domingo, setembro 07, 2008

A Buchholz

Não me pediram, de todo, opinião ou bitaíte sobre o assunto, mas ainda assim lá vai, que me desculpe o João Villalobos pela desfeita, mas tendo em conta que já li alguns textos sobre o assunto, e as respectivas perspectivas, aqui vai a minha!

Nunca vislumbrei à livraria essa tal patine chic que lhe apregoam, ou de pseudo intelectualismo de elite ou sem ser de elite.
Quando muito, era um local onde era possível aceder a novos conhecimentos, assuntos e temas que eventualmente não estavam disponíveis noutras livrarias.

As senhoras, que supostamente estavam lá para atender os clientes, eram de uma má educação, de uma rudeza e arrogância, ímpar.

A primeira vez que lá entrei, cumprimentei conforme é regra da boa educação, ainda hoje estou à espera da resposta.
Claro que fui recebida por um olhar enfadonho de: que chatice
Ia para ver os livros que existiam, e acabei por vislumbrar lá um que me sussurou ao ouvido para o comprar: tira-me deste filme!! ahah
Quando fui à caixa pagar, lá estava uma matrona, de olhar enfastidiado a olhar-me por cima dos óculinhos de meia-lua: é para pagar?
Não, é para levar de graça ...

Das, mais três, vezes seguintes que lá fui, foi mesmo para gozar o prato:
olhava para a montra, entrava, cumprimentava e lá ia vendo os muitos livros disponíveis, até que 1 ou 2 horas mais tarde, cumprimentava e saia, sem comprar nada.
Apenas e tão somente para ver as novidades e/ou voltar a ver e ler pedaços de livros que me seduziam, mas também para amofinar com o meu ripanço de leitura a paciência às damas das camélias, tão cheias de si.

Enfim, se para alguns a Buchholz era o recesso de e da sua ou de terceiros, intelectualidade, vanguarde e bon chic, para mim era tão somente um local onde encontrava uns livritos de que gostava e umas novidades que não encontrava noutros lados.

É o ciclo da existência. RIP.