sábado, setembro 06, 2008

Balanço das Eleições legislativas angolanas

Não é famoso o balanço.

É aliás, um balanço preocupante, e, esperemos, que tudo se possa resolver-se pacificamente. Haja para tanto, equílibrio e responsabilidade.

As eleições não terminaram ontem, conforme estava estabelecido, e como seria de bom senso efectuar.
Num dos vídeos emitidos pela RTP a partir de Luanda, pode constatar-se quase no final do vídeo, que por trás do repórter passam uns homens com aquilo que parece ser uma urna de voto!! Só um visionamento em câmera lenta permitiria tirar tais dúvidas ... a ser realidade que assim é, i.e., que de facto aquela caixa que transportam é uma urna de voto ... enfim.
Ma ma eh mé!!

2º dia de votos em Luanda
Repetiram-se os problemas de ontem.

Das 320 mesas em Luanda que deveriam reabrir logo pela manhã, mais de 100 voltaram a não o fazer por falta do “Kit Eleições”.

Tem sido interessante a forma como o presidente da Comissão Nacional Eleitoral vai justificando os problemas logísticos verificados aqui em Luanda, embora sem atribuir a responsabilidade pelo sucedido.

Igualmente interessante é a reacção dos observadores. Prudência e tempo para avaliar. A chefe da missão da União Europeia só vai reagir oficialmente na Segunda-feira, ao meio-dia.

Neste momento há poucas pessoas a votar, mas as urnas vão ficar abertas até ao final da tarde. Ontem, encerraram às dez da noite e a contagem decorreu pela noite dentro.
- Luís Castro

UNITA impugnou o acto eleitoral
A UNITA entregou hoje de manhã o processo de impugnação das eleições na província de Luanda na Comissão Nacional Eleitoral(CNE).

Adalberto da Costa Junior, porta voz da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), disse à Agência Lusa que este processo de impunação resulta da "evidência gritante" de "falta de transparência" do processo eleitoral na capital angolana.
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Relatório da Missão de Observação da UE adiado

O anúncio do adiamento de 24 horas do seu relatório sobre o processo eleitoral, previsto para ser tornado público no domingo, surge horas depois da UNITA ter entregue um pedido de impugnação do escrutínio.

A Missão de Observação Eleitoral da União Europeia (UE) às eleições legislativas angolanas de sexta-feira anunciou hoje um adiamento de 24 horas do seu relatório sobre o processo eleitoral, previsto para ser divulgado domingo.

Fonte da missão disse à Agência Lusa que uma delegação de observadores da UE, chefiada pela italiana Luisa Morgantini, esteve hoje reunida com o presidente da UNITA, Isaías Samakuva, que pediu sexta-feira à noite à Comissão Nacional Eleitoral (CNE) angolana a repetição das eleições na província de Luanda, alegando as falhas durante o dia de votação

Já hoje de manhã, a UNITA entregou na CNE um pedido de impugnação das eleições. O presidente da UNITA explicou às várias missões de observadores internacionais que presenciaram as eleições legislativas angolanas o processo desencadeado para impugnar o escrutínio em Luanda. Depois de dois encontros seguidos com a Missão de Observação da União Europeia(MOE-UE) e a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral(SADC), Isaías Samakuva disse aos jornalistas que o partido vai aguardar a divulgação dos relatórios dos observadores para analisar o seu posicionamento.
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Assembleias de voto oficialmente encerradas em Luanda
As assembleias de voto de Luanda, que reabriram hoje após terem sido registados problemas logísticos durante as eleições legislativas que ontem decorreram em Angola, encerraram oficialmente às 19h00.

A Comissão Nacional Eleitoral prolongou por um dia o escrutínio, depois de algumas assembleias de voto não terem funcionado completamente em certas províncias, nomeadamente em Luanda, e se terem registado insuficiências materiais.

Esses problemas foram largamente criticados pelo presidente da UNITA (União para a Independência Total de Angola), Isaías Samakuva, que pediu na noite passada à Comissão a repetição das eleições na província de Luanda, alegando várias falhas durante o primeiro dia de votação. Entre as razões apresentadas pela UNITA estão os "horários de abertura das mesas, locais de voto que estavam definidos e não existiram, ausência de cadernos eleitorais e o não credenciamento de delegados de lista dos partidos da oposição".

Apesar das críticas da UNITA, o Movimento Popular para a Libertação de Angola (MPLA), no poder, considerou que o escrutínio "correu maravilhosamente bem". Rui Falcão, director de Informação do partido no poder, disse à Lusa que o processo eleitoral decorreu sem problemas significativos e que a vitória do MPLA nas urnas "há muito que está garantida".
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Comissão Eleitoral encerra processo de votação em Luanda com «saldo positivo»

A Comissão Nacional Eleitoral deu, este sábado, por encerrado o processo de votação das eleições legislativas em Angola, dando ao processo eleitoral «saldo positivo». No entanto, não foi divulgada a hora para começarem a ser divulgados os resultados parciais.
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MPLA diz que impugnação da UNITA é «desespero da derrota»

O MPLA classificou, este sábado, em Luanda o processo de impugnação das eleições iniciado pela UNITA como «desespero da derrota».

Em declarações à Agência Lusa, Rui Falcão director de Informação do partido no poder disse que a vitória do MPLA nas urnas «há muito que está garantida» (pela boca morre o peixe ...) e considerou que o processo eleitoral «correu maravilhosamente bem».
(palhaço...)

Quanto à evolução do processo de eleitoral em Angola que hoje registou mais um dia de votação, apenas na cidade de Luanda, devido ao facto, entre outros, de várias Assembleias de Voto, por insuficiências materiais, não terem chegado a abrir na sexta-feira, Rui Falcão admitiu que as informações que o partido tem apontam para resultados além das expectativas.

«Pelo que sabemos até agora, - 18:00, com a contagem das províncias praticamente concluída sem divulgação de resultados parciais ao longo do dia - os resultados eleitorais estão além das nossas expectativas. Vamos vencer largamente», salientou Rui Falcão.

O político considerou «desespero da derrota», o pedido de impugnação proposto pela UNITA enfatizando que a vitória caberia ao MPLA.

«Não estamos preocupados com isso. Mas o que é facto é que os angolanos exprimiram livremente a sua vontade nas urnas», frisou.