Querem Migalhães?
Câmaras obrigam Estado a pagar factura do 'Magalhães'
O Governo queria dividir a despesa do e-escolinha, que distribui os 'Magalhães', com autarquias, que recusam pagar assinaturas caseiras de Internet. E as 230 mil inscrições registadas até hoje deixam antever que terá de ser o dinheiro do Orçamento estatal a compensar o investimento das operadoras
Ainda só foram entregues 35 mil computadores
As câmaras municipais recusam pagar a factura do acesso à internet do Magalhães, como pretendia o Governo. As Direcções Regionais de Educação do Norte e Centro enviaram propostas por escrito a todas as autarquias para que estas pagassem o acesso dos alunos à Net em casa, o que implica o pagamento, em média de 50 euros pelo modem e 250 por cada ligação.
Com esta medida, o Governo pretendia dividir com as autarquias a factura a pagar no futuro às operadoras que estão a financiar o projecto. O Executivo comprometeu-se a compensar as empresas de telecomunicações, caso o que elas estão a investir a fundo perdido não seja suficiente para pagar o e-escolhinhas (programa que gere a atribuição dos computadores).
A possibilidade de José Sócrates ter de pagar do cofres do Estado é cada vez mais certa: é que, além da recusa das câmaras, neste momento apenas 230 mil pais se inscreveram- para receber o Magalhães - menos de metade dos 500 mil pretendidos até final do ano lectivo . Por outro lado, só foram entregues 35 mil Magalhães em todo o País.
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