Uma coisa que nunca esperei dizer!
Estou de acordo com PSL quando este requer ao Governador do Banco de Portugal «para que seja promovido "relativamente ao Orçamento do Estado do ano de 2004, a projecção do défice que seria obtido, utilizando os mesmos critérios e métodos a que recorreu a Comissão para estimar o défice de 2005».
Pela primeira vez, e estima-se que pela última, concordo com Pedro Santana Lopes!
Já no que toca há postura de Marques Mendes relativamente a esta questão... é pena, é pena! Olhe que é!
Constâncio conta com "um Governo passivo"
Pedro Santana Lopes entregou ontem ao governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, o requerimento para que seja promovido "relativamente ao Orçamento do Estado do ano de 2004, a projecção do défice que seria obtido, utilizando os mesmos critérios e métodos a que recorreu a Comissão para estimar o défice de 2005."
No requerimento, acompanhado de uma carta pessoal dirigida ao governador, Santana Lopes contesta a forma como a chamada Comissão Constâncio chegou à conclusão do défice para 2005 "Relaciona, como se tivessem a mesma natureza, o valor projectado do défice para 2005 com o valor efectivamente verificado em 2004". Segundo o requerimento, "não existe um défice efectivo de 6,8%, uma vez que o resultado do último exercício orçamental (2004) apresentou um défice de 2,9% do PIB, ou de 5,2% sem as medidas extraordinárias adoptadas". Para Santana, aquela conclusão "compara o que não é comparável: projecção de execução (assumindo tudo o resto igual) com execução de facto."
O ex-primeiro-ministro acusa o grupo coordenado por Constâncio de atribuir "implicitamente, ao Governo um papel de mero observador ou executor mecânico do Orçamento do Estado, ignorando a sua capacidade de intervenção para controlar a despesa ou aumentar a receita". Santana Lopes diz que o "pressuposto de um Governo passivo reflecte-se noutros aspectos das projecções realizadas", tendo a comissão usado "critérios subjectivos" e "discutíveis". Exemplos as cativações. Admitindo querer defender a "reputação" dos membros do seu Governo, Santana diz também na carta a Constâncio que "bastaria a diferença de uma décima para justificar o requerimento."
'vice' irrita santanistas. A entrevista de Eduardo Azevedo Soares na edição de ontem da revista Sábado incendiou os meios santanistas, porque o vice-presidente do PSD afirmou, entre outras coisas, que "Sampaio teve razões para demitir Santana". Rui Gomes da Silva, ex-ministro dos Assuntos Parlamentares, quer saber se Marques Mendes concorda com o que disse o seu 'vice' e já informou o líder parlamentar do PSD, Marques Guedes, de que pretende levar o assunto à reunião do grupo na próxima quinta-feira. "Numa altura em que a opinião pública começa a perceber a mentira que envolve as últimas eleições, estranha-se que seja um vice-presidente do PSD a assumir as posições de um analista político e de um bloguista". Para o deputado, "espera-se agora que o presidente do partido o desautorize, pois sei que esta é uma posição que chocou muita gente."
- DN
Pela primeira vez, e estima-se que pela última, concordo com Pedro Santana Lopes!
Já no que toca há postura de Marques Mendes relativamente a esta questão... é pena, é pena! Olhe que é!
Constâncio conta com "um Governo passivo"
Pedro Santana Lopes entregou ontem ao governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, o requerimento para que seja promovido "relativamente ao Orçamento do Estado do ano de 2004, a projecção do défice que seria obtido, utilizando os mesmos critérios e métodos a que recorreu a Comissão para estimar o défice de 2005."
No requerimento, acompanhado de uma carta pessoal dirigida ao governador, Santana Lopes contesta a forma como a chamada Comissão Constâncio chegou à conclusão do défice para 2005 "Relaciona, como se tivessem a mesma natureza, o valor projectado do défice para 2005 com o valor efectivamente verificado em 2004". Segundo o requerimento, "não existe um défice efectivo de 6,8%, uma vez que o resultado do último exercício orçamental (2004) apresentou um défice de 2,9% do PIB, ou de 5,2% sem as medidas extraordinárias adoptadas". Para Santana, aquela conclusão "compara o que não é comparável: projecção de execução (assumindo tudo o resto igual) com execução de facto."
O ex-primeiro-ministro acusa o grupo coordenado por Constâncio de atribuir "implicitamente, ao Governo um papel de mero observador ou executor mecânico do Orçamento do Estado, ignorando a sua capacidade de intervenção para controlar a despesa ou aumentar a receita". Santana Lopes diz que o "pressuposto de um Governo passivo reflecte-se noutros aspectos das projecções realizadas", tendo a comissão usado "critérios subjectivos" e "discutíveis". Exemplos as cativações. Admitindo querer defender a "reputação" dos membros do seu Governo, Santana diz também na carta a Constâncio que "bastaria a diferença de uma décima para justificar o requerimento."
'vice' irrita santanistas. A entrevista de Eduardo Azevedo Soares na edição de ontem da revista Sábado incendiou os meios santanistas, porque o vice-presidente do PSD afirmou, entre outras coisas, que "Sampaio teve razões para demitir Santana". Rui Gomes da Silva, ex-ministro dos Assuntos Parlamentares, quer saber se Marques Mendes concorda com o que disse o seu 'vice' e já informou o líder parlamentar do PSD, Marques Guedes, de que pretende levar o assunto à reunião do grupo na próxima quinta-feira. "Numa altura em que a opinião pública começa a perceber a mentira que envolve as últimas eleições, estranha-se que seja um vice-presidente do PSD a assumir as posições de um analista político e de um bloguista". Para o deputado, "espera-se agora que o presidente do partido o desautorize, pois sei que esta é uma posição que chocou muita gente."
- DN