhões de euros. A isto soma-se o custo por furo em águas profundas, onde estão localizados os quatros blocos do consórcio, ou seja, cerca de 300 milhões de euros.

Se houver petróleo com valor comercial, o Estado terá direito a 7% da receita por barril de crude produzido.

Ainda de acordo com o contrato, as companhias terão de pagar rendas de superfície sobre a área ocupada, uma taxa pela transferência de tecnologia e o respectivo IRC sobre os lucros, além dos respectivos impostos municipais.

- Diário Digital


Partex