sábado, dezembro 29, 2007

Votos de um Excelente Ano 2008!

Should auld acquaintance be forgot,
And never brought to mind?
Should auld acquaintance be forgot
And auld lang syne?

Chorus:
For auld lang syne (old long ago), my dear
For old long ago,
We will take a cup of kindness yet
For old long ago.

We two have run about the hillsides
And pulled the daisies fine,
But we have wandered many a weary foot
For old long ago.

We two have paddled (waded) in the stream
From noon until dinner time,
But seas between us broad have roared
Since old long ago.

And there is a hand, my trusty friend,
And give us a hand of yours,
And we will take a goodwill draught (of ale)
For old long ago!

And surely you will pay for your pint,
And surely I will pay for mine!
And we will take a cup of kindness yet
For old long ago!


- Robert Burns, Auld Lang Syne

Votos de que o Ano, bissexto, 2008 seja mais próspero e mais positivo!

Bom Ano 2008!

quinta-feira, dezembro 27, 2007

Aumentos para 2008 ou a Caixa de Pandora



Os aumentos nos custos de vida previstos para 2008 são muito superiores aos aumentos previstos nos salários em geral.

Não é necessário ser o Engº Guterres para fazer as contas, e chegar à conclusão que isto vai estourar ...

Eu opto por ir andando daqui para fora.

Benazir Bhutto



Conseguiu sobreviver a várias tentativas de assassinato, hoje, não conseguiu.
Da sua morte disseram que era anunciada, e assim é.

Das suas passagens pelo poder e pela política, ficaram rumores e escândalos; contudo uma coisa não é passível de ser contradita:

foi uma mulher lutadora que tudo fez para fazer história no seu País; País pelo qual lutou durante muitos anos.

Partiu. Vá em Paz.

sexta-feira, dezembro 21, 2007

Feliz Natal!



A todos um Feliz Natal

Beijinhos


Um anjo imaginado,
Um anjo diabético, atual,
Ergueu a mão e disse: — É noite de Natal,
Paz à imaginação!
E todo o ritual
Que antecede o milagre habitual
Perdeu a exaltação.

Em vez de excelsos hinos de confiança
No mistério divino,
E de mirra, e de incenso e ouro
Derramados
No presépio vazio,
Duas perguntas brancas, regeladas
Como a neve que cai,
E breve como o vento
Que entra por uma fresta, quizilento,
Redemoinha e sai:

A volta da lareira
Quantas almas se aquecem
Fraternalmente?
Quantas desejam que o Menino venha
Ouvir humanamente
O lancinante crepitar da lenha?


- Miguel Torga, Natal

quinta-feira, dezembro 20, 2007

Referendo sim.

Europeísta não.

Não sou europeísta, e muito menos federalista.

terça-feira, dezembro 18, 2007

Draco Magnus - 4 anos eméritos



O Dragão completa hoje 4 anos de blogosfera.
Claro que é Obra.

Mais do que parabéns, obrigada.
Pelo prazer de ler o melhor, mais original e profundo escriba da blogosfera.

Um presente:



Aqui, diante de mim,
Eu, pecador, me confesso
De ser assim como sou.
Me confesso o bom e o mau
Que vão em leme da nau
Nesta deriva em que vou.

Me confesso
Possesso
Das virtudes teologais,
Que são três,
E dos pecados mortais
Que são sete,
Quando a terra não repete
Que são mais.

Me confesso
O dono das minhas horas.
O das facadas cegas e raivosas
E das ternuras lúcidas e mansas.
E de ser de qualquer modo
Andanças
Do mesmo todo.

Me confesso de ser charco
E luar de charco, à mistura.
De ser a corda do arco
Que atira setas acima
E abaixo da minha altura.

Me confesso de ser tudo
Que possa nascer em mim.
De ter raízes no chão
Desta minha condição.
Me confesso de Abel e de Caim.

Me confesso de ser Homem.
De ser o anjo caído
Do tal céu que Deus governa;
De ser o monstro saído
Do buraco mais fundo da caverna.

