Uma enorme responsabilidade
Os tempos que se avizinham são muito complicados, e Portugal vai assumir o comando da força naval permanente da NATO em 2009
O braço armado da NATO nos mares
Pessoal que sabe das coisas
O braço armado da NATO nos mares
A Força Naval da NATO (SNMG1, sigla em inglês), que Portugal vai comandar a partir de Janeiro de 2009 e durante um ano, chega hoje a Lisboa para uma escala de cinco dias.- DN
A SNMG1, sob o comando do contra-almirante espanhol Juan Rodriguez, integra actualmente quatro navios: o SPS Blas de Lezo (que é o navio-chefe, de Espanha), FGS Luebeck (Alemanha), NRP Vasco da Gama (Portugal) e o USS Nicholas (EUA), que vão estar atracados junto ao terminal de Santa Apolónia até domingo. Antes de chegar à capital portuguesa, a força esteve nos portos de Dublin (Irlanda), Glasgow (Reino Unido) e Hamburgo (Alemanha).
Esta força naval multinacional dá à NATO capacidade de intervenção rápida e permanente a qualquer crise e em qualquer ponto do planeta - de que constituiu exemplo a recente (2007) volta de circunnavegação ao continente africano. A SNMG1, que pode incluir até 10 navios, opera sob o comando operacional do Comandante Supremo Aliado da NATO na Europa (SACEUR) e representa, do ponto de vista da Aliança, um "símbolo visível da solidariedade naval" dos aliados.
A SNMG1 é uma das quatro forças navais permanentes, em torno da qual a NATO pode formar uma força de grande dimensão para lidar com diferentes missões, incluindo operações de contra-terrorismo, evacuação de não-combatentes, resposta e gestão de crises ou de embargo.
Nos próximos meses, a SNMG1 vai realizar exercícios no Atlântico, no Mediterrâneo e no Mar Báltico. Segundo o Estado-Maior General das Forças Armadas (EMGFA), o ciclo de treinos termina com a certificação da SNMG1 para a Força de Reacção Rápida da NATO (NRF, sigla em inglês) no final de 2008.
Em seguida, ficará sob comando do contra-almirante português Pereira da Cunha, nas fragatas Álvares Cabral e Corte Real (uma por semestre).
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