terça-feira, junho 28, 2005

Ministro minimiza incorrecções no Orçamento Rectificativo (!!)

O ministro de Estado e das Finanças disse esta segunda-feira que as incorrecções, constantes do Orçamento Rectificativo de 2005 (OR-2005) fazem parte de um mapa «que não é obrigatório, e muitas vezes não é apresentado nos orçamentos rectificativos».

Segundo Campos e Cunha, que reconheceu as incorrecções denunciadas pela imprensa esta segunda-feira, o quadro em causa destinava-se «apenas a facilitar a leitura» e não faz parte da Proposta de Lei (OR-2005) que será submetida à aprovação da Assembleia da República (AR).

Segundo Campos e Cunha, o erro resultou de «dois tipos deficientes de classificação, em algumas receitas e despesas». A correcção da alegada gralha será entregue na AR na terça- feira, segundo assegura o gabinete do ministro.

Momentos antes da conferência de imprensa dada por Campos e Cunha, o gabinete do ministro divulgou um comunicado negando a existência de erros no OR- 2005, depois de o principal partido da oposição (PSD) pedir explicações sobre o documento entregue na última sexta-feira na AR, e que Miguel Frasquilho classificou de «trapalhada contabilística».

Questionado pelos jornalistas sobre a revisão da notação da agência S&P para a dívida de longo prazo de Portugal, Campos e Cunha considerou que a análise constitui um sinal para que o Governo continue «a política de redução do défice de forma mais eficaz».


- Portugal Diário



II

Enfim, que havemos de pregar hoje aos peixes? Nunca pior auditório. Ao menos têm os peixes duas boas qualidades de ouvintes: ouvem e não falam. Uma só cousa pudera desconsolar ao pregador, que é serem gente os peixes que se não há-de converter. Mas esta dor é tão ordinária, que já pelo costume quase se não sente. Por esta causa mão falarei hoje em Céu nem Inferno; e assim será menos triste este sermão, do que os meus parecem aos homens, pelos encaminhar sempre à lembrança destes dois fins.(..)

Vos estis sal terrae. Haveis de saber, irmãos peixes, que o sal, filho do mar como vós, tem duas propriedades, as quais em vós mesmos se experimentam: conservar o são e preservá-lo para que se não corrompa.


- SERMÃO DE SANTO ANTÓNIO AOS PEIXES