Me confesso de ser eu.
Eu, tal e qual como vim
Para dizer que sou eu
Aqui, diante de mim!


- Miguel Torga, Livro de Horas

segunda-feira, dezembro 17, 2007

Bolo-Rei e não só!!

domingo, dezembro 16, 2007

O ...

... Pedro Rôlo Duarte que se cuide!

Tem concorrência à altura!
Digo-o eu que não sou mouca!

quinta-feira, dezembro 13, 2007

Green pastures ...



A assinatura, hoje, do tal do Tratado de Lisboa ... os nomes que dão às coisas ... enfim ...

A relva é sempre mais apetitosa no bocado do vizinho ...

Ainda estive para colocar umas ovelhinhas a apasentar na relva, mas ... não convém difamar as ovelhinhas, pois o que aqui temos em causa é, na realidade, lobos vestidos com pele de ovelha.
As pseudo elites (como salivam ao ouvir elites ... uns tristes.)

Quanto ao Tratado é uma corrupção, piorada (parecia impossível, mas é verdade!!) à pseudo Constituição Europeia.

REFERENDO JÁ.

ASSINAR PELO REFERENDO

sexta-feira, dezembro 07, 2007

JUNTEM-SE A NÓS POR DARFUR!



AGORA.

Aqui

Aqui

Este SÁBADO, 8 Dezembro

VIGÍLIA por Darfur

Acenda uma vela Acenda a Esperança!

Uma presença pode fazer a diferença. A sua!

Eu vou! Venha também!

Este fim-de-semana os líderes europeus e africanos estarão em Lisboa a debater o futuro das relações de cooperação Europa-África. Participe nesta vigília pela defesa dos Direitos Humanos.

Traga uma vela e um amigo. Não vamos deixar esquecer o genocídio em DARFUR!

Às 19:00

LISBOA: Gare do Oriente - 19h (à saída para o Centro Comercial Vasco da Gama)
PORTO: Cais de Gaia - 19h (próximo da Ponte D.Luís)


PorDarfur

Tiranos, ditadores, corruptos e demais escumalha

Esta é a imagem que a fina flor africana, a tal que se reune este fim-de-semana em Lisboa, tem por alcance real.



NOJENTOS.
ASQUEROSOS.
TIRANOS.
DITADORES.
DÉSPOTAS.
CORRUPTOS.
ESCUMALHA.


Ainda por cima, somos nós, os contribuintes portugueses, a ter que sustentar a estada em Lisboa desta sucia ...

Uivam
as suas maldições
as insidiosas hienas
própria sanha.

Rituais
de tão escabrosa gulodice
que até nos esfomeados
aldeões da tragédia
a gula das quizumbas
se baba nas beiças
das catanas.


- José Craveirinha, Gula

Ditadores voadores em Lisboa

A Cimeira Europa-África em Lisboa neste fim-de-semana, tem estado a dar as maiores dores de cabeça aos lisboetas, e a todos aqueles que aqui trabalham ou a visitam nesta altura!!

Uma verdadeira vergonha ver batedores e carros de patrulha da PSP a abrirem caminho por entre as grossas filas de trânsito para fazerem passar esta corja.

CORJA.

quinta-feira, dezembro 06, 2007

Cimeira - Não esquecer o Darfur



Pobre Lisboa que por estes dias
acolhes tanto déspota e tirano,
fecha os olhos e ignora as fantasias
do poder corrompido e desumano.

Não queiras ser comparsa das orgias
de um carnaval como há muito não vias
e, em vez de tempo ameno e soalheiro,
atira-lhes à cara o nevoeiro.


- Torquato da Luz, no Ofício Diário (via, Tomar Partido 2)

Por Darfur

Recomenda-se vivamente



A seita Opus Dei exposta.

Se há que respeitar as pessoas e as suas decisões pessoais, há também que aferir pelos nossos princípios se aquelesoutros princípios são harmoniosos.
Os desta seita não são.
De acordo com os meus padrões, são execráveis.

quarta-feira, dezembro 05, 2007

Darfur, Direitos Humanos e Prémio Sakharov

Amanhã terá lugar no Centro Jean Monnet, ou Jacques Delors ..., pelas 15:30 um interessante debate sobre o Darfur, os Direitos Humanos e o Prémio Sakharov.

