quinta-feira, outubro 26, 2006

Mulheres sem burka incitam à violência sexual

AHAHAHAH

Esta é ... EXTRAORDINÁRIA!
Coitadinho...

A crítica é do líder muçulmano na Austrália, que depois pediu desculpa, explicando que apenas quis proteger a honra das mulheres

A questão do uso do véu e até da burka por parte de mulheres muçulmanas está a provocar uma grande discussão em todo o mundo, mas a polémica conheceu uma nova dimensão na Austrália, esta quinta-feira.

Em causa estão declarações (do mês passado, mas que foram agora recuperadas) do principal líder muçulmano, para quem as mulheres que não usam o hijab - o vestido que cobre o corpo e a cabeça - estão incitar à violência sexual contra elas próprias.

Durante uma realização religiosa durante o mês sagrado do Ramadão, o xeque Taiel Dinal Hilali condenou as mulheres que se «rebolam sugestivamente» e usam maquilhagem, considerando que estas atraem os potenciais violadores.

«Se pegarem num pedaço de carne e a deixarem na rua, no jardim, ou no parque, e os gatos vierem e a comerem de quem é a culpa? Dos gatos ou da carne?», questionou. Respondendo de imediato. «O problema é a carne. Se ela (a mulher) estivesse na sua sala, na sua casa, no seu hijab, não teria acontecido nada.»

As palavras do líder muçulmano suscitaram violentas reacções, com o primeiro-ministro australiano a considerar as declarações «pavorosas». «A ideia de que mulheres são culpadas por violações é ridícula», afirmou John Howard, citado pelo jornal The Australian.

As declarações do xeque foram mal recebidas dentro da própria comunidade muçulmana. Muitas mulheres consideram que o líder é bastante repulsivo e ofensivo.

Já a Comissária Federal contra Discriminação Sexual, Pru Goward, afirmou que os comentários podem incitar ao crime.
«Os jovens muçulmanos que a partir de agora violarem mulheres podem usar isto nos tribunais e podem parafrasear este homem, seu líder, na Justiça», disse.

Por outro lado, o líder da Associação Muçulmana de Libaneses da Austrália, Tom Zreika, ameaçou proibir os sermões na mesquita de Lakemba.

As reações levaram, entretanto, o xeque Hilali a fazer um pedido de desculpas, garantido ter sido sido mal interpretado. «Peço desculpas, sem reservas, a qualquer mulher que se sinta ofendida pelos meus comentários. Quis apenas proteger a honra das mulheres», afirmou. «As mulheres na sociedade australiana têm a liberdade o direito de se vestir como quiserem», acrescentou.

- Portugal Diário