sexta-feira, dezembro 05, 2008

E o folhetim continua

E ainda vai a procissão no adro ...

Dias Loureiro e Jorge Coelho accionistas de gestora de um fundo financiado por fraude ao IVA

Bens deste fundo foram apreendidos


Quem se meter com ...
... será que ainda leva?

Num certo tempo passado
No sertão de bodocó
Residia um cidadão
Chamado Pedro Jacó
Que criava uma vaca
Amarrada numa estaca
E que dava leite em pó.

A vaca não dava cria
Porque já nasceu estéril
Este defeito genético
Pedro não levava à serio
Pra ele não tinha erro
Dar leite sem ter bezerro
Não tinha nenhum mistério.

A vaca era conhecida
Por aquela região
Por ser a melhor de leite
De todo aquele sertão
Quarenta litro ela dava
Quando Pedro ordenhava
Sem botar força na mão.

Pedro cuidava da vaca
E dela vinha o salário
Garantido pra família
O seu sustento diário
De leite queijo coalhada
Para toda filharada
Que formava este cenário.

Pedro fez pra sua vaca
Um pequenino curral
E sempre cuidava dela
De um modo especial
Até que um dia o destino
Com seu instinto assassino
Fez ela um grande mal.

Um dia Pedro Jacó
Pôs a vaca no cercado
Mas por azar esqueceu
A água do outro lado
A sede deu-lhe um vexame
Ela pulou o arame
E teve o ubre rasgado.

A vaca chegou em casa
Cambaleando e sangrando
E por onde ela passava
O seu leite ía vazando
A coitadinha de fraca
Se escorou numa estaca
E logo foi desmaiando.

E Pedro com muita pena
Chorando se lamentava
Vendo a vaca quase morta
Que tanto leite lhe dava
E disse: sou o culpado
Eu devia ter colocado
A água onde ela estava.

E na mesma hora Pedro
Botou no fogo a chaleira
Fez um chá de alfavaca
Com casca de aroeira
Depois que o chá esfriou
O ubre dela lavou
Para não criar bicheira.

Com trinta dias depois
Parecia ter sarado
Não tinha nada por fora
Mas por dentro era inflamado
Pedro disse: esse peito
Só tem um único jeito
Tem que ser modificado(...)


- Jotabê, A vaca que dava leite em pó