Contará, entre outros, com a presença do Galadoardo, o advogado sudanês Salih Mahmoud Osman.

Para quem poder e se interessar, é uma excelente oportunidade para falar com um Homem Corajoso, que não teve medo em perder a vida a troco de gritar bem alto as barbaridades que têm vindo a ser cometidas no Darfur.



Prémio Sakharov 2007:
pelos que lutam por um mundo melhor e mais justo
Pela liberdade de expressão e de pensamento


O Parlamento Europeu atribui anualmente, desde 1988, o Prémio Sakharov para a Liberdade de Pensamento, destinado a reconhecer indivíduos ou organizações que se destacaram na luta contra a opressão e a injustiça em todo o mundo, da África do Sul à Bielorússia, de Cuba ao Bangladesh. O advogado sudanês Salih Mahmoud Osman é o vencedor do Prémio Sakharov 2007. O anúncio foi feito hoje pelo Presidente do Parlamento Europeu, durante a sessão plenária em Estrasburgo.

Os três finalistas do Prémio Sakharov foram, por ordem alfabética: a jornalista russa Anna Politkovskaia (a título póstumo), o advogado sudanês Salih Mahmoud Osman e os dissidentes chineses Zeng Jinyan e Hu Jia.

No dia 25 de Outubro, os líderes dos grupos políticos (Conferência dos Presidentes) decidiram atribuir o Prémio Sakharov 2007 a Salih Mahmoud Osman, pelo seu trabalho com as vítimas de Darfur.

A entrega do prémio terá lugar no dia 11 de Dezembro, durante a sessão plenária de Estrasburgo, um dia depois de se comemorar o 59° aniversário da assinatura da Declaração Universal dos Direitos do Homem pelas Nações Unidas.

terça-feira, dezembro 04, 2007

4 anos de obra

É obra e da boa!!

E agora as prendinhas:

- Contra o estado insane desses grilos de aviário, aqui fica uma fatia de bolo, bem suculenta e apetitosa, para lhes ir directamente à massa encefália :))



- Contra os fundamentalistas anti-tabaco, aqui fica uma latinha de 50 das tais Cafe-Creme do tio Henri Wintermans

Estas são da estranga, mas há mais no Cigar World - PT (passe a publicidade - vale a pena!)

- Contra os santos abstémios (essa casta pura e muito pouco devassa ...), aqui fica uma garrafita de François Voyer Lot No. 5 Grande Champagne Cognac, um grande xarope contra a gripe :))



Et maintenant, já só falta mesmo o Torga:

E, apesar de tudo, sou ainda o Homem!
Um bípede com fala e sentimentos.
Ao cabo de misérias e tormentos,
Continua
A ser a minha imagem que flutua
Na podridão dos charcos luarentos.

Sou eu ainda a grande maravilha
Que se mostra ao mundo.
O negro abismo que tem lá no fundo
Um regato a correr:
Uma risca de céu e de frescura
Que murmura
A ver se alguma boca a quer beber.

Quanto o grave silêncio da paisagem
Me renega e protesta,
Pouco importa na festa
Deste encontro feliz;
Obra de Arcanjo ou de Satanás,
Eu é que fui capaz
De fazer o que fiz!

Podia ser melhor o meu destino:
Ter o sol mais aberto em cada mão...
Mas, Adão,
Dei o que a argila deu.
E, corpo e alma da degradação,
O milagre é que o Homem não morreu!

Não! Não me queiram na cova que não tenho,
Porque eu vivo, e respiro, e acredito!
Sou eu que canto ainda e que palpito
No meu canto!

Sou eu que na pureza do meu grito
Me levanto!


- Inventário

Já lá vão 27 anos do assassinato ...

Francisco Sá Carneiro e Adelino Amaro da Costa

Pensa o sentimento, sente o pensamento;
que teus cantos façam ninho sobre a terra,
e quando, em voo, um dia ao céu se ergam
nas nuvens não se percam.

