Governo vende caças F-16 e fragatas para encaixar 290 M€
O Governo vai colocar à venda nos próximos anos equipamento das Forças Armadas, entre o qual 12 dos actuais 40 caças F-16 e duas fragatas da Marinha, esperando arrecadar 290 milhões de euros com a alienação.
A lista de equipamentos a alienar, inscrita na proposta de revisão da Lei de Programação Militar (LPM) que hoje será aprovada em Conselho de Ministros, inclui ainda 10 helicópteros Puma e 18 Alouette III, disse o ministro da Defesa, Luís Amado.
A receita estimada da venda de património nos primeiros seis anos de vigência da próxima LPM é de 240 milhões de euros, acrescentou.
Já no próximo ano, o Ministério da Defesa prevê arrecadar para os cofres do Estado 30 milhões de euros com a venda de material militar.
Para os anos seguintes prevê-se uma receita de 90 milhões de euros (2008), 80 milhões de euros (2009) e 45 milhões de euros por ano nos últimos dois deste período.
Para já, a Roménia manifestou interesse em adquirir os 10 helicópteros Puma desactivados, cuja conversão para combate a incêndios e outras missões de protecção civil chegou a ser estudada pelo Governo.
O Uruguai manifestou, por seu turno, interesse na compra das fragatas João Belo, tendo havido já contactos entre as autoridades de Lisboa e Montevideu.
«É o exemplo de um cliente que nos pode interessar», afirmou Luís Amado.
Para o ministro da Defesa, a venda de equipamento militar deve- se ao facto de alguns equipamentos já terem sido substituídos (caso dos helicópteros Puma da Força Aérea, «rendidos» pelos EH-101) ou ao «emagrecimento» de outras unidades, caso das duas esquadras de F-16.
Dos 40 caças F-16 que actualmente equipam a Força Aérea (duas esquadras de 20 aviões cada), a proposta de LPM a ser hoje aprovada em Conselho de Ministros prevê a manutenção de apenas 28 (duas esquadras de 14).
Trata-se de um «ajustamento no sistema de forças», como caracterizou Luís Amado.
Mas a alienação tem também por objectivo evitar que os equipamentos militares atinjam o teu termo de vida útil e percam valor de mercado.
«A alienação de património deve ser encarada como uma operação de rotina no processo de reequipamento das Forças Armadas», afirmou, defendendo a necessidade de superar a «falta de experiência» das Forças Armadas nacionais «do lado da venda».
«É bom que se ganhe massa crítica de conhecimento do mercado para não cairmos nos erros do passado», acrescentou.
Na opinião do titular da pasta da Defesa, o facto de as Forças Armadas nacionais estarem desde há uns anos «numa situação difícil em matéria de reequipamento» deve-se, não apenas à coincidência no tempo dos mais dispendiosos programas de reequipamento, mas também à circunstância de se ter deixado esgotar o tempo de vida útil de alguns equipamentos.
A actual criação da capacidade europeia de Defesa, associada ao enraizamento de um mercado de equipamento militar de fabrico europeu, é outra das razões apontadas por Luís Amado para evitar a obsolescência do equipamento militar.
- Diário Digital / Lusa
A ser assim (conforme vem no folheto), parece tratar-se de uma decisão importante e eficaz. Há contudo que ter em conta a necessidade de actualizar o material operacional por forma a não cair, de novo, na "obsolescência" (palavrinha abrasileira...) ou seja, o material obsoleto não é eficiente ou eficaz em estado de necessidade.
No que toca aos caças, esses, são necessários para patrulhar o espaço aéreo, e as fragatas, ou seu equivalente, são necessárias para patrulhar as águas territoriais portuguesas.
Apenas uma nota, ainda bem que existem países interessados na aquisição desse material, designado como obsoleto ou em vias de se transformar...! Esperemos que seja o ganho dos contribuintes portugueses.
A lista de equipamentos a alienar, inscrita na proposta de revisão da Lei de Programação Militar (LPM) que hoje será aprovada em Conselho de Ministros, inclui ainda 10 helicópteros Puma e 18 Alouette III, disse o ministro da Defesa, Luís Amado.
A receita estimada da venda de património nos primeiros seis anos de vigência da próxima LPM é de 240 milhões de euros, acrescentou.
Já no próximo ano, o Ministério da Defesa prevê arrecadar para os cofres do Estado 30 milhões de euros com a venda de material militar.
Para os anos seguintes prevê-se uma receita de 90 milhões de euros (2008), 80 milhões de euros (2009) e 45 milhões de euros por ano nos últimos dois deste período.
Para já, a Roménia manifestou interesse em adquirir os 10 helicópteros Puma desactivados, cuja conversão para combate a incêndios e outras missões de protecção civil chegou a ser estudada pelo Governo.
O Uruguai manifestou, por seu turno, interesse na compra das fragatas João Belo, tendo havido já contactos entre as autoridades de Lisboa e Montevideu.
«É o exemplo de um cliente que nos pode interessar», afirmou Luís Amado.
Para o ministro da Defesa, a venda de equipamento militar deve- se ao facto de alguns equipamentos já terem sido substituídos (caso dos helicópteros Puma da Força Aérea, «rendidos» pelos EH-101) ou ao «emagrecimento» de outras unidades, caso das duas esquadras de F-16.
Dos 40 caças F-16 que actualmente equipam a Força Aérea (duas esquadras de 20 aviões cada), a proposta de LPM a ser hoje aprovada em Conselho de Ministros prevê a manutenção de apenas 28 (duas esquadras de 14).
Trata-se de um «ajustamento no sistema de forças», como caracterizou Luís Amado.
Mas a alienação tem também por objectivo evitar que os equipamentos militares atinjam o teu termo de vida útil e percam valor de mercado.
«A alienação de património deve ser encarada como uma operação de rotina no processo de reequipamento das Forças Armadas», afirmou, defendendo a necessidade de superar a «falta de experiência» das Forças Armadas nacionais «do lado da venda».
«É bom que se ganhe massa crítica de conhecimento do mercado para não cairmos nos erros do passado», acrescentou.
Na opinião do titular da pasta da Defesa, o facto de as Forças Armadas nacionais estarem desde há uns anos «numa situação difícil em matéria de reequipamento» deve-se, não apenas à coincidência no tempo dos mais dispendiosos programas de reequipamento, mas também à circunstância de se ter deixado esgotar o tempo de vida útil de alguns equipamentos.
A actual criação da capacidade europeia de Defesa, associada ao enraizamento de um mercado de equipamento militar de fabrico europeu, é outra das razões apontadas por Luís Amado para evitar a obsolescência do equipamento militar.
- Diário Digital / Lusa
A ser assim (conforme vem no folheto), parece tratar-se de uma decisão importante e eficaz. Há contudo que ter em conta a necessidade de actualizar o material operacional por forma a não cair, de novo, na "obsolescência" (palavrinha abrasileira...) ou seja, o material obsoleto não é eficiente ou eficaz em estado de necessidade.
No que toca aos caças, esses, são necessários para patrulhar o espaço aéreo, e as fragatas, ou seu equivalente, são necessárias para patrulhar as águas territoriais portuguesas.
Apenas uma nota, ainda bem que existem países interessados na aquisição desse material, designado como obsoleto ou em vias de se transformar...! Esperemos que seja o ganho dos contribuintes portugueses.