Advogados ofereceram aprovação do Freeport em 90 dias
Um escritório de advogados preparou um memorando para enviar à empresa Freeport, em Inglaterra, no qual eram pedidos cerca de quatro milhões de libras para que o projecto do outlet, em Alcochete, fosse viabilizado. O documento, a que o_DN teve acesso, data de 5 de Dezembro de 2001. Nele se diz que há “questões técnicas” do empreendimento que precisam de ser resolvidas. “De outro modo, o projecto será completamente rejeitado em 48 horas por uma decisão governamental”. Ora, o chumbo aconteceu a 6 de Dezembro de 2001. Os advogados, do escritorio Antunes&Gandarez, prometiam ainda que, em 90 dias, conseguiam a aprovação.
De acordo com uma fonte próxima do processo Freeport, em Novembro de 2001 houve um jantar no restaurante Clube dos Empresários, em Lisboa, que juntou à mesa os advogados Albertino Antunes e José Francisco Gandarez, o então presidente do Freeport, Sean Collidge, Charles Smith e Manuel Pedro, o então embaixador inglês e o ministro da Economia, Mário Cristina de Sousa. O encontro terá sido proporcionado por José Francisco Gandarez, genro de Cristina de Sousa. Contactado pelo DN, o advogado não quis prestar qualquer esclarecimento.
- Carlos Rodrigues Lima
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