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Timor: Sidney enviou missão a Lisboa, Portugal não cede comando
A Austrália enviou esta sexta-feira uma missão a Lisboa para discutir o comando das forças em Timor-Leste, mas Portugal reiterou que não aceita subordinar a GNR ao comando de militares estrangeiros, disse hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros português.
«Portugal não aceitou, não aceita nem aceitará nunca que a GNR fique subordinada ao comando operacional de um militar estrangeiro. (...) Tal é a nossa posição e, como posição de princípio, ela é inegociável», disse Freitas do Amaral numa conferência de imprensa em Lisboa.
«Contudo, posso acrescentar-vos que em reunião realizada hoje de manhã neste Ministério, com uma missão australiana enviada para o efeito, ficou bem esclarecida a nossa posição, que não é de modo nenhum contra a Austrália, pois seria a mesmo com qualquer outro país», disse Freitas do Amaral.
A razão, explicou, é uma questão de soberania: «Portugal tem mais de oito séculos e meio de independência nacional e não aceita que forças militares suas sejam comandadas por militares estrangeiros», a menos que se trate da «situação única» de uma força formada e assumida como força da ONU.
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«Enquanto esperávamos (pela assinatura da adenda) ponderámos todas as hipóteses», explicou, referindo nomeadamente a possibilidade de «demorar o envio da GNR», «enviar a força portuguesa para uma localidade próxima e aguardar» ou «mantê-la acantonada até à resolução» do problema.
Todavia, segundo o ministro, chegou-se à conclusão, ainda antes da assinatura da adenda, que «politicamente não era adequado, nem perante a opinião pública portuguesa, nem sobretudo, perante o povo timorense, que aguarda ansiosamente a chegada da GNR (...), adiar ou suspender o envio da GNR e a chegada da GNR a território timorense».
- Diário Digital / Lusa
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