quinta-feira, fevereiro 26, 2004

A Paixão do Cristo

Muito tem sido dito, escrito, mas muito, e sobretudo, empolado o filme, de Mel Gibson: The Passion of the Christ.
"You are my friends, and the greatest love a person can have for his friends, is to give his life for them."

Eu diria: "No Greater Love Hath Man Than To Lay Down His Life For Another."

Não vi o filme, completo. Vi apenas alguns trechos, descontextualizados, daí ser um comentário algo falível, e actualizável.
Li os comentários da Causa-Liberal, do CAA - Mata-Mouros, do FJV - Aviz, do Nuno - Rua.

Todas são interpretações, análises, 'visões' de um mesmo filme.
Será de facto católicos contra judeus, etc et al? Não pode ser verdadeiramente. O sacríficio de alguém para, pelo exemplo, ensinar princípios fundamentais para uma maior espiritualização do seu semelhante, não é exclusivo de Jesus Cristo. É comum a muitas outras 'figuras emblemáticas' de outras religiões. Daí que a questão não seja QUEM, mas sim PORQUÊ. Esta é a visão de Mel Gibson, profunda, violenta, arrebatada, uma autêntica expurga. A leitura de um homem em relação ao seu mundo, ao significado, conteúdo e essência da sua fé.

Cada pessoa tem que percorrer o seu próprio caminho e avaliar por si o significado da Vida. Este é o de Mel Gibson.
O aproveitamento para extrapolar posições e ataques, parece-me excessivo. As coisas têm o valor que lhes quisermos atribuir.

Quanto à pretensão de ser um ataque ostensivo aos Judeus, e um incitamento à violência contra os Judeus, não considero ser claro esse incitamento, poderão existir desiquilibrados que tomem este filme, como aliás qualquer outro filme, como incitamento! Não tem que ser necessariamente este, um qualquer serve; as pessoas que têm tal disposição, não necessitam de muito para agir com violência, seja contra Judeus, seja contra Católicos, Protestantes, Muçulmanos, etc, etc.

A violência gera violência. E, o Amor gera Amor.
Piegas? Mas, verdadeiro.