terça-feira, maio 06, 2008

Alípio Ribeiro, o Director Geral da PJ, e a concentração

O ainda e actual Director Geral da Polícia Judiciária (PJ) está na eminência de desocupar o cargo que desempenha; desocupar porque, das duas uma, ou se demite ou demitem-no.

E na realidade, Alípio Ribeiro o ainda Director Geral da PJ, já ontem ia tarde.
Há uns meses atrás, Alípio Ribeiro deu uma entrevista enquanto Director Geral da PJ, na qual fez afirmações e declarações relativas a um processo, então como ainda hoje, em investigação, por conseguinte em segredo de justiça.
Não se coibiu de proferir as mais extraordinárias afirmações relativamente ao processo em investigação colocando em causa toda a investigação e resultados que até à data, e posteriormente, foram apurados; colocando em causa o processo de investigação e todos os elementos que dele participavam ou tinham participado.
Estivemos perante uma situação que se poderá de apelidar de: alucinante.

Um Director Geral da PJ a falar sobre questões concretas de um caso em investigação ... tem todas as agravantes decorrentes das funções que ocupava, e que até este momento que escrevo, ocupa.
Devia ter sido demitido de imediato.

Ontem, mais uma vez, Alípio Ribeiro - Director Geral (DG) da PJ, exercendo funções de confiança política veio a público afirmar que a PJ devia estar sob a tutela do Ministério da Administração Interna (MAI) e não sob a alçada do Ministério da Justiça (MJ).
Pena é que, durante o processo de renovação legislativa, o Director Geral da PJ não se tenha manifestado no sentido de tal ser sequer analisado, ponderado e, porventura, legislado.
Não, na altura o sr DG da PJ nada disse, remetendo a ontem para esta nova xaropada.

As infelizes afirmações, declarações e tempos do sr DG PJ são de um absurdo total, já para não disser da conveniência política ou não, que em tudo tem a ver com as funções de confiança política que exerce.

A PJ deve continuar sob a alçada do MJ, sob ameaça de estarem conjugados numa tutela única demasiado poder judiciário - o poder absoluto corrompe absolutamente, e como é sabido da praxis, em Portugal é caso recorrente.

Já ontem ia tarde.