domingo, setembro 23, 2007

A ética era verde ...



Todos os advogados são juristas, mas nem todos os juristas são advogados.
Felizmente.

O código deontológico da ordem dos advogados permite ao seu bastonário a continuação do exercício da sua actividade enquanto exerce as funções de bastonário da ordem.

Nada a obstar; as pessoas necessitam de exercer a sua profissão para subsistirem.
Sucede porém, que o actual bastonário da ordem dos advogados veio para a praça pública afirmar que seria advogado de defesa de um caso que tem sido, desde o primeiro minuto, uma questão nuclear tanto para os orgãos de comunicação nacionais como internacionais: o caso MacCann.

Como não bastasse afirmar que iria ser advogado de defesa dos progenitores da criança desaparecida, afirmou ainda pela total inocência dos seus constituintes; nada a objectar a um advogado, cuja principal acção é a da defesa do/s seu/s constituinte/s - mesmo que não acredite, e aliás não é pago para isso, tem que defender como se aquela/s pessoa/s fosse/m a/s mais pura/s à face da terra.

O bastonário utiliza o facto de exercer tais funções, para e com base nelas exercer pressão sobre os orgãos de informação (que já lhe deram um cartaz de super-estrela de soap-opera), os meios de investigação, judiciário, judicial e político.

Não é esse exercício decorrente da sua actividade que aqui está em causa, e sim aferir sobre a verdadeira ética do bastonário, e não da deontologia da dita ordem.
Se isto é deontológico, mal vai a ordem dos advogado que já não enxerga nadinha, mas, quanto a ética, somente um ceguinho não vê que, isto é uma pouca vergonha.