Precisam de sentir peso nas asas,
pois a coluna de fumo se dispersa;
algo que não é música é a poesia;
só fica a que se pensa.

O pensado, não o duvides, é o sentido.
Sentimento puro? Quem nele creia
da fonte do sentir nunca atingiu
a veia mais secreta.

Não cuides em excesso da roupagem,
não de alfaiate, é de escultor tua tarefa,
não te esqueças que nunca mais formosa
que nua está a ideia.

Não o que a alma encarna em carne, lembra-te,
não o que forma dá à ideia, é o poeta,
mas o que encontra a alma sob a carne,
sob a forma encontra a ideia.

É o detrito das fórmulas que faz
que nos vele a verdade, rude, a ciência;
despe-a com tuas mãos e os teus olhos
terão sua beleza.

Busca as linhas de um nu, que embora trates
de envolver-nos no, vago de uma névoa,
mesmo a névoa tem linhas e esculpe-se;
abre os olhos, não as percas.

Que teus cantos sejam cantos esculpidos,
âncora na terra enquanto eles se elevam,
a linguagem é sobretudo pensamento,
pensada é sua beleza.

Em verdades do espírito prendamos
as entranhas das formas passageiras,
que a Ideia reine em tudo, soberana:
esculpamos, pois, a névoa.


- Miguel de Unamuno

segunda-feira, dezembro 03, 2007

Como é difícil ...

... encontrar pessoas sensatas em Portugal.

As palavras voam com demasiada ligeireza.
Já não existem Homens sensatos como antigamente; aqueles que ponderavam longamente antes de proferirem palavras ácidas ...

O Eterno Círculo da Existência.



Não faças versos sobre acontecimentos.
Não há criação nem morte perante a poesia.
Diante dela, a vida é um sol estático,
não aquece nem ilumina.
As afinidades, os aniversários, os incidentes pessoais não contam.
Não faças poesia com o corpo,
esse excelente, completo e confortável corpo, tão infenso à efusão lírica.

Tua gota de bile, tua careta de gozo ou de dor no escuro
são indiferentes.
Nem me reveles teus sentimentos,
que se prevalecem do equívoco e tentam a longa viagem.
O que pensas e sentes, isso ainda não é poesia.

Não cantes tua cidade, deixa-a em paz.
O canto não é o movimento das máquinas nem o segredo das casas.
Não é música ouvida de passagem, rumor do mar nas ruas junto à linha de espuma.

O canto não é a natureza
nem os homens em sociedade.
Para ele, chuva e noite, fadiga e esperança nada significam.
A poesia (não tires poesia das coisas)
elide sujeito e objeto.

Não dramatizes, não invoques,
não indagues. Não percas tempo em mentir.
Não te aborreças.
Teu iate de marfim, teu sapato de diamante,
vossas mazurcas e abusões, vossos esqueletos de família
desaparecem na curva do tempo, é algo imprestável.

Não recomponhas
tua sepultada e merencória infância.
Não osciles entre o espelho e a
memória em dissipação.
Que se dissipou, não era poesia.
Que se partiu, cristal não era.

Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário.
Convive com teus poemas, antes de escrevê-los.
Tem paciência se obscuros. Calma, se te provocam.
Espera que cada um se realize e consume
com seu poder de palavra
e seu poder de silêncio.
Não forces o poema a desprender-se do limbo.
Não colhas no chão o poema que se perdeu.
Não adules o poema. Aceita-o
como ele aceitará sua forma definitiva e concentrada
no espaço.

Chega mais perto e contempla as palavras.
Cada uma
tem mil faces secretas sob a face neutra
e te pergunta, sem interesse pela resposta,
pobre ou terrível, que lhe deres:
Trouxeste a chave?

Repara:
ermas de melodia e conceito
elas se refugiaram na noite, as palavras.
Ainda úmidas e impregnadas de sono,
rolam num rio difícil e se transformam em desprezo.


- Carlos Drummond de Andrade

sábado, dezembro 01, 2007

Whirling Dervish - Mevlevi Sema Ceremony

Belly Dance

Turkish (Istambul) Delights